quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não voto na Dilma

Da escritora Ruth Rocha, no blog do jornalista Ricardo Noblat:



Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha… “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem…”. De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 o Brasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;

2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então…

3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.

Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.

SP, 25/10/2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

PSDB Mulher Curitiba, fala sobre a importância do voto!

PSDB Mulher Curitiba realizou jantar de confraternização com o objetivo de esclarecer e ajudar a divulgar, a importância do voto no dia 31 de outubro. Ou seja, antes de viajar a lazer ou para honrar os entes queridos falecidos, a população deve cumprir com a sua cidadania e votar no dia 31

A deputada Estadual eleita, Mara Lima, a vice presidente do Diretório Estadual, Suzana Rossoni, a jornalista Juril Carnascielli, Mary Derosso, a presidente do Diretório Municipal Nely Almeida, João Derosso, Caroline Arns e Jane Cardoso

Antes de ir viajar, vá votar!

 Feriadão irá atrapalhar eleição do 2º turno


O feriadão durante o segundo turno poderá provocar uma abstenção recorde durante as eleições do dia 31 de outubro, o que poderá influenciar no resultado da eleição presidencial.

No primeiro turno, a abstenção foi de 18,12%. Não terão segundo turno para governador os oito maiores colégios eleitorais - São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará, o que deve contribuir para a desmobilização do eleitor.

A data escolhida é inoportuna, pois está marcada entre datas em que as pessoas querem aproveitar para seu lazer, ou para honrar seus entes queridos já falecidos e, portanto, o comparecimento no dia da votação será menor.

Na lógica, a pausa do trabalho será ainda maior, pois os prédios públicos que serão utilizados durante as eleições devem ser desocupados na sexta-feira, ou seja, uma média de cinco dias fora das obrigações.

Devemos ressaltar aos nossos familiares, amigos e conhecidos, a importância do comparecimento dos eleitores nas urnas, no dia 31 de outubro. A população precisa participar. Não por ser o voto, obrigatório, mas porque é a oportunidade do exercício da cidadania e, principalmente, porque iremos decidir o destino político do Brasil.

Precisamos nos mobilizar e fazermos uma corrente de conscientização, de que, antes de viajar, devemos comparecer aos locais de votação, no dia 31 de outubro, afinal, teremos os dias 1º e 2 de novembro para viajar e descansar.

Agora é a hora da virada. Chega de escândalos, de acordos escusos, de mentiras e de violência contra a democracia. Para presidente SERRA – 45, neles!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Novos conselhos de controle da mídia

Ao menos mais três Estados – Bahia, Alagoas e Piauí – preparam-se para implantar conselhos de comunicação para monitorar a mídia. A criação dos conselhos foi recomendação da Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado, por convocação do governo Lula. A Assembleia Legislativa do Ceará já aprovou a criação de um conselho, vinculado à Casa Civil, com a função de “orientar”, “fiscalizar”, “monitorar” e “produzir relatórios” sobre a atividade dos meios de comunicação.O governo de Alagoas estuda transformar um conselho consultivo com poder de decisão semelhante ao aprovado pelo Ceará. No Piauí, foi proposta a criação de conselho com atribuição de denunciar às autoridades “atitudes preconceituosas de gênero, sexo, raça, credo e classe social” das empresas de comunicação. Na Bahia, o conselho seria vinculado à Secretaria de Comunicação Social do Estado.

PF ouve Erenice e Amaury

PF ouve Erenice e Amaury


A Polícia Federal ouviu hoje, em Brasília, os depoimentos de dois dos principais personagens dos escândalos envolvendo a campanha da presidenciável Dilma Roussef f (PT). A ex-ministra Erenice Guerra e o jornalista Amaury Ribeiro Jr., arrolado na quebra de sigilos de tucanos. A PF deve indiciá-lo como um dos responsáveis pela compra de dados sigilosos na Receita Federal. No depoimento de hoje, poderá ficar mais claro se Amaury atuou sozinho ou a mando de alguém ao comprar os dados.O despachante Dirceu Rodrigues Garcia afirmou ter recebido de Amaury, no ano passado, R$ 8,4 mil pelas informações de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Em setembro, depois de ser iniciada a investigação do caso, o jornalista teria pago um “auxílio” de R$ 5 mil ao despachante.
Em depoimento de quatro horas, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra admitiu hoje à Polícia Federal que se encontrou com Rubnei Quícoli, consultor que foi procurado pelo filho dela para viabilizar um empréstimo bilionário com o BNDES. O depoimento contraria a própria versão de Erenice quando era ministra da Casa Civil e que o governo sustenta até hoje. À época, ela informou, por meio da assessoria, que houve um encontro de Quícoli apenas com um assessor dela. Para a PF, a ex-ministra admitiu que participou da reunião na Casa Civil,o que corrobora a versão de Rubnei Quícoli sobre o caso. Segundo a defesa de Erenice, ela respondeu a mais de cem perguntas na condição de testemunha

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As pernas da mentira continuam curtas

(Giulio Sanmartini) Para o Partido dos Trabalhadores, “a mentira tem perna curtas, barriga grande, barba branca, língua presa e lhe falta o dedo mindinho da mão esquerda”.
Nessa desagradável agressão sofrida por José Serra e insuflada por Lula, que ao por em dúvida os fatos, confundiu “a grande obra do mestre Picasso, com o grade pênis de aço do mestre de obra”.
Em primeiro lugar Lula teria que explicar o que estavam fazendo lá o petistas que tumultuavam com atitudes ameaçadoras o corpo a corpo de Serra. Depois alguém precisa explicar a ele qual o conceito jurídico de agressão, ela existe independente do meio pelo qual é perpetrada.
Está provado que o vídeo apresentado e “arrumado” para mostrar o que não aconteceu. A cena da bola de papel, que foi ao ar em reportagem do programa “SBT Brasil”, ocorreu em um momento diferente da caminhada de Serra. Foi depois quando ele estava entrando na van, protegido por seguranças e aliados, o deputado Fernando Gabeira (PV) e o pastor da Assembléia de Deus, Paulo Cesar Ramos, afirmaram terem visto Serra ter sido atingido por um rolo de adesivos.
Lula sabia disso quando, faltando com a verdade disse “A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira. Lula está cometendo todo o tipo de ilegalidades para que a mentira continue no Palácio do Planalto e “continue tendo pernas curtas, mas com a cara amarrada, dentes grade e faltando-lhe um pedaço do cérebro”.

Futuro incerto

Por Plínio Zabeu



Segundo o presidente Lula, o Brasil foi descoberto, ocupado, realizado, e teve iniciada toda sua história no mesmo dia em que ele inventou a roda: Primeiro de Janeiro de 2003. O resto é aquilo que ele não se cansa de repetir: “Nunca antes nesse país…”
Segundo ele a economia chegou ao ponto atual de boa situação apenas e tão somente devido à sua capacidade de administrar já que “nunca antes” existiu outro como ele. Então se coloca no direito de continuar a dirigir o país mesmo usando algo, ou alguém, como uma espécie de disfarce.
Tomou algum susto com o inesperado segundo turno. Mas, de posse de recursos inimagináveis, de prestígio junto a grande parte da população, tudo indica que tal imprevisto será superado no próximo dia 31. A não ser que ocorra uma segunda surpresa. Enquanto isso os marqueteiros trabalham. Tudo de mal dos opositores vai sendo mostrado com ênfase, mesmo que sejam acusações falsas ou tomada de posição – melhor dizendo “retomada” – quanto a assuntos já conhecidos e enfatizados anos antes.
Vai se repetindo o que aconteceu em 2006. Ao ser surpreendido pelo segundo turno buscou auxílio com companheiros, um dos quais lhe sugeriu um absurdo mas que o povo acreditou. Lula disse que, se o concorrente vencesse no segundo turno, imediatamente o Banco do Brasil, A Caixa Econômica Federal e a Petrobrás seriam imediatamente privatizadas. E não é que deu certo? O número de votos do adversário foi bem menor no segundo turno que no primeiro. Claro que algum tempo depois o amigo ficou livre de uma dívida com a Receita, coisa de 80 milhões, segundo noticiário…
Agora o assunto volta à tona. Como combateu ferozmente os saudáveis processos de privatização que tanto favoreceram o país e mais outras providências do governo anterior (Plano Real, Combate à Inflação, Câmbio flutuante, Responsabilidade Fiscal) taxadas de “herança maldita”, volta a focar o mesmo assunto.
Lula nega que antes dele nada acontecia. Não tem idéia de tudo o que foi feito no país na segunda metade do século passado, como os investimentos na indústria no governo JK e mesmo durante o período militar quando os setores de energia e transportes foram melhorados. Não levou em consideração a transição para a democracia – seu partido negou-se a assinar a nova Constituição – e tanta luta para uma nova história do país.
Não tem como negar, mas procura de todo modo esconder a corrupção que dominou todo o seu período. A investigação da mais recente – a podridão na Casa Civil – acaba de ser adiada para não prejudicar o partido no segundo turno. Surpresa apenas para os que votaram no Tiririca. O resto do país já sabia que isso iria acabar como o mensalão e outros mais. Que futuro aguarda o Brasil? Com a resposta o eleitor.

A sociedade precisa reagir.

LEIA MATÉRIA DE Fábio Brisolla - O Globo; Valor Online



Serra é agredido durante enfrentamento entre militantes em ato de campanha no Rio



O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi agredido na tarde de quarta-feira quando fazia uma caminhada pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Militantes do PT confrontaram com bandeiras a comitiva do tucano, gerando muito empurra-empurra. De acordo com o deputado federal Fernando Gabeira (PV), o presidenciável chegou a ser ferido na cabeça.
Segundo o pastor Maurício Teixeira, que estava ao lado de Serra no momento de maior conflito, um militante petista atirou uma bobina de adesivos de papel, que acertou a cabeça do candidato. No meio da confusão, o tucano comentou rapidamente o episódio.
" Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas "

- O PT tem tropa de choque. Não sei o que foi previsto, mas eles fazem isso no piloto automático - disse Serra, que estava visivelmente tenso.

- Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas. Um comportamento muito típico de movimentos fascistas - completou.

O empurra-empurra entre os militantes tucanos e petistas começou na metade final da caminhada, depois que os cabos eleitorais do PT passaram a xingar Serra. No meio da confusão entre as militâncias, o objeto teria sido lançado na cabeça do presidenciável. Comerciantes fecharam as lojas com medo da briga.
Serra chegou a entrar na van de sua campanha após o incidente, mas o veículo parou poucos metros depois, quando o candidato desembarcou para seguir com a caminhada. O tucano passava a mão na cabeça, mas não havia sinal de sangramento. Após caminhar por 100 metros, Serra entrou novamente na van e foi embora.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Editais para obras são assinados

O prefeito em exercício João Cláudio Derosso assinou nesta terça-feira (19) oito editais de licitações para a construção do novo Laboratório Municipal de Curitiba, da Unidade de Saúde Parolin e de seis centrais de raio-x em centros de urgências médicas. O investimento nestas obras é de R$ 15,55 milhões. As obras vão ampliar o atendimento de saúde na cidade. “Com estas obras, o setor de saúde dará um salto, ampliando o número de exames ofertados e garantindo mais qualidade nos serviços médicos”, disse Derosso.
A secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, disse que estes equipamentos vão aprimorar o sistema de exames médicos. “O novo Laboratório Municipal terá capacidade de dobrar o volume de exames, chegando a 500 mil exames por mês”, afirmou.
O Laboratório Municipal terá uma área de 3,9 mil metros quadrados. O novo equipamento substituirá o antigo prédio no Parolin. A nova área poderá comportar equipamentos mais modernos para atender a população. O investimento nesta obra é de R$ 10, 5 milhões.
Outra obra vai melhorar a oferta de exames é a construção de seis centrais de raio-x nos Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUM) Boa Vista, Sítio Cercado, Boa Vista, Cajuru, CIC, Fazendinha e Boqueirão. Estas centrais permitirão o envio de exames de raio-x, que hoje são feitos on line, para a Central de Exames emitir o laudo.
Outra obra importante é a construção da nova Unidade de Saúde do Parolin. A antiga unidade será ampliada e terá 510 metros quadrados. Esta unidade faz mais de 3 mil atendimentos médicos por mês e abrange uma área com mais de 17 mil habitantes. O investimento nesta obra é de R$ 1,2 milhão.

Destino para o lixo

O Consórcio do Lixo recebeu nesta terça-feira (19) a licença ambiental para instalação do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (SIPAR) em Mandirituba. A usina processará o lixo gerado por Curitiba e outros 19 municípios da região integrantes do Consórcio.
A licença foi entregue ao prefeito em exercício João Cláudio Derosso pelo governador Orlando Pessuti na Escola de Governo, no Museu Oscar Niemeyer. O governador também assinou ordens de serviço para ações de desassoreamento e limpeza de rios de Curitiba, região metropolitana e litoral.
“São ações e obras importantes para a sociedade, pois se trata de uma inovação em termos de tratamento de lixo, e de cuidados especiais com o meio ambiente. Na questão do desassoreamento, a obra evitará transtornos ocasionados pelas cheias, beneficiando a população que vive mais próxima aos rios urbanos”, destacou Derosso.
Na reunião, o governador assinou ordens de serviço para desassoreamento e limpeza de rios de Curitiba, região metropolitana e litoral do Estado. O desassoreamento será feito nos rios Palmital e Atuba, que fazem divisa com o município de Colombo. O investimento é de R$ 688 mil. Os trabalhos começarão nesta quinta-feira (20), e devem acabar em dezembro próximo. No pacote de ordens de serviço assinados por Pessuti estão contemplados ainda municípios da região metropolitana e litoral, numa extensão de 180 quilômetros.
Licença ambiental - A licença prévia ambiental que permite o processo de instalação do SIPAR na área do Consócio em Mandirituba foi assinada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Jorge Callado e entregue ao prefeito de Curitiba.
“Trata-se de um projeto inovador em termos sociais e de tecnologia, pautado pelas boas práticas ambientais e que servirá de exemplo para outras capitais e regiões. Com essa usina, o lixo volta para a cadeia produtiva, gerando emprego e renda e diminuindo impactos ambientais”, disse Callado.
A licença prévia é a primeira das três licenças ambientais necessárias para funcionamento do empreendimento. As próximas são as licenças de instalação e de operação. Para isso, o Consórcio agora aguarda uma última decisão judicial do consórcio de empresas Paraná Ambiental, segundo colocado na disputa, que questiona o vencedor da licitação, o Consórcio Recipar.

Jornalista da campanha petista pagou pela quebra de sigilo de tucanos

Investigação da Polícia Federal fez conexão entre a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato José Serra (PSDB) e o dossiê preparado pelo chamado “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). A PF já descobriu quem encomendou as informações: o jornalista Amaury Ribeiro Jr., ligado ao grupo de inteligência .Também identificou o homem que intermediou a compra dos dados obtidos ilegalmente em agências da Receita em São Paulo: é o despachante Dirceu Rodrigues Garcia.O elo foi estabelecido a partir do levantamento de ligações entre o despachante e o jornalista revelado pelo cruzamento de extratos telefônicos obtidos pela PF com autorização judicial.Em depoimento à polícia neste mês, Garcia confirmou que Amaury pagou pelos dados da filha e do genro de Serra, Verônica e Alexandre Bourgeois, do dirigente tucano Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB. O despachante disse ter recebido R$ 12 mil pelo trabalho.O “grupo de inteligência” era responsável pelo levantamento de informações e confecção de dossiês que pudessem ser usados na campanha contra os adversários

TSE entende que campanha da Dilma mentiu na TV

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu ao candidato do PSDB, José Serra, direito de resposta no programa da petista Dilma Rousseff no rádio e na TV. A maioria dos ministros do tribunal considerou procedente o argumento da coligação de Serra de que a campanha petista mentiu, na propaganda eleitoral do último dia 12, ao dizer que Serra participou da privatização de 31 empresas quando governou o Estado de São Paulo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Estatais custearam revista ligada a sindicatos e campanha de Dilma

Proibida de circular pela Justiça Eleitoral pelo conteúdo favorável à campanha de Dilma Rousseff (PT), a edição deste mês da “Revista do Brasil”, vinculada à CUT, teve anúncios pagos por Petrobras e Banco do Brasil. A estatal e o banco confirmam que são anunciantes da revista, mas se recusaram a informar o valor repassado.Ontem, o TSE determinou a interrupção da circulação da revista, cuja tiragem é de 360 mil exemplares mensais.O responsável pela publicação, Paulo Salvador, disse, porém, que todas as revistas já foram distribuídas. Para o TSE, a publicação faz defesa aberta da candidatura de Dilma. Pela Lei Eleitoral, sindicatos não podem contribuir direta ou indiretamente com campanhas políticas. Os diretores da revista são dirigentes da CUT e filiados ao PT e os responsáveis pela produção são do Sindicato dos Metalúrgicos e do Sindicato dos Bancários.

Projeto “revolucionário” ainda não decolou

Apresentado por Dilma Rousseff (PT) no debate como uma revolução nos modos de patrulhar fronteiras, o único Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) existente no país está parado num galpão no aeródromo em São Miguel do Iguaçu (PR).O aparelho não voa há pelo menos dois meses, segundo os policiais ouvidos pela Folha de S.Paulo. Os equipamentos ópticos usados para captar imagens estão desmontados.A aeronave em teste não pertence ao governo brasileiro, mas a uma empresa israelense. O primeiro equipamento comprado só deve chegar no ano que vem.Em dezembro, o Ministério da Justiça gastou R$ 655 milhões no projeto, que inclui a compra de 12 aeronaves. Cerca de 20 agentes brasileiros foram treinados por técnicos israelenses, mas nenhum brasileiro foi autorizado a colocar no ar o avião.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Privatizações, porque o PT tem medo.

A Vale foi privatizada há dez anos. Antes disso o governo tinha que cobrir os prejuizos todos os anos. A ineficiencia tomava conta. Após a privatização, a Vale comprou 16 empresas no Brasil e no exterior. Fez parcerias com a China. Prospectou negócios  na África. Em 2006, comprou a canadense Inco por US$ 13 bilhões (maior negócio já feito por uma empresa latino-americana).Além disso, explora outros metais e até energia elétrica.O número de empregados multiplicou-se por cinco: são 56 mil funcionários e 620 mil empregos indiretos.   Atualmente o Estado arrecada R$ 4 BILHÕES EM IMPOSTOS com a Vale. O seu valor de mercado é dez vezes maior que antes da privatização, US$ 115 bilhões. Dilma Rousseff recita de meia em meia hora que o processo de privatização da telefonia foi mais que um erro: foi um crime contra a nação, tramado por traidores da pátria a serviço de Fernando Henrique Cardoso. Se em 1998 fosse ela a presidente, proclama a candidata do PT, o setor estaria até hoje sob o controle do Estado. Pode-se deduzir, portanto, que caso chegue à chefia do governo tentará desfazer o que foi feito. Dilma sonha com a telefonia estatizada. É preciso lembrar, sobretudo aos jovens que já nascem com um celular na mão e um telefone fixo ao lado do berço — como era o Brasil da Telebrás, da Telesp, da Telerj e de outras teles  eternizadas na memória de quem conviveu com o custo de uma linha telefônia, que era artigo de luxo no Brasil. Chegava a custar quase o valor de um carro. Nas áreas urbanas especialmente congestionadas, um aparelho custava mais de 3.000 dólares.oje a instalação ocorre em poucas horas, quase de graça e com tarifas menores que antes.A existência de linhas adicionais encarecia o preço de qualquer apartamento. A posse de aparelhos telefônicos era declarada no imposto de renda. Quem não tinha dinheiro para enfrentar o mercado anabolizado pelo excesso de demanda devia conformar-se com dois ou três anos de espera na fila dos “planos de expansão”. Se ressuscitasse por aqui em julho de 1998, quando foram privatizados os paquidermes estatais, Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, imaginaria que o século 19 não chegara ao fim. Havia 16,6 milhões de aparelhos fixos. Hoje passam de 50 milhões. Celular era coisa de americano ou extravagância de bilionário. Hoje todo brasileiro tem um. Graças à concorrência, os preços dos aparelhos e das ligações estão permanentemente em queda. A privatização da telefonia tornou o Brasil extraordinariamente mais moderno.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A caso Erenice continua amassando pizza.

Aberto há um mês, o inquérito da Polícia Federal que apura o tráfico de influência na Casa Civil caminha a passos de tartaruga aleijada.
Responsável pela “investigação”, o delegado federal Roberval Vicalvi solicitou nesta quarta (13) uma prorrogação de prazo.
Alega que, apenas com os depoimentos recolhidos até aqui, não foi possível chegar a nenhuma conclusão.
Entre os ouvidos estão os filhos de Erenice Guerra, a ex-braço direito a quem Dilma Rousseff legou a poltrona de chefe da Casa Civil.
Inquiridos sobre o tráfico de influência iniciado sob Dilma e pilhado sob Erenice, os rebentos da ex-ministra preferiram o silêncio.
Selaram os lábios para evitar a formação de marolas eleitorais.
Demitida, Erenice perdeu o privilégio de foro. Pode ser intimada pelo delegado sem a necessidade de autorização do STF. Porém…
Porém, não houve, por ora, interesse em ouvi-la. Tampouco há notícia de pedidos de busca e apreensão de documentos e computadores.
Ainda não foram ao noticiário, neste caso, as cenas espetaculares de agentes vasculhando armários e gavetas de casas e repartições públicas.
Em suas últimas declarações, Dilma Rousseff informou que, eleita, cuidará para que o ‘Erenicegate’ seja levado às últimas conseqüências.
O diabo é que, tomada pelo prefácio, a pantomima da Casa Civil parece caminhar para um epílogo conhecido.
Vem à memória da bugrada, instantaneamente, o desfecho da alopragem de 2006.
Até hoje não se sabe de onde veio o R$ 1,7 milhão que recheava a mala apreendida com os aloprados do dossiê num hotel de São Paulo.

Petistas pedem a cabeça de arcebispo que ataca legalização do aborto

Estava demorando! por Reinalldo Azevedo



Um grupo de petistas que se dizem católicos — composto de sindicalistas, professores, diáconos e pessoas ligadas às tais pastorais sociais — redigiu um documento pedindo a cabeça do dom Aldo Pagotto, arcebispo da Paraíba. O documento foi enviado ao Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri; ao presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha; ao presidente do Regional Nordeste II da CNBB, Dom Antônio Muniz Fernandes, e a membros da Arquidiocese da Paraíba.
O documento acusa o religioso, entre outras delicadezas, de “relacionamento sistematicamente desrespeitoso e preconceituoso em relação aos pobres e à maioria das pastorais sociais”. Na carta, lê-se ainda: “Seu mais recente ato de desrespeito e de preconceito contra os pobres e suas legítimas demandas se deu por meio da imprensa local (…). Desta feita, numa atitude de afronta a um pleito legítimo e justo como é o plebiscito pelo limite do tamanho da propriedade da terra (…)”

À medida que eles vão falando mal de dom Pagotto, mais vou simpatizando com ele. Eis que a Paraíba parece ter um arcebispo preocupado com os valores… cristãos! É claro que tudo isso é pretexto. O ódio contra dom Pagotto se deve principalmente ao vídeo, que republico abaixo, em que ele acusa o PT, que defende a descriminação do aborto, de tentar implantar a “cultura de morte” no Brasil.
Isso faria do arcebispo, para essa gente, um homem autoritário. Eles, como são uns verdadeiros democratas, pedem, então, que a Igreja lhe corte a cabeça! Essa, enfim, é a democracia deles

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Lucia Hipólito e a campanha presidencial

O texto que segue é da Lucia Hipólito em seu blog a política trocada em miúdos

As eleições de 2010 seriam dificílimas, quem quer que fosse o candidato da oposição. Uma conjunção de fatores “nunca antes” reunidos na História do país desequilibrava a balança, desde o primeiro momento, para a candidatura do governo.
Esses fatores são: democracia, moeda estável, controle da inflação, crescimento econômico e Lei de Responsabilidade Fiscal.
Já tivemos democracia com hiperinflação e moeda fraca, democracia com estagnação e ausência de controle sobre gastos de governadores e prefeitos.
Já tivemos ditadura com crescimento, ditadura com hiperinflação e com estagnação.
Mas nunca esses fatores se juntaram num mesmo período. Como agora.
Assim, o ambiente sempre esteve favorável a uma candidatura governista.
Mas em 2010 acrescentamos ainda dois outros trunfos importantissimos para o governo:
1. o mais formidável cabo eleitoral de que se tem notícia. Um presidente em fim de (segundo!) mandato, navegando em 80% de popularidade, dono de inegável carisma a contato direto com as massas. Um presidente que não teve o menor escrúpulo em afrontar as leis do país, de debochar da opinião pública (“Nós somos a opinião pública”, bradou ele em cima de um palanque), de usar despudoradamente a máquina do governo, de se aliar ao coronelismo mais deletério, mais perverso e obsoleto. Tudo para eleger sua candidata. E em primeiro turno.
2. uma máquina de fazer votos, que é o Bolsa-Família.

Pronto. Foi só contratar um marqueteiro muito competente e deixar que a campanha caminhasse, sem expor muito a candidata, que é cintura dura.
A campanha do governo foi extremamente bem feita, tanto no rádio quanto na TV. O slogan Para o Brasil seguir mudando é muito inteligente, porque se apropria da ideia da continuidade e da ideia de mudança, deixando pouco espaço para a oposição se apresentar como alternativa.
Não fossem os escândalos de corrupção na Casa Civil, envolvendo o braço direito de Dilma Rousseff.
Não fosse o presidente Lula perder as estribeiras e vociferar contra tudo e contra todos, criando atritos desnecessários com a imprensa, com a classe média e querendo “extirpar” da vida pública um partido político legalmente constituído.
Não fosse a prepotência e a arrogância de José Dirceu na Bahia, avisando que vai voltar poderoso e que o PT vai mandar no governo Dilma, talvez a eleição tivesse terminado no primeiro turno.
Isso porque o tempo todo a oposição contribuiu fortemente para que quase não houvesse campanha.
Oposição incompetente. Vamos combinar que temos uma das oposições mais incompetentes da história da República.
Derrotados em 2002, os tucanos ficaram acuados, envergonhados das conquistas dos oito anos de mandato de Fernando Henrique, vestiram a carapuça de “vendedores do patrimônio do povo brasileiro”, não souberam honrar o legado que receberam, não souberam popularizar as conquistas do Plano Real, do telefone celular, da Bolsa-Escola.
Durante o escândalo do mensalão, não quiseram sujar os punhos de renda e esperaram que a imprensa fizesse o trabalho que era da oposição. Estavam certos de que a presidência da República lhes cairia no colo por gravidade.
Mas, ao contrário do que pensam certos áulicos do lulismo, a imprensa não é um partido político, e seu papel não é substituir a oposição.
Nem com a derrota de 2006 aprenderam a fazer oposição. Resultado, chegaram a 2010 como sempre: divididos, erráticos, sem projeto e sem proposta.
A campanha tucana é ruim, o slogan O Brasil pode mais precisa vir acompanhado de explicação.
A escolha do vice foi uma história de horrores, para terminar na solução mais inadequada que se pode imaginar. O vice escolhido não agregou um único voto.
Campanha paroquial. Serra e Dilma fizeram, no primeiro turno, uma campanha para prefeito. Era mutirão de catarata para cá, construção de casas populares para lá. Nada que um bom prefeito não possa propor.
Projeto para o país? Nenhum. Política de ciência e tecnologia articulada com universidades e empresas? Nada. Política industrial? Coisa nenhuma. Política externa? Ninguém sabe, ninguém viu.
Numa perversa manipulação da desinformação de boa parte do eleitorado, as duas campanhas alegam que “o povão não está interessado nessas coisas”. Maldade. Perversidade. Exploração da ignorância alheia.
A decepção dos petistas por não terem liquidado a fatura no primeiro turno estava estampada nos rostos de Dilma e Michel Temer no próprio domingo. Pareciam nocauteados. “Onde foi que erramos?”, pareciam se perguntar.
Agora é corrigir os erros e partir para o segundo turno. As duas campanhas vão se esmerar para conseguir os votos de Marina Silva, um considerável patrimônio de 20% do eleitorado.

Vamos acompanhar. E cobrar compromissos dos dois candidatos. Chega de demagogia barata.

ONDE ESTÁ WALLY?

Por Heródoto Barbeiro



Há uma procura intensa dos eleitores que votaram nas celebridades, modelos, artistas, jogadores de futebol, palhaços e outros representantes da realidade brasileira. Até agora não encontrei ninguém que assumisse publicamente o voto em qualquer desses candidatos regularmente registrados na Justiça Eleitoral e que exerceram o seu direito de concorrer a um cargo eletivo como qualquer cidadão brasileiro. Como ninguém se apresenta, parece uma daquelas traquinagem de sala de aula que alguém apronta alguma, o professor chega e ninguém se acusa. O voto é secreto, é um direito do cidadão não abrir, portanto se ele não assumir publicamente ninguém vai saber de onde vieram tantos votos para personagens que deixaram o horário eleitoral obrigatório da tevê mais alegre, polêmico, cômico e sensual.

É um engano criticar essas pessoas que exerceram um direito. Votou que queria votar, alguns até achando que estavam fazendo um gesto de protesto ao levar Tétrica para Brasília. Pelo menos ele é um profissional no local adequado, comentaram alguns com aquele sorriso amarelo dos que não têm nada a dizer. Sua Excelência o deputado Tiririca, deve ser dessa forma que ele vai ser chamado, com todo o respeito, uma vez que pouquíssimas pessoas sabem o seu verdadeiro nome. O palhaço-cavalo-de-Tróia cumpriu bem o seu papel arrastando votos para a legenda que o acolheu e provavelmente bancou a sua campanha eleitoral. Um fenômeno amplamente noticiado em todo mundo, ainda que a mídia internacional teve dificuldades de explicar quem era o clown e como traduzir o nome dele uma vez que a erva daninha tiririca não dá em qualquer lugar, só naqueles abençoados por Deus e bonitos por natureza, mas que beleza….

Os responsáveis pela eleição dos deputados federais e dos senadores é da sociedade brasileira. Ela deve ser cobrada pela falta de cidadania e desinteresse pelas coisas da política. Não é mais possível aceitar o argumento que as coisas não mudam e que são sempre os mesmos que ocupam as cadeiras no Congresso. A eleição é uma oportunidade a cada quatro anos para uma limpeza, uma renovação, uma troca dos malandros de toda espécie por cidadãos comprometidos com o interesse público e o bem estar de todos. Gente honesta, eleição e voto secreto existem. Então o que falta para mudar? Todos nós sabemos. Falta iniciativa, trabalho voluntário, envolvimento em ações de educação quer promovam o desenvolvimento do espírito crítico e postura política. Não se trata de cobrar do Estado só porque pagamos impostos. Ele é impotente, dominado pela letargia e conluio com os donos do poder. Resta o esforço, ainda que mínimo de todos nós, para educar apenas as pessoas que nos cercam, para que adquiram consciência cidadã. Ninguém conta que votou no palhaço, não assumimos isso e também não assumimos que não fazermos nada para que essas pessoas melhorem e não sejam usadas pelos malandros candidatos na próxima eleição de vereadores e prefeitos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Paraná lidera ranking de prostituição infantil

Bahia e Paraná são os Estados em que há mais pontos onde a vulnerabilidade à exploração sexual de crianças e adolescentes é crítica nas rodovias federais brasileiras, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da ONG Childhood Brasil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A pesquisa mostra que o País tem 1.820 locais em seus 66 mil quilômetros de rodovias federais onde há risco de crianças estarem sendo exploradas. Esses pontos foram classificados em quatro graus: crítico (924 do total), alto (478), médio (316) e baixo (102).
Em algumas estradas, crianças recebem R$ 1,99 para fazer sexo com motoristas de caminhão. “A exploração sexual nas rodovias federais não é tão articulada. É uma rede menor, em que taxistas, frentistas e pequenos comerciantes oferecem os menores para usuários da rodovia. Já tivemos casos em que os valores pagos foram ínfimos”, afirma o chefe de Comunicação Social da PRF, Alexandre Castilho.
A Bahia concentra 12,7% dos pontos críticos, com 117 pontos, seguida do Paraná, que tem 12,2%, ou seja, 113 locais. Os cinco primeiros Estados, que também incluem Rio Grande do Sul (75), Minas Gerais (66) e São Paulo (51), detêm as maiores malhas viárias federais do Brasil.
Entre 2005 e 2009, a PRF prendeu 951 pessoas em flagrante por exploração sexual infantil e encaminhou aos conselhos tutelares mais de 2 mil crianças e adolescentes encontrados em situação de risco ao longo das rodovias.
O levantamento foi feito em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização não governamental Childhood Brasil.

Deputado que saiu do PT critica mudança do discurso de Dilma

Punido pelo PT há um ano por condenar a legalização do aborto, o que o levou a mudar de partido, o deputado federal Luiz Bassuma (PV-BA) fez críticas à atual postura da candidata petista, Dilma Rousseff, ressaltando que a ex-ministra sempre foi favorável à descriminalização dessa prática: “O PT fechou questão a favor da legalização do aborto, e Dilma sempre defendeu essa tese. Se o Congresso aprovar essa lei, Dilma vai dar o seu aval. Agora, o que acho estranho é mudar de posição por interesse eleitoral. O que Dilma fala agora contraria toda a sua vida. E ninguém muda de opinião do dia para a noite por uma questão filosófica. Então vale mentir? Ela tem que falar a verdade. Por isso, o meu voto é de Serra”,disse.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Marina: pesquisas podem ter prejudicado ida ao 2º turno

Da Agência Estado

Senadora afirma que ‘muita gente se referenciava nas pesquisas’ e lamenta que institutos não conseguiram captar a ‘onda verde’.

A senadora Marina Silva (PV-AC) admitiu hoje, em entrevista à Rádio Jovem Pan AM e FM, que os institutos de pesquisa podem ter prejudicado a possível ida dela ao segundo turno. Em mais de uma hora de programa, Marina afirmou que as urnas “teriam, talvez, revelado muito mais se as pesquisas alcançassem o que estava nas ruas”. “Muita gente se referenciava nas pesquisas”, lamentou.
Ela revelou que tem recebido mensagens de arrependimento de eleitores que se pautaram em levantamentos e fizeram o “voto útil”. “Uma eleição não pode se basear nas pesquisas”, criticou. Para Marina, a segunda etapa é uma nova chance não só para os candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mas também para os institutos que não conseguiram captar a força da “onda verde”.
Ao agradecer os 20 milhões de votos, a senadora do PV do Acre avaliou que o resultado da primeira disputa mostrou que os eleitores querem compromissos do próximo presidente, a começar pela questão ambiental, e que estão cansados da repetição da “mesma política”. Na opinião de Marina, o eleitorado do partido apresentou-se diversificado. “Foram pessoas que se mobilizaram por uma nova visão de política”, definiu.

Programa de Dilma descumpre metas

Do blog do Josias de Souza

Dilma Rousseff adora citar uma frase que atribui ao empresário Jorge Gerdau Johannpeter:

“Meta boa de atingir é aquela que está um pouco à frente do que conseguimos e, por isso, é preciso se esforçar mais”.
Em 2003, no alvorecer do governo Lula, Dilma assumiu, no ministério das Minas e Energia, uma “meta boa”.
Deu-se no lançamento do programa Luz Para Todos, versão companheira do Luz no Campo, de FHC.
Dilma comprometeu-se a “universalizar” a eletrificação das comunidades rurais. Em 2015, não haveria mais breu no campo.
Pouco depois, o governo encurtou o prazo para a felicidade. A generalização da luz viria até 2008. Deu chabu. Descumprida, a meta foi esticada para 2010.Nesta quarta (6), foi ao ‘Diário Oficial’ um decreto que informa: a meta da luz universal fez água de novo.
Espichou-se novamente o prazo: 31 de dezembro de 2011. Diz-se que é preciso finalizar “ligações” contratadas até outubro de 2010.
A despeito do vaivém da iniciativa que a ministra Dilma “lançou” (Minas e Energia) e “coordenou” (Casa Civil), a candidata Dilma trombeteia o Luz Para Todos.
O programa é parte do kit de campanha que a pupila de Lula transpôs do governo para a propaganda eleitoral.
Aparentemente, Dilma tomou de maneira enviesada a máxima de Gerdau. Vá lá que a “meta boa” seja fixada “um pouco à frente”. Mas um dia ela precisa ser cumprida.

Governador eleito do Paraná prometeu se empenhar pessoalmente na campanha do candidato tucano a presidência

Gladson Angeli e André Gonçalvez, correspondente em Brasília, com informações do G1/Globo.com

O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), participa nesta quarta-feira (6) em Brasília de uma reunião de lideranças para definir as estratégias da campanha de José Serra no segundo turno da eleição presidencial.
Beto discursou durante o encontro e afirmou que vai mobilizar forças no estado em favor do tucano. “Minha vitória só será completa com a sua vitória”, disse o governador eleito para Serra.
O encontro reuniu, ainda, governadores, senadores e demais parlamentares eleitos e reeleitos no último domingo (3). Beto Richa prometeu se engajar pessoalmente na campanha, percorrendo o estado, pedindo votos para Serra.
Ele também afirmou que vai mobilizar os prefeitos da base aliada para continuar a campanha em favor do candidato tucano.
 Beto Richa (PSDB), defendeu mais emoção no segundo turno das eleições. “Agora, é o confronto direto, é uma outra etapa e é preciso colocar mais emoção. A minha eleição está incompleta e só estará completa com a eleição de Serra”, disse Beto, nesta quarta-feira (6), em Brasília, durante reunião dos aliados da coligação de José Serra (PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B), na convocação Todos com Serra, Todos pelo Brasil.
“Tenho certeza que agora é a hora da virada. Passou a onda vermelha e agora vem a onda verde e amarela. É a onda do patriotismo, a onda daqueles que querem o bem do Brasil, que querem entregar o Brasil em mãos seguras, limpas, competentes e capazes do nosso companheiro José Serra”, disse o governador eleito do Paraná.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Derrotado, Jarbas chama Lula de ‘chefe de uma facção’ liderada por Dilma

Da Folha.com

Derrotado na disputa pelo governo de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) classificou nesta terça-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “chefe de uma facção” liderada pela candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
Jarbas, que obteve somente 14,05% dos votos, contra 82,83% recebidos por Eduardo Campos (PSB), disse na tribuna do Senado que somente Lula considera que Dilma “tem qualificação para ocupar o cargo de presidente da República”.
“No Brasil, existem muitas facções, muitas deletérias, e isso talvez tenha mexido com a cabeça dele por ver pessoas comandando com entusiasmo uma facção e, em vez de se conduzir como presidente da República, se meteu no horário eleitoral, falava a toda hora e a todo o instante não mais como presidente.”
Ao lembrar que Lula tem 90% de popularidade em Pernambuco, Jarbas disse que o atual momento “vai passar” para que a oposição resgate seu espaço. “É um momento menor, é um momento de incompreensão, de injustiças, mas é o povo, e temos que respeitar aquilo que o povo quer, aquilo que o povo consagra.”

MARCO MACIEL

Além de Jarbas, o senador Marco Maciel (DEM-PE) reassumiu os trabalhos no Senado depois de sair derrotado nas urnas na disputa à reeleição em Pernambuco. Depois de 40 anos na vida pública, Maciel recebeu homenagens de colegas que se revezaram em discursos na tribuna do Senado para lembrar passagens de sua história política.
O senador disse que, apesar da derrota, vai manter a postura de combate às “violações” dos direitos do povo pernambucano. “Decidiram os eleitores não renovar o mandato que pleiteei. Isso não significa que deixarei de lutar por seus direitos, propugnar por sua ampliação e combater eventuais violações.”
Reeleito para mais um mandato no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que Maciel representa a “antítese” do que os governistas se transformaram no país. “Muitos gostariam de ver Vossa Excelência pelas costas porque Vossa Excelência representa a antítese do que eles são. É um homem probo, um homem honrado, um homem decente, ao contrário do que disseram no seu Estado.”
Aliado do governo federal, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que apoiou os candidatos do governo no Estado por “lealdade” ao partido –o que não impediu o petista de gravar depoimento em solidariedade a Maciel divulgado durante a campanha em Pernambuco.
“Isso não implicava retirar as palavras daquilo que tem sido a nossa convivência aqui, com o objetivo maior de servir ao povo brasileiro e ao aperfeiçoamento de nossas instituições.

Nomes para a transição de Beto Richa

Do portal da rádio Banda B, em reportagem de Denise Mello e Jadson André:



Beto Richa anuncia a equipe de transição de governo

Todos os membros passaram pela Prefeitura de Curitiba. Primeira reunião será quinta-feira.

O governador eleito Beto Richa (PSDB) já definiu os cinco nomes que vão compor sua equipe de transição. Todos os escolhidos trabalharam ou trabalham ainda na Prefeitura de Curitiba. Uma primeira reunião está marcada para esta quinta-feira (7), e até lá será aguardado outros cinco nomes das pessoas que devem formar a equipe de Orlando Pessuti (PMDB) para a trânsição do governo.
Entre os nomes escolhidos por Beto, está o de Carlos Homero Giacomini, ex-presidente do Instituto Municipal de Administração Pública da Prefeitura de Curitiba; Ivan Bonilha, ex-procurador geral do município; Norberto Ortigara, ex-secretário do abastecimento da capital; Luis Eduardo Sebastiani, secretário de finanças de Curitiba que deve pedir licença do cargo e Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto na prefeitura.
Além destes nomes, nenhum outro cargo par ao próximo governo foi confirmado pela assessoria do novo governador. Apenas o vice-governador Flávio Arns está com a posição definida. Ele deve assumir a pasta da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, o anúncio foi feito por Beto durante a campanha.

Dados de tucano foram irregularmente acessados por petista, diz Receita

A corregedoria da Receita Federal concluiu que os acessos aos dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, realizados por um petista na cidade de Formiga (MG) foram deliberadamente irregulares.
Ou seja, Gilberto Souza Amarante, filiado ao PT pelo menos até novembro do ano passado, usou os sistemas da Receita para vasculhar a vida fiscal do dirigente do tucano sem motivação profissional. “[Os acessos] para os fins que não os de interesse do serviço caracterizam infração funcional”, informa relatório da corregedoria datado do dia 30 do mês passado, ao qual a Folha teve acesso.
“Disso se concluí que Gilberto Souza Amarante realizou pesquisa direcionado ao CPF ou ao nome de Eduardo Jorge Caldas Pereira.”
De acordo com as investigações, o servidor acessou por duas vezes os dados de EJ de forma imotivada na agência de Formiga.
Amarante acessou primeiro os dados de outro contribuinte chamado Eduardo Jorge por apenas alguns segundos. Logo depois, acessou os de EJ por um período bem maior.
A consulta realizada aos dados do tucano ocorreram no banco de dados chamado “levantamento cadastral amplo”. Nesse modo, não há somente informações como endereço e CPF, mas também dados das empresas nas quais o contribuinte tem participação.
Conforme a Folha revelou em junho, cinco declarações de renda integrais de EJ circularam nas mãos de pessoas ligadas ao chamado “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). Além do vice-presidente do PSDB, outras pessoas próximas ao candidato tucano José Serra, incluindo sua filha, Verônica, tiveram seus sigilos fiscais violados numa agência do fisco em Mauá (SP).

A Igreja e a mentira de Dilma

Alheio aos desmentidos de Dilma Rousseff, o bispo Luiz Gonzaga Bergonzini, responsável pela Diocese de Guarulhos (SP), mantém na internet um vídeo que associa o PT e sua candidata ao aborto.
A gravação foi levada ao ar, no Youtube, duas semanas antes do primeiro turno da eleição, em 17 de setembro.
O link que conduz à peça foi acomodado na página da Diocese de Guarulhos (SP), sob o título “Vida, Aborto e Eleições 2010″. Continua lá, a despeito do esforço de Dilma para se dissociar do aborto.
“É muito importante nós conhecermos os candidatos, os seus pensamentos, as suas convicções religiosas e humanas”, diz o bispo Bergonzini no vídeo.
“Estamos atravessando em nossos dias um problema muito sério, que é o problema da liberação do aborto, um atentado contra a vida de inocentes”.
Sem mencionar o nome de Dilma, o bispo acrescenta: “Infelizmente, nós temos candidatos que apoiam a liberação total do aborto…”
“…Eu não vou dizer nomes, porque vocês sabem muito bem a quem eu estou me referindo”.
Bergonzini apela aos valores religiosos do rebanho: “Se nós realmente somos cristãos, católicos, se nós seguimos Jesus Cristo…”
“…Não podemos votar nesses candidatos. Ao contrário, devemos até alertar pessoas de nossas relações para que não cometam esse erro”.
Noutro trecho, o Bergonzini aproxima sua pregação de Dilma: “Vou citar aqui um partido, porque ele mesmo legisla sobre esse assunto…”
“…Obriga a todos aqueles que se filiam a esse partido, que é o Partido dos Trabalhadores, o PT, a se comprometerem a seguir religiosamente as normas, [...] as conclusões de congressos que eles realizam…”
“…Entre essas conclusões está a abrigação das pessoas que são filiadas de obedercer todas essas normas. E entre essas normas está a liberação do aborto…”
“…Votando nessas pessoas nós estamos também apoiando a liberação do aborto”.
O PT atribui a realização do segundo turno, em parte, à pregação religiosa que associa Dilma à defesa do aborto. Nascida na internet, ganhou os templos.
Às vésperas do primeiro turno, Dilma reuniu-se em Brasília com duas dezenas de pastores e padres. Negou que seja a favor do aborto.
Trata-se de uma mudança de posição. Antes de virar presidenciável, Dilma defendia a legalização do aborto. Bergonzini parece descrer da conversão. Manteve o vídeo anti-Dilma na internet.
Permanece na página eletrônica da Diocese de Guarulhos também um texto que o bispo Bergonzini veiculara no final de julho.
Anota: “Na atual conjuntura política, o PT, através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos [...] se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência”.
Nesta segunda (4), em nova entrevista, Dilma considerou-se alvo de uma “campanha perversa”. Difundem “inverdades sobre o que eu penso”, disse.
O comando da campanha petista decidiu priorizar no segundo turno a “desmontagem” do que chama de “onda de boatos”.
Para desassossego do QG de Dilma, a CNBB pendurou na sua página eletrônica um texto sobre a “Semana Nacional da Vida 2010”. Começou na sexta (1º) e vai até esta quinta (7).
Na sexta (8), a CNBB vai celebrar o “Dia do Nascituro”. O comunicado traz comentários do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB.
Chama-se Dom Orlando Brandes. É arcebispo de Londrina (PR). Declarou: “A vida humana começa na fecundação, na concepção, no encontro do óvulo com o espermatozóide…”
“…O prodígio da vida é admirável, causa assombro, gratidão e reverência. Uma vez concebido, o ser humano tem direito à vida, aos cuidados de todos. Este ser humano tem o direito de nascer”.

Hoje STM decide se revela os esqueletos do armário da Dilma.

Da Folha de São Paulo:

O plenário do STM (Superior Tribunal Militar) julga hoje mandado de segurança protocolado pela Folha para que o jornal tenha acesso aos autos do processo que levou Dilma Rousseff (PT) à prisão durante a ditadura (1964-85). Os ministros do tribunal militar vão analisar o pedido após negativa, feita na semana passada, pelo ministro Marcos Torres, relator do caso. Em sua decisão, Torres alegou que não poderia tomar a decisão antes do STM. Disse ainda que o jornal poderia ter solicitado acesso ao processo anteriormente, e não às vésperas da eleição. No recurso jurídico, a Folha justificou a necessidade do acesso agora para que os leitores tivessem conhecimento do passado de Dilma. No dia 17 de agosto, a Folha revelou que o processo sobre a petista estava trancado em um cofre da presidência do STM. O material foi retirado dos arquivos e mantido em sigilo por decisão do presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares. Marques Soares alegou querer evitar o uso político do material e também que o processo encontra-se em “estado de fragilidade, de difícil manuseio”. O mandado de segurança foi protocolado depois que Marques Soares negou acesso ao processo requerido pelo jornal. Taís Gasparian, advogada do jornal, fará sustentação oral, na sessão, pela liberação do processo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E a festa preparada pelo PT…

A festa preparada com antecedência pela direção do PT — para a comemoração de uma eventual vitória da candidata à Presidência Dilma Rousseff ainda no primeiro turno — terminou num retumbante fracasso .Pelos cálculos da Polícia Militar, cerca de 300 pessoas compareceram à área externa do Ginásio Nilson Nelson, onde participaram do ato, um número bem abaixo dos 50 mil militantes esperados pelos organizadores do evento. A grande festa da vitória se resumiu a um minicomício do candidato petista ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do candidato a vice, Tadeu Filipelli (PMDB), e dos senadores eleitos Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB).
Afinal aconteceu o inesperado para o presidente Lula. 2º turno na cabeça do partidão. Mesmo com todo o dinheiro investido na Dilma.Tenho pena dos empresários que serão novamente coagidos a investir na campanha do PT para presidente.

sábado, 2 de outubro de 2010

Lula e Dilma absolvem mensaleiro João Paulo, que é réu no Supremo

Réu no Supremo Tribunal Federal por ter participado do Mensalão — e acusado pelo procurador-geral da República, entre outros crimes, de “formação de quadrilha” --, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) está distribuindo pela internet um vídeo em que o presidente Lula e a presidenciável Dilma Rousseff o elogiam, ignorando, como se o absolvessem, as gravíssimas acusações a que responde perante o mais alto tribunal da República.

“Tem um companheiro que toda vez que [sic] a gente puder ajudá-lo, a gente tem que ajudar, que é o companheiro João Paulo Cunha, por tudo que ele sofreu nesse período” diz no vídeo, em comício pró-Dilma em Osasco (SP), o presidente Lula.
‘UM EXTRAORDINÁRIO COMPANHEIRO” — “Por tudo o que ele sofreu” presume-se que seja enfrentar a CPI do Mensalão e, depois, o processo movido pelo procurador-geral da República e aceito pelo Supremo.
No final do comício, ao microfone e às câmeras da equipe de campanha do deputado, Lula pede, explicitamente: “O João Paulo precisa ser eleito e deve ser eleito com uma grande votação porque o João Paulo é um extraordinário companheiro, um extraordinário deputado. Portanto, vote em João Paulo para deputado federal”.

Ao mesmo microfone, Dilma profere seu voto de absolvição no mensaleiro: “João Paulo, toda a sorte do mundo para ti, você merece. Você é um guerreiro. Sorte, e tenho certeza de que você será um grande deputado”.

Excesso de José Dirceu

“No fim, Dirceu voltou a tratar da imprensa. Ele antecipou que pretende dizer o seguinte, quando Dilma estiver eleita: ‘Ó, não adiantou nada. Estamos aqui mais quatro anos’. Dirceu está certo. Ó, não adiantou nada”.
O problema do Brasil é o excesso de liberdade da imprensa. Quem disse isso, em outras palavras, durante um encontro com sindicalistas baianos, foi José Dirceu. Eu digo o contrário. Eu digo que o problema do Brasil é o excesso de liberdade de José Dirceu.
Duas semanas atrás, em sua página no Twitter, Indio da Costa publicou uma fotografia que resume perfeitamente o excesso de liberdade de José Dirceu. Ele está no Rio de Janeiro, na pista do Aeroporto Santos Dumont, embarcando num jato particular, um Citation 10 com o prefixo PT-XIB. O excesso de liberdade da imprensa permite indagar quem sustenta o excesso de liberdade de José Dirceu.
O plano de José Dirceu para eliminar o problema do excesso de liberdade da imprensa tem duas partes. A primeira parte é a montagem de um sistema estatal que controle a atividade das empresas jornalísticas e que puna qualquer tentativa de fazer aquilo que ele chamou de “abuso do poder de informar”. Isso mesmo: Conselho Federal de Jornalismo. Isso mesmo: Ancinav. Isso mesmo: Confecom.
A segunda parte do plano de José Dirceu é aliar-se a empresários do setor da imprensa exatamente como o PT se aliou a José Sarney e a Renan Calheiros no Congresso Nacional. “O momento histórico que estamos vivendo”, segundo José Dirceu, é ruim para o “movimento socialista internacional”. Por isso, em vez de tentar fazer seu próprio jornal, o PT deve continuar negociando com alguns grandes grupos. Na prática, isso significa garantir o excesso de liberdade do bispo Edir Macedo e da Rede Record.
No mesmo encontro em que apresentou seu plano para eliminar o excesso de liberdade da imprensa, José Dirceu apresentou também seu plano para a reforma política. De acordo com ele, é necessário duplicar ou triplicar imediatamente a quantidade de dinheiro público destinada aos partidos. Ele advertiu que, sem esse dinheiro, o PT prosseguirá com suas práticas de “caixa dois, corrupção, nomeação dirigida, licitação dirigida, emenda dirigida, superfaturamento e tráfico de influência”.
José Dirceu disse que, no poder, o PT valorizou o servidor público. Claro que é verdade: o filho de Erenice Guerra valorizou-se, o outro filho de Erenice Guerra valorizou-se, o irmão de Erenice Guerra valorizou-se, a irmã de Erenice Guerra valorizou-se. José Dirceu falou até sobre a saúde de Dilma Rousseff, desmentindo o que ela própria diz sobre o assunto: “Ela passou por um câncer. E sente muito isso ainda”.
No fim de seu encontro com os sindicalistas baianos, José Dirceu voltou a tratar da imprensa. Ele antecipou que pretende dizer o seguinte, quando Dilma Rousseff estiver eleita: “Ó, não adiantou nada. Estamos aqui mais quatro anos”.

José Dirceu está certo. Ó, não adiantou nada.



Por Diogo Mainardi

Ministro Gilmar Mendes põe os pingos nos “is”

No Estadão:

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, nega ter recebido telefonema do presidenciável José Serra (PSDB) na quarta-feira antes de pedir vista no processo sobre a exigência de dois documentos para votar, interrompendo o julgamento que foi retomado na quinta. “Eu não recebi ligação do Serra naquele dia. Isso é fantasia. E aquela coisa de que ele me chamou de “meu presidente” também é fantasiosa”, afirmou, negando o que foi noticiado pela Folha de S. Paulo. “Nós somos amigos e ele nunca me trata assim, nos chamamos pelo nome.” E acrescentou: “Aquela foto da Folha, sei lá o que foi… Serra estava tenso, e sei lá eu se ele não estava ligando para o presidente do Palmeiras?” Para Mendes, “o que é realmente grave” está ficando em segundo plano. “Sabe o que é grave? Grave é ação do Marcio Thomaz Bastos em cima da maioria dos ministros que ele nomeou”, disse, referindo-se ao ex-ministro da Justiça. “Grave é o marqueteiro do PT ter sugerido a mudança. Grave é a Justiça Eleitoral ter investido R$ 4 milhões na prestação de serviço aos eleitores, durante meses, para dizer quais documentos levar, e tudo mudar às vésperas do pleito.” E completou. “Eu disse que ia pedir vistas para pelo menos tentar colocar um pouco de reflexão no processo.”

Sem Marina, PV deve anunciar apoio a Serra

Por Bernardo Mello Franco, na Folha:

Enquanto a presidenciável Marina Silva (PV) dá sinais de que ficará neutra num eventual segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), seu partido se inclina a apoiar o tucano. O presidente da legenda, José Luiz Penna, disse à Folha que descarta a neutralidade no segundo turno, caso Marina não esteja nele. O PV é aliado do PSDB de Serra nos principais Estados, incluindo os três maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A ala ligada ao PT é minoritária na sigla.

Outros dirigentes ouvidos pela reportagem dizem que a tese de apoio a Serra venceria com folga na executiva nacional, que deve discutir o assunto no início da semana. Penna argumenta que o desempenho de Marina fará o partido sair mais forte das urnas, mesmo que ela não vá ao segundo turno. Optar pela neutralidade seria desperdiçar este capital político.

“O que está em jogo é a nossa capacidade de influenciar o próximo governo. O PV não ficará neutro. A neutralidade seria uma forma de dar as costas ao processo democrático.”

Ele não quis manifestar preferência por Serra ou Dilma, embora apoie o prefeito Gilberto Kassab (DEM), aliado do tucano, na Câmara de Vereadores paulistana. Em São Paulo e Minas, o PV participa de governos estaduais do PSDB, e no Rio os tucanos apoiam Fernando Gabeira (PV) ao governo.

Esta é a verdade! Fim de papo!


No Estadão Online de ontem, o repórter Lucas de Abreu Maia escreveu um texto em que trata dos chamados “boatos na Internet”. Transcrevo um trecho:

Dilma — pré-banho de marquetagem, ainda com aquele jeitão de quem confundia cara enfezada com profundidade e competência — participava de uma sabatina na Folha, em outubro de 2007. Em abril de 2009, concedeu uma entrevista à revista Marie Claire e defendeu a mesma opinião.

Dilma é favorável, sim, à descriminação do aborto. ISSO É FATO, NÃO É BOATO. Boato é a cascata de que a sua opinião a respeito foi distorcida, de que ela jamais defendeu a mudança da legislação e de que tudo não passa de um grande complô contra ela.

O busílis é outro: existe o que Dilma realmente pensa, e existe o que o marqueteiro João Santana afirmou que ela deve pensar para tentar ganhar a eleição.

O progressista de plantão logo grita: “Que importância tem isso?” Bem, para este blog, como atestam os arquivos, é coisa importante mesmo fora do período eleitoral. Minha opinião a respeito — militância mesmo, se quiserem — não é oportunista.

Para a política também deve ser importante, não é? Ou a candidata que lidera as pesquisas não faria o esforço que está fazendo para esconder dos brasileiros o que realmente pensa. Para tanto, conta com o trabalho de assessoria de boa parte da imprensa, que resolveu chamar um fato de boato.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

STF em transe: ministro diz não ter nada com isso; advogado de Roriz promete processar Britto, filha e genro por extorsão e formação de quadrilha

Na Folha Online:

O ministro do STF Carlos Ayres Britto afirmou que, em nenhum momento, se envolveu com a negociação feita entre seu genro e o ex-governador Joaquim Roriz. “Eu não tenho nada com isso. Meu genro, que é maior de idade, que responda por isso”, disse à Folha.
Britto disse que seu genro, Adriano Borges, lhe contou a seguinte versão sobre o caso: que foi procurado pelo advogado da coligação de Roriz, Eládio Carneiro, para ajudar na defesa do ex-governador. Segundo o ministro, por “ambição e vaidade”, Borges teria aceitado.
Ainda de acordo relato do advogado ao ministro, Borges disse que o nome dele foi colocado à revelia no processo. A Folha apurou que Britto tem confidenciado a amigos que “não pode mais confiar no genro”.
Ontem, por meio da assessoria, o advogado afirmou que, depois de convidado a defender Roriz, decidiu “atuar no caso porque acreditava na tese mesmo tendo consciência de que isso impediria a presença de Ayres Britto no julgamento”. Adriano Borges disse ainda que se sente chantageado.
Segundo a assessoria de imprensa dele, “a gravação diz respeito ao dia 3 de setembro, antes de o ministro Carlos Ayres Britto ser designado relator” do Ficha Limpa e diz considerar que se trata de “tentativa de incriminação para prejudicar o ministro e o próprio judiciário”.
“A leitura atenta dos vídeos mostra que a todo instante Adriano está se colocando como profissional disposto a executar trabalho específico de sua atividade, podendo-se ouvir claramente que ele não estava lá para causa impedimento, mas para trabalhar por acreditar na tese”, diz a assessoria de Borges, alegando que o advogado, no final da conversa gravada, pede “taxativamente para retirar seu nome dos autos do recurso extraordinário”.
Não é isso, no entanto, o que dizem os aliados de Roriz. Eládio Carneiro afirma que foi Borges quem ofereceu seus serviços para defender o ex-governador e mandou por e-mail os dados dele e da esposa para aparecer na lista de advogados do caso.
Além de alegar que foi o advogado que ofereceu seus serviços ao ex-governador, advogados ligados a Roriz prometem ir à Justiça contra o Britto, a filha e o genro. “Vou apresentar notícia crime por formação de quadrilha e tentativa de extorsão. O Supremo precisa se limpar por dentro”, disse outro advogado de Roriz, Eri Varela.

Por Reinaldo Azevedo

STF em transe - Genro de Ayres Britto tenta negociar com Roriz a não-participação do sogro na sessão que definiria sorte do ex-candidato

A história e cabeludíssima e envolve um figura cuja ficha é, para dizer pouco, polêmica. Mas não dá para fazer de conta que o que está no vídeo não está no vídeo e que as personagens não são quem são. Leiam o que vai na Folha Online.
Roriz negociou contratação de genro de ministro do STF
Por Matheus Leitão, Felipe Seligman e Fernanda Odilla:

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF) negociou com o genro de Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, um contrato que, na prática, impediria o ministro de julgar o caso da Lei da Ficha Limpa. O genro de Ayres Britto é o advogado Adriano Borges - ele mora sem união formal com a filha do ministro, Adriele, e eles têm um filho.
Se a negociação tivesse prosperado, Ayres Britto teria de se declarar impedido de julgar Roriz porque não poderia analisar um caso em que seu genro atua. Seu voto foi a favor da aplicação da Lei da Ficha Limpa contra Roriz, em julgamento apertado e que dividiu o tribunal na semana passada. O resultado foi um empate em 5 a 5 que fez Roriz desistir de sua candidatura e indicar sua mulher como substituta na chapa.
Em um vídeo ao qual a Folha teve acesso, gravado em 3 de setembro, Roriz e Borges discutem o impedimento de Ayres Britto. Oficialmente, o advogado fez parte da defesa de Roriz de 2 a 4 de setembro, e saiu justamente depois da discussão gravada. Borges afirma que é vítima de chantagem, e Roriz alega que foi extorquido.
À Folha, Ayres Britto afirmou que “não tem nada com isso” e que o genro deveria responder pelo caso. O vídeo tem uma 1 hora e 11 minutos de duração. Durante 37 minutos, a câmera registra uma sala com as luzes apagadas, na casa de Roriz. Em seguida, o ex-governador e Borges, naquele momento já seu advogado na causa, entram na sala e iniciam a conversa.
Seis minutos depois, Roriz pergunta: “Eu gostaria da sinceridade sobre o voto do seu sogro?”. Depois de balbuciar palavras desconexas, Borges responde: “Com isso aí ele não vai participar. Tá impedido”. Roriz continua: “Então é o êxito.” E o advogado responde: “É um êxito de certa forma”. O ex-governador sentencia: “Com isso, eu ganho folgado”.
Durante a conversa gravada, Borges tenta negociar os honorários e diz que já havia contratado uma equipe para trabalhar no processo. A Folha apurou que foram mobilizados cinco advogados. Roriz diz que não precisava de mais ninguém, somente da presença do genro do ministro.
Na gravação, como parâmetro para o valor cobrado pelos serviços, o advogado cita outra causa semelhante a de Roriz, na qual cobrou R$ 1,5 milhão de “pró-labore” e mais R$ 3 milhões “no êxito”. ” O ex-governador afirma não ter dinheiro e ainda diz que “antecipadamente não há a menor possibilidade” de pagar o que o advogado queria.
No final da conversa, Roriz oferece R$ 1 milhão para que Borges apenas conste na lista dos defensores. Não houve acordo porque o genro de Ayres Britto insistiu para ser o principal advogado da ação. Estando na lista ou assinando como defensor principal, a sua atuação levaria Ayres Britto a se declarar impedido. Em um caso anterior semelhante com o genro no STF, ele havia procedido desta forma.

UM RESGATE DA HISTÓRIA DO PT:


1985 - O PT é contra a eleição de Tancredo Neves e expulsa os deputados que votaram nele.

1988 - O PT vota contra a Nova Constituição que mudou o rumo do Brasil.

1989 - O PT defende o não pagamento da dívida brasileira, o que transformaria o Brasil num caloteiro mundial.

1993 - Itamar Franco convoca todos os partidos para um governo de coalizão pelo bem do país. O PT foi contra e não participou.

1994 - O PT vota contra o Plano Real e diz que a medida é eleitoreira.

1996 - O PT vota contra a reeleição. Hoje defende.

1998 - O PT vota contra a privatização da telefonia, medida que hoje nos permite ter acesso a internet e mais de 150 milhões de linhas telefônicas.

1999 - O PT vota contra a adoção do câmbio flutuante.

1999 - O PT vota contra a adoção das metas de inflação.

2000 - O PT luta ferozmente contra a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governantes a gastarem apenas o que arrecadarem, ou seja, o óbvio que não era feito no Brasil.

2001 - O PT vota contra a criação dos programas sociais no governo Fernando Henrique: Bolsa Escola, Vale Alimentação, Vale Gás, PETI e outras bolsas são classificadas como esmolas eleitoreiras e insuficientes.

Quase toda atual estrutura sócio-econômica do Brasil foi construída no período listado acima.

O PT foi contra tudo e contra todos.

Hoje roubam todos os avanços que os outros partidos promoveram e posam como os únicos construtores de um país democrático e igualitário.

Já que o PT foi contra tudo e contra todos desde a sua fundação, fica uma pergunta para que os leitores respondam: em 8 anos de governo, quais as reformas que o PT promoveu no Brasil para mudar o que os seus antecessores deixaram

Osmar Dias é contra os Armazéns da Família, que atendem famílias

DO SITE OSMAR DIAS: Em reunião na sede da regional da Apras (Associação Paranaense de Supermercados), em Londrina, Osmar Dias disse que vender mercadorias, mesmo que cestas básicas, é papel dos empresários que contribuem muito para que o Estado recolha tributos para realizar seus programas.
“O Estado não pode entrar demagogicamente eliminando negócios que geram empregos, pois você beneficia meia dúzia de famílias vendendo um produto mais barato num armazém, mas desemprega muitas outras de uma mercearia que fecha. Garanto a vocês que não vou fazer isso”, disse. “Vamos trabalhar juntos para que o imposto devido seja pago, mas seja devolvido em forma de ação do governo em auxílio aos paranaenses”, ponderou Osmar.

Advogado da coligação de Osmar diz que juiz Konkel Junior é imparcial

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado Luis Gustavo Severo, da coligação de Osmar Dias, afirmou que o juiz Nicolau Konkel Junior é “um juiz imparcial, à margem de qualquer suspeita.”
Konkel Junior é o juiz do TRE que proibiu divulgação de pesquisas no Paraná. Na mesma reportagem da Folha de S. Paulo, Konkel Junior diz que ficou surpreso que o Datafolha tenha incorrido nas mesmas irregularidades na segunda pesquisa impugnada. “O que me surpreendeu é que o Datafolha recebeu a impugnação da primeira pesquisa e insistiu no problema.”