segunda-feira, 29 de abril de 2013

A nota de Lauro Jardim avisa que a devassa nas mensagens eletrônicas de Rose só começou. Está longe do fim a mistura de pornochanchada com filme policial classe B


Augusto Nunes

Sob o título Arquivo da República, o jornalista Lauro Jardim publicou a seguinte nota em sua coluna deste sábado:
A devassa que começou a ser feita nas mensagens eletrônicas de Rosemary Noronha está apenas no início. Além do rosemary@planalto.gov.br, usada em boa parte das articulações flagradas pela Operação Porto Seguro, outros oito e-mails eram acessados pela ex-chefe do Escritório da Presidência em São Paulo.
Faz 156 dias que Lula não dá um pio sobre as bandalheiras em que se meteu ao lado da delinquente que transformou em sucursal de quadrilha o escritório presidencial em São Paulo. A nota de Lauro Jardim avisa que está apenas em seu começo a mistura de pornochanchada e filme policial classe B em que a segunda-dama e o galã trapalhão lideram um elenco infestado de assaltantes e vigaristas.
As mensagens eletrônicas já examinadas pela Polícia Federal provaram que Rose, fantasiada de servidora da pátria, passou anos servindo ao amo e senhor, a si própria, aos parentes e aos comparsas que, com as bênçãos do Primeiro Companheiro, infiltrou na direção de agências reguladoras. Vem muito mais por aí, alertam os condutores da Operação Porto Seguro.
O primeiro lote de mensagens eletrônicas, em que aparece com vergonhosa frequência disfarçado de “PR”, bastou para que Lula perdesse a voz e começasse a fugir de jornalistas independentes. É provável que saia em desabalada carreira ao topar com os próximos oito. E certamente tentará continuar brincando de mudo para escapar de perguntas sobre o escândalo intransferível.
Como anda abrindo espaços na agenda até para fingir que aprendeu a escrever, está proibido de alegar que não fala de Rose por falta de tempo. O que falta é coragem.

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