O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) comentou em Plenário, nesta segunda-feira (28), o que considerou mais um caso do que chamou de "fábrica de escândalos" instalada no Brasil: o desvio de R$ 662 milhões da Saúde, em 2007 e 2008, denunciado pela imprensa no fim de semana. Para o senador, o "caos e a tragédia" da saúde pública deveriam ser o debate da década, mas a única providência que o governo considera é o restabelecimento da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
- O que verificamos nesses dias é que o Banco Mundial tinha razão, quando concluiu estudos afirmando que a questão da saúde pública no Brasil não é dinheiro, é desorganização, falta de planejamento, incompetência de gerenciamento e corrupção - disse.
O pior, acrescentou o líder do PSDB, é que apenas 2,5,% das chamadas transferências fundo a fundo seriam fiscalizadas, de acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com Alvaro Dias, a saúde pública no Brasil é o caos, "da capital ao interior e do interior à capital". Ele citou o exemplo de Franca (SP), onde teriam sido desviados R$ 2,5 milhões da Farmácia Popular, segundo relatório do próprio Ministério da Saúde.
- O que se consagra num fato como esse é que a impunidade prevalece no Brasil como consequência da banalização da corrupção, talvez o maior desserviço que se prestou à nação nos últimos anos. A corrupção não provoca mais indignação - opinou.
Alvaro Dias citou outros casos divulgados nos últimos dias pela imprensa, como a venda de cocaína nas estradas e o uso de "laranjas" para a negociação de concessões de emissoras de rádio e de TV. Sobre o último assunto, o PSDB vai apresentar requerimento de audiência pública para o governo federal prestar esclarecimentos. Para Álvaro Dias, diante de tantas denúncias, a oposição não dá conta de cobrar as devidas explicações.
Da Redação / Agência Senado
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