Vocês se lembram que o MST havia invadido a Secretaria de Agricultura da Bahia, certo? O que fez o governador Jaques Wagner? Recorreu à Justiça para obter a reintegração de posse, uma obrigação funcional sua? Não! Passou a alimentar a turma com 600 quilos de carne por dia. Era tanta comida que as sem-terra passaram a salgar a carne para que Não apodrecesse. Há 20 dias, a área foi desocupada. Na semana passada, como gratidão, Wagner nomeou Vera Lúcia da Cruz Barbosa secretária de Políticas para as Mulheres. Ela é dirigente do MST, membro da Via Campesina e integrante da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS).
Pois é… A secretaria foi invadida de novo, desta feita pelo Movimento dos Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (Ceta) e pelo Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD). O que mais acho interessante num “Movimento de Desempregados” é o fato de seus membros preferirem a mobilização à procura de um emprego. Pergunta: se o MTD faz greve, o que acontece?
Vejam bem: esses dois grupos pertencem àquela tal “Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais”, de que Vera Lúcia, agora secretária, é chefe. Na prática, o governo Wagner funciona como invadido e invasor, compreenderam? Eu espero que os baianos “sem-alguma-coisa-que-os-faça-felizes” tenham aprendido qual é o caminho da satisfação de seus anseios: a Secretaria da Agricultura! Podem invadir à vontade. O churrasco fica por conta de Wagner. Resta saber quem paga a cerveja.
Ignoro se o Ministério Público decidiu agir contra Jaques Wagner. Acho que não! Alguns grupos e ao menos um partido têm o direito natural de mandar a lei às favas no Brasil.
Por Reinaldo Azevedo
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