Do Zé Beto, no Jornale:
A temperatura do clima que envolve as demissões na Celepar vai aumentar muito. Contra a ofensiva do sindicato da classe que denunciou ontem demissões na empresa, sabe-se agora da existência de uma auditoria interna na empresa que identificou indícios de uma ”indústria de ações trabalhistas” contra a empresa detectada pelo departamento jurídico, sendo a maioria por danos morais e envolvendo altos valores. Segundo informações que chegaram ao Palácio das Araucárias, o estranho é que todas elas sempre estiveram a cargo de um mesmo escritório – o Passos & Lunard -, que tem como um de seus sócios o ex-vereador do PT de Curitiba, André Passos, o mesmo que ontem levou denúncia contras as demissões ao Ministério Público Estadual.
O valor das ações é de algo em torno de R$ 4 milhões – e as analisadas pela auditoria são apenas 17. Segundo se informa, outro fato incomum é que estas ações, a maioria por “assédio moral”, ou seja, reclamações que não demandam evidências materiais. E que, segundo a auditoria, elas se multiplicaram entre 2007 e 2010, no governo Roberto Requião, exatamente quando o responsável pelo departamento jurídico da Celepar, primeiro como assessor, depois como diretor, era o advogado Tarso Cabral Violin, que, segundo consta, é amigo de Passos há muito tempo, fato que pode ser constatado nas ações populares juntos que assinaram juntos, nos manifestos contra o neoliberalismo, em defesa de movimentos sociais, etc. Segundo a auditoria, que também vai engrossar o caldo do assunto no Ministério Público, os dois só tiveram em lados opostos exatamente nos casos das ações na Justiça do Trabalho, quando, segundo se informa, aumentou muito o passivo da empresa nas causas perdidas.
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