terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ricardo Barros, o Bolsa Família e o tiro no Ministério


No mesmo dia em que foi divulgado que o STF manteve aberto o processo em que é acusado de participar de um suposta fraude na prefeitura de Maringá, o deputado federal Ricardo Barros (PP), relator do orçamento da União para 2016 divulgou a seguinte nota onde manda um torpedo no Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome em relação aos números apresentados sobre o Bolsa Família. Barros defende o corte de R$ 10 bilhões no orçamento do programa. Confiram:
O site do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS informa os números de famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família: 14 milhões de famílias beneficiadas, sendo consideradas 3,45 pessoas por família, somando 48,3 milhões pessoas beneficiadas no Brasil.
O corte de 35% representaria cortar 16,9 milhões de pessoas, sendo que o boletim publicado pelo MDS em 23/10/2015 informa que 23 milhões de pessoas ficariam fora do programa, alegando que o corte atingiria as famílias com maior renda mensal declarada, o que implica deduzir que há mais pessoas no programa com maior renda declarada do que pessoas com menor renda declarada. Isto por si só demonstra, ou a precariedade da informação ou a precariedade dos critérios para a concessão do benefício.
“A inconsistência na informação é de tal grandeza que dispensa mais comentários de minha parte”, afirma o Relator Geral do Orçamento 2016, deputado Ricardo Barros, que lamenta que o Governo pretenda combater sua proposta com desinformação.
Barros estudou o programa e assegura que muitos beneficiários não se enquadram na renda de até R$ 154,00 por pessoa e contesta a legalidade da Regra de Permanência de 2 anos no programa, para famílias que ganham até meio Salário Mínimo per capita.
Os 18,8 bilhões de reais que serão mantidos no OGU 2016 para o programa Bolsa Família, são mais do que suficientes para garantir o auxílio a todos os brasileiros que realmente precisam desta renda e para mais alguns milhões que receberão como complementação de renda, logo, nenhum brasileiro voltará para a extrema pobreza com este ajuste no programa.
“Não sou contra o Bolsa Família, mas estou convencido de que merece melhor gestão para ser mais justo com todos os brasileiros”, afirma Ricardo Barros.

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