Por Plínio Zabeu
Segundo o presidente Lula, o Brasil foi descoberto, ocupado, realizado, e teve iniciada toda sua história no mesmo dia em que ele inventou a roda: Primeiro de Janeiro de 2003. O resto é aquilo que ele não se cansa de repetir: “Nunca antes nesse país…”
Segundo ele a economia chegou ao ponto atual de boa situação apenas e tão somente devido à sua capacidade de administrar já que “nunca antes” existiu outro como ele. Então se coloca no direito de continuar a dirigir o país mesmo usando algo, ou alguém, como uma espécie de disfarce.
Tomou algum susto com o inesperado segundo turno. Mas, de posse de recursos inimagináveis, de prestígio junto a grande parte da população, tudo indica que tal imprevisto será superado no próximo dia 31. A não ser que ocorra uma segunda surpresa. Enquanto isso os marqueteiros trabalham. Tudo de mal dos opositores vai sendo mostrado com ênfase, mesmo que sejam acusações falsas ou tomada de posição – melhor dizendo “retomada” – quanto a assuntos já conhecidos e enfatizados anos antes.
Vai se repetindo o que aconteceu em 2006. Ao ser surpreendido pelo segundo turno buscou auxílio com companheiros, um dos quais lhe sugeriu um absurdo mas que o povo acreditou. Lula disse que, se o concorrente vencesse no segundo turno, imediatamente o Banco do Brasil, A Caixa Econômica Federal e a Petrobrás seriam imediatamente privatizadas. E não é que deu certo? O número de votos do adversário foi bem menor no segundo turno que no primeiro. Claro que algum tempo depois o amigo ficou livre de uma dívida com a Receita, coisa de 80 milhões, segundo noticiário…
Agora o assunto volta à tona. Como combateu ferozmente os saudáveis processos de privatização que tanto favoreceram o país e mais outras providências do governo anterior (Plano Real, Combate à Inflação, Câmbio flutuante, Responsabilidade Fiscal) taxadas de “herança maldita”, volta a focar o mesmo assunto.
Lula nega que antes dele nada acontecia. Não tem idéia de tudo o que foi feito no país na segunda metade do século passado, como os investimentos na indústria no governo JK e mesmo durante o período militar quando os setores de energia e transportes foram melhorados. Não levou em consideração a transição para a democracia – seu partido negou-se a assinar a nova Constituição – e tanta luta para uma nova história do país.
Não tem como negar, mas procura de todo modo esconder a corrupção que dominou todo o seu período. A investigação da mais recente – a podridão na Casa Civil – acaba de ser adiada para não prejudicar o partido no segundo turno. Surpresa apenas para os que votaram no Tiririca. O resto do país já sabia que isso iria acabar como o mensalão e outros mais. Que futuro aguarda o Brasil? Com a resposta o eleitor.
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