O deputado João Arruda (PMDB-PR), que votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, resolveu contar as inúmeras traições do PT ao PMDB do Paraná. Sobrou para o ex-presidente Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), o seu marido e ex-ministro Paulo Bernardo (PT) e até para o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Arruda insinua que os petistas têm “memória curta”. “A história e os fatos estão aí: a gente não apaga. Não guardo mágoas ou ressentimentos. Isso não teve peso no meu voto de domingo passado, portanto, não venham cobrar reciprocidade”, diz o deputado do PMDB no facebook.
“Não guardo rancor, mas não me venham cobrar reciprocidade.
Para quem tem memória curta: apoiamos o Lula no Paraná em todas as eleições que ele disputou para presidente da república, mesmo contra a decisão da direção nacional do PMDB. Fui, inclusive, o primeiro a lançar o comitê suprapartidário Lula-Requião em 2006.
Ajudei a coordenar a campanha de Vanhoni em 2004, quando derrotamos Fruet na convenção do PMDB. Magoado, Fruet, apoiou Beto Richa, saiu do PMDB, foi para o PSDB, depois para o PDT, e, em 2012, foi apoiado pelo PT que derrotou o candidato do PMDB em Curitiba.
Em 2010, o PT do Paraná fez uma aliança com o Pessuti, que assumiu o governo do Paraná e rompeu com o Requião. Pessuti indicou Sérgio Souza na suplência de Gleisi e montaram um comitê suprapartidário a favor de Gleise e Gustavo (G2) para o Senado contra a candidatura de Requião.
Não vou nem entrar em detalhes sobre a aliança que Paulo Bernardo, marido de Gleisi, articulou com Ricardo Barros em Maringa. Mesmo assim, mais uma vez, a nossa candidata para presidente da república foi Dilma Rousseff, do PT.
No final de 2012, o PT depositava todas as fichas no Pessuti e em Sérgio Souza, suplente da Gleisi, para nos derrotar no PMDB e construir uma aliança, que não deu certo porque foram traídos pelos mesmos, com a candidata do PT no Paraná.
Em 2014, procurei o Lula e me coloquei a disposição para ir até o seu instituto e conversar sobre uma aliança no Paraná. Nunca tive retorno. Depois disso, só ouvi falar de Lula dois anos depois, no dia da votação do impeachment, quando ele queria falar comigo e eu não aceitei.
Sem contar que ele veio no Paraná em 2014, fazer campanha para a Gleisi, e dizer que se arrependeu de ter apoiado o Requiao em 2006. Mesmo assim, em 2014, fui o único deputado federal fora da coligação do PT no PR que apoiou a candidata Dilma Rousseff, junto com Requiao, Michel Temer e muitos companheiros do PMDB.
A história e os fatos estão aí: a gente não apaga. Não guardo mágoas ou ressentimentos. Isso não teve peso no meu voto de domingo passado, portanto, não venham cobrar reciprocidade.”
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