Amigos, não percam a primeira nota da coluna de hoje do jornalista Carlos Brickmann, o Carlinhos, para os amigos. Seu título é “Petróleo, um tantinho assim”.
A lenda oficial acaba de completar cinco anos: em 21 de abril de 2006, o presidente Lula anunciou que, como nunca dantes na história deste país, o Brasil era autossuficiente em petróleo.
E tinha mais: o álcool tinha dado tão certo que até mudou de nome para “etanol” e seria o combustível renovável, ecológico – nunca dantes na história do mundo um programa brasileiro tinha sido um exemplo para tantos países.
E tinha mais: o petróleo do pré-sal, que jorrava com abundância sempre que era preciso afogar más notícias para o governo, e que, como nunca dantes na história do Universo, colocaria o Brasil, se quisesse, na Opep, a organização dos riquíssimos países exportadores de petróleo.
Agora, aos fatos: neste ano, devemos importar 18 bilhões de dólares de petróleo (no ano passado, as importações foram de 13 bilhões). E aquela abundância de petróleo que nos colocaria na Opep, se quiséssemos, somada às importações, não está sendo suficiente para atender ao mercado: o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, diz que já há um estrangulamento do setor de combustíveis, “um apagão”.
Ah, o álcool! Sabe aquela teimosia dos gringos, que produzem o antieconômico álcool de milho em vez de importar o etanol brasileiro de cana, produzido de maneira muito mais eficiente e barata?
Pois é, estamos importando álcool americano. E nas bombas o tal etanol acaba saindo mais caro que a gasolina. Problemas passageiros, diz o governo. Mas, na dúvida, deixe o tanque cheio.
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