Um momento lindo: Lula dá a mão a Maluf na celebração da união em benefício de Haddad
Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
Ai,
ai… Nada como um dia após o outro, com a falta de vergonha na cara no
meio… O deputado Paulo Maluf (PP-SP), aliado de Fernando Haddad na
disputa pela Prefeitura de São Paulo, terá de devolver R$ 21 milhões aos
cofres públicos. É o ponto final de uma ação que foi movida por…
petistas no tempo em que o PT fazia oposição ao ex-prefeito.
Hoje,
eles estão juntos, e o agora deputado, um monumento à moralidade
nacional, comandará um pedaço da Prefeitura caso Haddad vença a eleição.
Eis o PT! Quando Maluf era adversário, eles o levaram para a barra
dos tribunais — e por bons motivos. Agora, Maluf é aliado, e eles
querem levá-lo para dentro da Prefeitura.
Corolário:
o PT não recorreu à lei contra Maluf por senso de justiça, mas apenas
porque ele era seu adversário. Agora que é aliado, tornou-se um homem
bom. Não que o malufismo envergonhe o petismo ou que este possa
envergonhar aquele. Trata-se de forças complementares contra a
moralidade pública.
Leiam o que informa José Ernesto Credendio, na Folha:O
deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) terá de devolver R$ 21,315 milhões
aos cofres municipais até este mês, por decisão da Justiça, após perder
todos os recursos numa ação movida pelo Ministério Público Estadual,
com base numa representação apresentada pelo PT em 1996. Prefeito
paulistano de 1993 a 1996, Maluf é hoje aliado dos petistas na coligação
que tenta levar Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. O deputado
foi intimado a devolver à prefeitura o valor de prejuízos de operações
financeiras com papéis do Tesouro Municipal no caso conhecido como
“escândalo dos precatórios”, em razão de uma condenação ocorrida em
dezembro de 1998.
Como
ele não conseguiu derrubar a sentença em instâncias superiores, em 20
de setembro deste ano a juíza Liliane Keyko Hioki, da 3ª Vara da Fazenda
Pública de São Paulo, atendeu pedido do Ministério Público e deu prazo
até este mês para Maluf restituir o valor à prefeitura. A ação, por
improbidade administrativa, foi motivada por petistas como o atual
ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), Devanir Ribeiro e José Mentor,
ambos do diretório nacional, o vereador José Américo e os deputados
Carlos Zarattini e Adriano Diogo, na época opositores à gestão de Paulo
Maluf.
O
valor da restituição foi atualizado em agosto e, caso Maluf não o
devolva, deve pagar mais juros e multa de 10%, determinou a juíza.
Antes, o deputado tentara suspender o processo com apelações ao STJ
(Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em
março de 2009, em recurso relatado pelo ministro Ayres Britto, o STF
negou o pedido de Maluf, que já havia perdido também no Tribunal de
Justiça paulista.
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