Bahia e Paraná são os Estados em que há mais pontos onde a vulnerabilidade à exploração sexual de crianças e adolescentes é crítica nas rodovias federais brasileiras, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da ONG Childhood Brasil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A pesquisa mostra que o País tem 1.820 locais em seus 66 mil quilômetros de rodovias federais onde há risco de crianças estarem sendo exploradas. Esses pontos foram classificados em quatro graus: crítico (924 do total), alto (478), médio (316) e baixo (102).
Em algumas estradas, crianças recebem R$ 1,99 para fazer sexo com motoristas de caminhão. “A exploração sexual nas rodovias federais não é tão articulada. É uma rede menor, em que taxistas, frentistas e pequenos comerciantes oferecem os menores para usuários da rodovia. Já tivemos casos em que os valores pagos foram ínfimos”, afirma o chefe de Comunicação Social da PRF, Alexandre Castilho.
A Bahia concentra 12,7% dos pontos críticos, com 117 pontos, seguida do Paraná, que tem 12,2%, ou seja, 113 locais. Os cinco primeiros Estados, que também incluem Rio Grande do Sul (75), Minas Gerais (66) e São Paulo (51), detêm as maiores malhas viárias federais do Brasil.
Entre 2005 e 2009, a PRF prendeu 951 pessoas em flagrante por exploração sexual infantil e encaminhou aos conselhos tutelares mais de 2 mil crianças e adolescentes encontrados em situação de risco ao longo das rodovias.
O levantamento foi feito em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização não governamental Childhood Brasil.
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