De Rogério Galindo, do Blog Caixa Zero
Todo mundo se lembra: na campanha do ano passado, José Serra saiu logo de cara dizendo que levaria para o governo federal, caso fosse presidente, o programa “Mãe Paulistana”. Dava o crédito, dizendo se tratar de uma invenção que havia copiado de Curitiba.
Não demorou, apareceu no programa de Dilma Rousseff a resposta: se o PSDB tinha o “Mãe Brasileira”, ela dizia que implantaria o “Rede Cegonha”, um programa bem parecido. Aqui não havia crédito para ninguém. Mas a idéia era semelhante: botar o Estado para cuidar das grávidas desde o momento inicial da gestação, para reduzir problemas para a mãe e para o bebê.
Nesta segunda, Dilma lança oficialmente o programa em Belo Horizonte. Diz-se que terá R$ 9,4 bilhões para os quatro anos de seu mandato. Começará atuando em regiões mais pobres, como a Amazônia, depois segue para cidades onde já iniciativa parecida, como São Paulo e Curitiba.
Independente do resto, claro que é bom que uma idéia que deu certo seja aplicada em mais lugares. Nesse caso, o PT não tem nem de longe o mérito de inventar o programa, que cabe ao pessoal de Cassio Taniguchi (DEM) e Luciano Ducci (PSB). O importante é que o programa funcione e evite mortes desnecessárias de mães e crianças.
Mas tudo ficará mais bonito se o governo tiver a decência de atribuir a paternidade a quem de direito.
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