Na missa negra disfarçada de comercial do PT, Lula explicou que o naufrágio econômico que comandou, em parceria com Dilma Rousseff, é coisa de afogados que insistem em lamentar o que aconteceu. Os culpados pelo desastre, recitou o Exterminador do Plural, são “as pessoas que falam em crise, crise, crise, repete (sic) isso todo santo dia e fica (sic) minando a confiança no Brasil”.
A conversa de 171, abafada pelo desmoralizante panelaço que acelerou o aquecimento para um histórico 13 de março, reiterou que, na cabeça baldia do ex-presidente, qualquer problema desaparece se a palavra que o identifica deixar de ser pronunciada. Como disse o mestre aos discípulos que resistem à tentação da debandada, basta ignorar uma encrenca para que tudo se resolva.
Foi por isso que o restante do sermão não reservou uma única e escassa vírgula ao triplex do Guarujá, nem ao sítio em Atibaia, muito menos à segunda-dama Rosemary Noronha. Lula e o que sobrou da seita ainda não entenderam que as coisas mudaram depois da Lava Jato. Se espera que as delinquências que protagonizou sejam esquecidas, é bom esperar sentado.
Bem mais sensato seria providenciar algum esconderijo reformado por empreiteiros amigos ─ antes que chegue o Japonês da Federal.
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