Ze Beto
Do analista dos Planaltos:
Gustavo Fruet fez nome e renome como deputado federal ético que combateu a turma do mensalão em 2005. Agora é candidato a prefeito de Curitiba apoiado pelo partido PT. Tudo bem que essa história de mensalão começa em Belo Horizonte, no PSDB, ex-partido de Fruet, mas isso é outra história. O que não estava no script era o retorno à cena do ex-presidente Lula que, hiperativo, e com tempo de sobra, resolveu enquadrar o STF para que o julgamento do mensalão, que já vinha sendo protelado há 7 anos, fosse transferido para uma data mais propícia para o PT e alguns listados como integrantes de quadrilha que são candidatos candidatos. A trapalhada de Lula precipitou o início do julgamento do mensalão, que vai coincidir com a campanha eleitoral. É o pior dos mundos para Fruet. Com o julgamento vai se ressaltar as contradições da aliança que formou para ser candidato, apesar de muita gente achar que ela seria inevitável para se ter qualquer chance de concorrer e também que do outro lado da trincheira não há santos – e a marca do agora proscrito João Claudio Derosso não será esquecida tão cedo. A ideia de dividir o palanque com Lula, portanto, pode ser uma temeridade. Afinal, vai ser uma campanha em que o julgamento do PT e dos mensaleiros e do próprio Lula vai dominar o noticiário.
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