A marca do lulo-petismo é a mistificação. Em todas as áreas. Mas em poucas os companheiros mentiram tanto como em saneamento básico.
O descaso com o setor tem sido uma tônica negativa de todas as gestões, mas, na petista, ele é ainda maior. Em seu segundo mandato, o antecessor da presidente Dilma Rousseff destinou 5.7 bilhões de reais à extensão da rede sanitária, só 4% do que seria necessário para universalizar o serviço. Em 2009, o presidente barbudo conseguiu um feito inédito na história do país: a proporção de domicílios atendidos encolheu. Se o ritmo imprimido por seu governo for mantido, os mais pobres só serão plenamente atendidos em 2048.
Uma das promessas de campanha feitas por Dilma Rousseff no ano passado foi promover uma revolução no saneamento e estender a rede de esgotos a todos os domicílios até 2014. Mas a presidente não deu nenhum indício de que pretende manter esse compromisso. O Ministério das Cidades planeja investir apenas 14,5 bilhões de reais no sistema de coleta nos próximos quatro anos. Até o secretário nacional de Saneamento, Leodegar Tiscoski, reconhece que o valor não chega a um décimo do necessário para estender a rede de coleta à totalidade das residências.
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