Cláudio Slaviero
Atenção para a nova tática do PT, usada em momento de maior repulsa à sua bandeira: petistas de Norte a Sul do país, inclusive aqueles que detêm cargos em órgãos públicos, os eleitos pelas urnas, os gurus e ideólogos, espalhados nas mídias oficiais ou pelas redes sociais (centenas como fakes), começaram a defender sua legenda a ferro e fogo com maior insistência, a comparar seus males (corrupção desenfreada, má utilização dos recursos públicos, ocupação sindical de milhares de empregos públicos etc.) aos danos provocados por outros partidos, como se todos fossem iguais, ao mesmo tempo em que se dá uma sangria partidária significativa.
Reparem no escudo que tentam criar Lula e seus filhotes em entrevistas à mídia, em declarações esparsas, em provocações, em ameaças, em desmerecimentos a condenações da Justiça, em abordagens de fotos etc. É uma tática. Aquela de dizer que tudo é farinha do mesmo saco. Portanto, eles seriam tão corruptos ou tão inocentes quanto todos os outros em todos os tempos da República.
Eis o que diz, por exemplo, a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, como se vivesse o auge do desabafo do coitadinho: “O ódio ao PT não é de agora. É ódio de classe, arraigado”, disse. E continuou: “Não sei de ministros ou deputados do PP, PMDB, PSDB, PTB, Solidariedade, tão investigados quanto, inclusive por delinquência anterior aos governos petistas, que tenham sido confrontados de tal forma”. É de uma inocência de corar freirinhas! A mesma tese – “são todos iguais” – corre jornais, tevês, rádios, redes sociais, com a mesma postura angelical. Com a mesma candura, a defesa de Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou a decisão do STF de desvincular da Lava Jato uma das investigações que citam a senadora. O caso envolve um esquema supostamente ilegal que envolveria a empresa Consist Software e o Ministério do Planejamento, comandado à época pelo marido de Gleisi, Paulo Bernardo.
Aliás, desde que foram revelados os escabrosos escândalos tanto em seu governo quanto no de seu antecessor, a própria presidente Dilma não cansou de repetir que o mal da corrupção era anterior às administrações petistas. Quando alguns petistas foram presos, as lideranças do partido, de Rui Falcão a Lula, se esgoelaram para reivindicar a prisão também de políticos de outras legendas. Todos eram iguais, brandiram aqueles que vivem dividindo os brasileiros em grupos antagônicos.
É a mesma tática do inimigo público número 1 do país, Luiz Inácio Lula da Silva, centenas de vezes usada desde que divulgou a “Carta aos Brasileiros”, de inspiração da caneta de Zé Dirceu. Ou igual ao estelionato eleitoral de Dilma nas últimas eleições. É a tentativa de não perder os anéis e muito menos os dedos.
Ao mesmo tempo em que Dilma alcança 69% de desaprovação dos brasileiros, batendo recordes negativos consecutivos, o PT vê o seu vice-líder na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), que teve 87 mil votos em 2014, se desligar e se filiar à Rede de Marina Silva. Sem contar o abandono da senadora Marta Suplicy e de uma leva de prefeitos e parlamentares de todo o país dando adeus à estrela vermelha. Delfim Netto, ministro na época da ditadura militar e inspirador da política econômica dos governos Lula, descarrega um balde de impropérios contra a ex-mãe do PAC e a chama de “trapalhona”. Até Jeferson Monteiro, criador da “Dilma Bolada”, com milhões de seguidores, deixou sua musa inspiradora de lado.
Nós somos iguais, repetem, ao notarem suas luzes apagando nos túneis da democracia. Não, não são iguais e nunca foram. Cabe aos brasileiros não se enganarem com essa conversa fiada e acenderem luzes honestas e iluminadoras de seu futuro, afastando esses fantasmas.
Cláudio Slaviero, empresário e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, é autor do livro A vergonha nossa de cada dia.
Atenção para a nova tática do PT, usada em momento de maior repulsa à sua bandeira: petistas de Norte a Sul do país, inclusive aqueles que detêm cargos em órgãos públicos, os eleitos pelas urnas, os gurus e ideólogos, espalhados nas mídias oficiais ou pelas redes sociais (centenas como fakes), começaram a defender sua legenda a ferro e fogo com maior insistência, a comparar seus males (corrupção desenfreada, má utilização dos recursos públicos, ocupação sindical de milhares de empregos públicos etc.) aos danos provocados por outros partidos, como se todos fossem iguais, ao mesmo tempo em que se dá uma sangria partidária significativa.
Reparem no escudo que tentam criar Lula e seus filhotes em entrevistas à mídia, em declarações esparsas, em provocações, em ameaças, em desmerecimentos a condenações da Justiça, em abordagens de fotos etc. É uma tática. Aquela de dizer que tudo é farinha do mesmo saco. Portanto, eles seriam tão corruptos ou tão inocentes quanto todos os outros em todos os tempos da República.
Eis o que diz, por exemplo, a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, como se vivesse o auge do desabafo do coitadinho: “O ódio ao PT não é de agora. É ódio de classe, arraigado”, disse. E continuou: “Não sei de ministros ou deputados do PP, PMDB, PSDB, PTB, Solidariedade, tão investigados quanto, inclusive por delinquência anterior aos governos petistas, que tenham sido confrontados de tal forma”. É de uma inocência de corar freirinhas! A mesma tese – “são todos iguais” – corre jornais, tevês, rádios, redes sociais, com a mesma postura angelical. Com a mesma candura, a defesa de Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou a decisão do STF de desvincular da Lava Jato uma das investigações que citam a senadora. O caso envolve um esquema supostamente ilegal que envolveria a empresa Consist Software e o Ministério do Planejamento, comandado à época pelo marido de Gleisi, Paulo Bernardo.
Aliás, desde que foram revelados os escabrosos escândalos tanto em seu governo quanto no de seu antecessor, a própria presidente Dilma não cansou de repetir que o mal da corrupção era anterior às administrações petistas. Quando alguns petistas foram presos, as lideranças do partido, de Rui Falcão a Lula, se esgoelaram para reivindicar a prisão também de políticos de outras legendas. Todos eram iguais, brandiram aqueles que vivem dividindo os brasileiros em grupos antagônicos.
É a mesma tática do inimigo público número 1 do país, Luiz Inácio Lula da Silva, centenas de vezes usada desde que divulgou a “Carta aos Brasileiros”, de inspiração da caneta de Zé Dirceu. Ou igual ao estelionato eleitoral de Dilma nas últimas eleições. É a tentativa de não perder os anéis e muito menos os dedos.
Ao mesmo tempo em que Dilma alcança 69% de desaprovação dos brasileiros, batendo recordes negativos consecutivos, o PT vê o seu vice-líder na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), que teve 87 mil votos em 2014, se desligar e se filiar à Rede de Marina Silva. Sem contar o abandono da senadora Marta Suplicy e de uma leva de prefeitos e parlamentares de todo o país dando adeus à estrela vermelha. Delfim Netto, ministro na época da ditadura militar e inspirador da política econômica dos governos Lula, descarrega um balde de impropérios contra a ex-mãe do PAC e a chama de “trapalhona”. Até Jeferson Monteiro, criador da “Dilma Bolada”, com milhões de seguidores, deixou sua musa inspiradora de lado.
Nós somos iguais, repetem, ao notarem suas luzes apagando nos túneis da democracia. Não, não são iguais e nunca foram. Cabe aos brasileiros não se enganarem com essa conversa fiada e acenderem luzes honestas e iluminadoras de seu futuro, afastando esses fantasmas.
Cláudio Slaviero, empresário e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, é autor do livro A vergonha nossa de cada dia.
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