PSDB, PPS e DEM cobram investigação sobre declarações de Marcos Valério
Por Laryssa Borges - VEJA Online
Os partidos oposicionistas PPS, PSDB e DEM formalizaram nesta quarta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja investigado por participação no esquema do mensalão. O documento da oposição cita as revelações feitas pelo empresário Marcos Valério de que o petista teve despesas pessoais pagas com recursos arrecadados na trama criminosa e que o ex-presidente autorizou a tomada de empréstimos fraudulentos nos bancos BMG e Rural para corromper deputados.
Os partidos oposicionistas PPS, PSDB e DEM formalizaram nesta quarta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja investigado por participação no esquema do mensalão. O documento da oposição cita as revelações feitas pelo empresário Marcos Valério de que o petista teve despesas pessoais pagas com recursos arrecadados na trama criminosa e que o ex-presidente autorizou a tomada de empréstimos fraudulentos nos bancos BMG e Rural para corromper deputados.
Na representação encaminhada à PGR, os
partidos lembram que VEJA
já havia revelado que Valério, o operador financeiro do
mensalão, guardava segredos e que, na tentativa de obter um acordo de delação
premiada, prometeu detalhar a participação do ex-presidente Lula no esquema
criminoso.
Os partidos argumentam ainda que, assim
como ocorreu no mensalão, o PT tenta desqualificar as revelações de Valério.
“As acusações são gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo. Não está se
tratando mais de suposições, elucubrações, presunções ou teorias, como gostavam
de afirmar os réus já condenados na AP 470 (mensalão)”, dizem as legendas na
representação.
Para PSDB, DEM e PPS, o depoimento formal
de Valério coloca o ex-presidente Lula no centro do escândalo e requer apuração
rigorosa dos fatos.
Despesas de Lula
No seu depoimento, Valério disse ainda que dinheiro do esquema do mensalão – que comprou voto de parlamentares do Congresso Nacional entre 2003 e 2005 – também serviu para pagar “despesas pessoais” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Valério, o dinheiro era depositado na conta de uma empresa de Freud Godoy, na época assessor pessoal de Lula.
No seu depoimento, Valério disse ainda que dinheiro do esquema do mensalão – que comprou voto de parlamentares do Congresso Nacional entre 2003 e 2005 – também serviu para pagar “despesas pessoais” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Valério, o dinheiro era depositado na conta de uma empresa de Freud Godoy, na época assessor pessoal de Lula.
Outras acusações feitas por Valério em seu
depoimento, após a condenação no STF por operar o mensalão, apontam que o
ex-presidente deu “ok” para os empréstimos com os bancos BMG e Rural que viriam
a irrigar o esquema. O empresário mineiro afirmou também que foi
ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atualmente presidente
do Instituto Lula. Tanto Okamotto quanto Lula, ambos em viagem ao exterior,
negaram as acusações.
Conforme revelou reportagem
de VEJA, Valério procurou espontaneamente a PGR
dizendo ter mais informações sobre o caso assim que foi condenado a 40 anos de
prisão pelo STF. O empresário disse querer proteção e tentar uma delação
premiada – instrumento jurídico que permite a redução da pena de um acusado
quando ele concorda em dar mais informações sobre os crimes nos quais está
envolvido.
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