Uma audiência pública realizada nesta sexta-feira (17), no plenário da Câmara Municipal, debateu o combate à legalização da maconha. O evento, organizado pelo vereador Valdemir Soares (PRB), reuniu diversas pessoas, a maioria jovens que são contra a liberação da droga. Além do vereador, estiveram presentes o secretário Municipal Antidrogas, Hamilton José Klein, o deputado federal e delegado da Polícia Federal Fernando Francischini, a psicóloga Marisa Lobo e o psiquiatra Cleandro Luiz Carnieri. Os vereadores Julião Sobota (PSC), Noemia Rocha (PMDB), e Zé Maria (PPS) também estiveram presentes no evento.
“Esta é a primeira audiência do Brasil contra a liberação da maconha e outras drogas. Esperamos uma decisão do país, da Câmara Federal, do Senado em impedir que esta e outras drogas sejam legalizadas”, disse Valdemir Soares. Ele lembrou de uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, que mostrou que 76% dos curitibanos são contrários à liberação da maconha. “Esta audiência quer chamar a atenção da sociedade curitibana para que consigamos que estas pessoas levem esta mensagem para as demais”, complementou.
“É um interesse de todos, do governo, junto com a sociedade, o combate ao tráfico de drogas e a recuperação de dependentes. É importante que todos nós levantemos esta questão do combate às drogas”, disse Noemia.
O secretário Antidrogas disse que está sendo usado o exemplo da Holanda para a liberação da maconha de forma equivocada. “Na Holanda, na medida em que cresciam usuários nas praças, tiveram que manter ambulâncias para atender casos de overdose. Pouco tempo depois, tiveram que construir postos de atendimento e hospitais perto destes locais”. Segundo ele, o governo teve que voltar atrás quando percebeu que o dinheiro do serviço de Saúde, que deveria ser gasto com a população produtiva, estava indo para estes atendimentos. Foi proibido o uso nas praças e hoje permaneceram os cafés, que só podem ser frequentados por pessoas cadastradas.
O secretário não acredita que a legalização cessará o mercado negro. “As duas drogas legalizadas, que são o álcool e o cigarro, ainda são contrabandeadas. O mercado negro continuou operando do mesmo jeito”. Entre os planos da Secretaria Antidrogas está a capacitação dos professores de toda a rede municipal para enfrentar a questão.
Para o deputado Francischini, a prevenção entre os jovens é o melhor caminho. “Sou a favor de prevenção nas escolas, o apoio na recuperação. Temos que estar com o pé no chão, a maconha é a porta de entrada. Enquanto se está na maconha, o caminho de volta é difícil, mas é viável, mas no crack somente 7% das pessoas têm chance de se recuperar. Esta chance aumenta em 30% quando é levado em conta não só o tratamento médico, mas o lado espiritual e religioso”, garantiu.
Segundo o promotor Paulo Sérgio de Lima, que veio representar o procurador-geral Olympio de Sá Sotto Maior Neto, a liberação da maconha é um atitude criminosa, que vai envolver não só a questão do tráfico. “A maconha é a porta de entrada para as outras drogas e é um atentado contra a vida, porque fortalece o traficante, que acaba com as famílias. É o povo mais humilde que se atinge quando se fala da liberação da maconha. Temos que ir contra, vertiginosamente, esta liberação. Continuaremos lutando para que não ocorra esta liberação. Da parte do Ministério Público, a nossa luta será de mãos dadas”, afirmou.
Saúde
O psiquiatra Cleandro Luiz Carnieri explicou sobre os problemas do uso da maconha. “Há mais de 400 substâncias químicas na maconha. É um dos maiores desencadeantes dos ataques de pânico”, segundo ele. Estudos recentes mostram que o uso da droga pode desencadear a esquizofrenia, doença psiquiátrica irreversível que provoca alucinações e delírios.
De acordo com a psicóloga Marisa Lobo, o poder de escolha que se propõe com a legalização da droga não pode ser dado às crianças e adolescentes, ainda em processo de formação. “Não existe real escolha quando não se tem formação, quando não se tem idade para saber decidir”. Ela trabalha diariamente com dependentes químicos e disse que todos afirmam terem iniciado com a maconha. “Tenho hoje 150 pacientes e todos eles afirmaram que começaram com a maconha. Somos um país novo, um país ainda adolescente e não temos competência para administrar a maconha.”
Também estiveram presentes representantes da Fundação de Ação Social (FAS), da Secretaria Municipal de Educação, do Movimento Curitiba Te Quero Sem Drogas, e o coordenador nacional sul de prevenção contra as drogas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), José Augusto Soavinski.
“Esta é a primeira audiência do Brasil contra a liberação da maconha e outras drogas. Esperamos uma decisão do país, da Câmara Federal, do Senado em impedir que esta e outras drogas sejam legalizadas”, disse Valdemir Soares. Ele lembrou de uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, que mostrou que 76% dos curitibanos são contrários à liberação da maconha. “Esta audiência quer chamar a atenção da sociedade curitibana para que consigamos que estas pessoas levem esta mensagem para as demais”, complementou.
“É um interesse de todos, do governo, junto com a sociedade, o combate ao tráfico de drogas e a recuperação de dependentes. É importante que todos nós levantemos esta questão do combate às drogas”, disse Noemia.
O secretário Antidrogas disse que está sendo usado o exemplo da Holanda para a liberação da maconha de forma equivocada. “Na Holanda, na medida em que cresciam usuários nas praças, tiveram que manter ambulâncias para atender casos de overdose. Pouco tempo depois, tiveram que construir postos de atendimento e hospitais perto destes locais”. Segundo ele, o governo teve que voltar atrás quando percebeu que o dinheiro do serviço de Saúde, que deveria ser gasto com a população produtiva, estava indo para estes atendimentos. Foi proibido o uso nas praças e hoje permaneceram os cafés, que só podem ser frequentados por pessoas cadastradas.
O secretário não acredita que a legalização cessará o mercado negro. “As duas drogas legalizadas, que são o álcool e o cigarro, ainda são contrabandeadas. O mercado negro continuou operando do mesmo jeito”. Entre os planos da Secretaria Antidrogas está a capacitação dos professores de toda a rede municipal para enfrentar a questão.
Para o deputado Francischini, a prevenção entre os jovens é o melhor caminho. “Sou a favor de prevenção nas escolas, o apoio na recuperação. Temos que estar com o pé no chão, a maconha é a porta de entrada. Enquanto se está na maconha, o caminho de volta é difícil, mas é viável, mas no crack somente 7% das pessoas têm chance de se recuperar. Esta chance aumenta em 30% quando é levado em conta não só o tratamento médico, mas o lado espiritual e religioso”, garantiu.
Segundo o promotor Paulo Sérgio de Lima, que veio representar o procurador-geral Olympio de Sá Sotto Maior Neto, a liberação da maconha é um atitude criminosa, que vai envolver não só a questão do tráfico. “A maconha é a porta de entrada para as outras drogas e é um atentado contra a vida, porque fortalece o traficante, que acaba com as famílias. É o povo mais humilde que se atinge quando se fala da liberação da maconha. Temos que ir contra, vertiginosamente, esta liberação. Continuaremos lutando para que não ocorra esta liberação. Da parte do Ministério Público, a nossa luta será de mãos dadas”, afirmou.
Saúde
O psiquiatra Cleandro Luiz Carnieri explicou sobre os problemas do uso da maconha. “Há mais de 400 substâncias químicas na maconha. É um dos maiores desencadeantes dos ataques de pânico”, segundo ele. Estudos recentes mostram que o uso da droga pode desencadear a esquizofrenia, doença psiquiátrica irreversível que provoca alucinações e delírios.
De acordo com a psicóloga Marisa Lobo, o poder de escolha que se propõe com a legalização da droga não pode ser dado às crianças e adolescentes, ainda em processo de formação. “Não existe real escolha quando não se tem formação, quando não se tem idade para saber decidir”. Ela trabalha diariamente com dependentes químicos e disse que todos afirmam terem iniciado com a maconha. “Tenho hoje 150 pacientes e todos eles afirmaram que começaram com a maconha. Somos um país novo, um país ainda adolescente e não temos competência para administrar a maconha.”
Também estiveram presentes representantes da Fundação de Ação Social (FAS), da Secretaria Municipal de Educação, do Movimento Curitiba Te Quero Sem Drogas, e o coordenador nacional sul de prevenção contra as drogas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), José Augusto Soavinski.
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