O comentário foi baseado, na entrevista do presidente do TER – Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Nametala Machado Jorge, concedida para a revista Veja, de 21 de julho de 2010. Com 20 anos de experiência na Justiça Eleitoral, Nametala diz: “O processo eleitoral precisa avançar de modo a expelir os bandidos que se lançam como candidatos e garantir que todos exerçam sua liberdade de escolha”. Ela fala que a Lei da Ficha Limpa é muito recente e que ainda não existe jurisprudência sobre a sua aplicação. Alega que não devemos esperar que ela (Lei) se encarregue, sozinha, da necessária moralização na política brasileira. Lembra, que os próprios partidos políticos são os primeiros a legitimar os candidatos fichas sujos. As áreas mais pobres e violentas do país estão tomadas de currais eleitorais, sob o domínio desses criminosos. Ali, trocam-se votos por favores e presentes. Todo mundo sabe que o crime violento atinge níveis elevados de brutalidade nas áreas dominadas pelos traficantes e gangs de rua, o que acaba obrigando a população a dar seu voto a um candidato que seja indicado pelos criminosos. O Rio de Janeiro tá cheio desses políticos, eleitos pelo método da coerção e esta modalidade de eleição está se espalhando pelas outras cidades do Brasil. O mais assustador é que eles chegam ao Congresso Nacional e se colocam na posição de legislar sobre os nossos direitos e obrigações e garantir privilégios aos seus protegidos.
Ressalto aqui, que esta nos cinemas o filme 400 Contra 1, que narra a história real do surgimento do Comando Vermelho. Tudo começa com a prisão do famoso assaltante de bancos, da década de 70, William da Silva Lima, que ficou preso no Instituto Penal Cândido Mendes, junto com presos políticos da época da ditadura e que, lá no presídio aprendeu noções de organização, liderança durante o elucidativo convívio entre os presos.
Por essas e outras sou contra o voto para presidiários que estão cumprindo suas penas e dos presos provisórios, pois no Brasil inteiro, chefes criminosos conseguem, de dentro dos presídios, ter controle das ações de seus comparsas que estão nas ruas. Imaginem essa turma interferindo numa eleição.
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