sexta-feira, 29 de abril de 2016

Quando é que o Brasil vai receber de volta o dinheiro do BNDES emprestado a países como Cuba e Angola?


No pronunciamento que fez em plenário, nesta segunda-feira (11/4), o senador Alvaro Dias (PV/PR) também falou sobre o BNDES que, segundo ele, é um dos instrumentos do endividamento monumental do governo. “O governo se utiliza do BNDES como instrumento, como artimanha, para tumultuar a administração pública com uma contabilidade anarquizada. O BNDES passou a ser, portanto, um instrumento de políticas desonestas adotadas pelo governo”, disse.
De acordo com Alvaro Dias, quando a presidente da República decidiu alterar o Estatuto Social do BNDES, por meio de decreto, para permitir que o banco financiasse a aquisição de ativos e investimentos realizados por empresas de capital nacional no exterior, houve uma operação mágica do governo. “Ele tirou da cartola, porque o que se fez foi jogar para fora do Brasil bilhões de reais para atender o interesse de outras nações”.
O senador lembrou que, de 2008 a 2014, o governo Federal transferiu, com juros mais baixos, ao BNDES, cerca de 716 bilhões. No ano de 2008, 159 bilhões de recursos do FAT, PIS, Pasep e FGTS foram destinados ao BNDES. E, em 2014, o valor acumulado chegou a 243 bilhões. “ O governo vem subtraindo dos trabalhadores brasileiros o ganho que não poderia, em hipótese alguma, subtrair. O governo tem colocado a mão grande, portanto, no bolso dos trabalhadores brasileiros”.
Outros dados revelados por Alvaro Dias mostram que, de 2003 a 2013, o BNDES emprestou US$8,6 bilhões a outros países, sendo que Angola abocanhou 33%. Angola, 33%! Argentina, 22%; Venezuela, 14%; e Cuba, 7%. “Nós sabemos que irregularidades foram praticadas na concretização desses empréstimos. Vou citar um exemplo: para a construção do Porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, o prazo foi de 25 anos. Ocorre que, pelas regras, pelas normas estabelecidas, o prazo não pode superar 15 anos. Nesse caso, dez anos além. O empréstimo cubano teve o prazo mais longo entre as obras financiadas fora do País. A maioria dos empréstimos foi feita em prazo próximo a 15 anos. É importante ressaltar que Cuba é um dos países com pior nota de risco de crédito do planeta. Quando é que o Brasil vai ver esses recursos retornando? Nós não podemos ser tolerantes com a prepotência e com a corrupção. E a penalização dos responsáveis, certamente, passará pelo impeachment da presidente da República”, finalizou o senador.

O alto custo para o contribuinte dos “generosos” empréstimos do BNDES

No discurso que fez em plenário, na quinta (28), o senador Alvaro Dias (PV/PR) voltou a dizer que a presidente Dilma não precisaria ter se utilizado das pedaladas, se não houvesse abusado dos repasses do Tesouro Nacional ao BNDES. São recursos oriundos do FAT, FGTS, PIS/PASEP, transferidos ao BNDES em prejuízo dos trabalhadores.

“O repasse do Tesouro ao BNDES chega a 716 bilhões, entre 2008 e 2014. Se nós contrapusermos esses valores aos valores das pedaladas, verificaremos que realmente a infelicidade das chamadas pedaladas poderia ter sido perfeitamente evitada. Esses recursos não retornaram ao Tesouro Nacional. Foram repassados com taxas de juros subsidiados a países com dificuldades financeiras e a governos ditatoriais e corruptos. De 2003 a 2013, o BNDES emprestou US$8,8 bilhões, sendo que Angola abocanhou 33%; Argentina, 22%; Venezuela, 14%; e Cuba, 7%”, disse o senador.
Alvaro Dias destacou ainda que o governo brasileiro, além dos empréstimos concedidos, perdoou dívidas de algumas dessas nações: “O saldo dessa aventura descabida é o gigantesco aumento da dívida e o pagamento de mais de R$20 bilhões ao ano de equalização de juros, que é a diferença entre os elevados juros que o Tesouro Nacional paga aos investidores que compraram os títulos emitidos e o juro mais baixo recebido do BNDES. Ou seja, até 2060, o contribuinte brasileiro pagará em subsídios pelas operações do BNDES o valor de R$184 bilhões”.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Tia Bumbum


Do jornal O Globo:
“O atual ministro do Turismo, Alessandro Teixeira, empregou uma tia da mulher, a ex-miss bumbum Milena Santos, como secretária na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O órgão está vinculado ao governo federal e foi presidido por Teixeira até o fim da semana passada, quando foi empossado ministro pela presidente Dilma Rousseff. Após ser questionada pelo GLOBO, a ABDI informou que demitiu hoje a servidora.
A tia de Milena é Delfina Alzira da Silva Gutierrez, que ocupou uma função de confiança na ABDI com um salário de R$ 19.488,60.”
Mr. Bumbum trata dinheiro público como papel higiênico.

Stédile, do MST, convoca seu exército para ato da APP


O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, já está em Curitiba em apoio ao ato da APP-Sindicato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em defesa do ex-presidente Lula e do PT e contra o juiz Sérgio Moro e a Operação Lava Jato. Stédile e seu exército querem dar visibilidade no ato e sinalizar ao vice-presidente Michel Temer que seu governo não vai ter trégua dos sem terra e do lulopetismo.

Acompanha Stédile em apoio a manifestação da APP nesta sexta-feira, 29, a presidente da CUT do Paraná, Regina Cruz, que trará também seu séquito de cutistas. “Aproveitando a ocasião em que se realiza hoje, em Curitiba, a plenária estadual da militância do Fórum de Lutas 29 de Abril e a Frente Brasil Popular, Stédile, Regina e Silva falarão sobre o posicionamento das organizações e movimentos sociais diante à conjuntura política nacional, o golpe em andamento e suas consequências para a população brasileira”, diz a nota enviada pelo MST.
“Além disso, eles também apresentarão o calendário nacional de lutas e mobilizações para barrar o impeachment e o ato Estadual de um ano do massacre dos professores que acontece na sexta-feira (29), em Curitiba”, completa a nota.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Quando é que o Brasil vai receber de volta o dinheiro do BNDES emprestado a países como Cuba e Angola?


Quando é que o Brasil vai receber de volta o dinheiro do BNDES emprestado a países como Cuba e Angola?

No pronunciamento que fez em plenário, nesta segunda-feira (11/4), o senador Alvaro Dias (PV/PR) também falou sobre o BNDES que, segundo ele, é um dos instrumentos do endividamento monumental do governo. “O governo se utiliza do BNDES como instrumento, como artimanha, para tumultuar a administração pública com uma contabilidade anarquizada. O BNDES passou a ser, portanto, um instrumento de políticas desonestas adotadas pelo governo”, disse.

De acordo com Alvaro Dias, quando a presidente da República decidiu alterar o Estatuto Social do BNDES, por meio de decreto, para permitir que o banco financiasse a aquisição de ativos e investimentos realizados por empresas de capital nacional no exterior, houve uma operação mágica do governo. “Ele tirou da cartola, porque o que se fez foi jogar para fora do Brasil bilhões de reais para atender o interesse de outras nações”.
O senador lembrou que, de 2008 a 2014, o governo Federal transferiu, com juros mais baixos, ao BNDES, cerca de 716 bilhões. No ano de 2008, 159 bilhões de recursos do FAT, PIS, Pasep e FGTS foram destinados ao BNDES. E, em 2014, o valor acumulado chegou a 243 bilhões. “ O governo vem subtraindo dos trabalhadores brasileiros o ganho que não poderia, em hipótese alguma, subtrair. O governo tem colocado a mão grande, portanto, no bolso dos trabalhadores brasileiros”.
Outros dados revelados por Alvaro Dias mostram que, de 2003 a 2013, o BNDES emprestou US$8,6 bilhões a outros países, sendo que Angola abocanhou 33%. Angola, 33%! Argentina, 22%; Venezuela, 14%; e Cuba, 7%. “Nós sabemos que irregularidades foram praticadas na concretização desses empréstimos. Vou citar um exemplo: para a construção do Porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, o prazo foi de 25 anos. Ocorre que, pelas regras, pelas normas estabelecidas, o prazo não pode superar 15 anos. Nesse caso, dez anos além. O empréstimo cubano teve o prazo mais longo entre as obras financiadas fora do País. A maioria dos empréstimos foi feita em prazo próximo a 15 anos. É importante ressaltar que Cuba é um dos países com pior nota de risco de crédito do planeta. Quando é que o Brasil vai ver esses recursos retornando? Nós não podemos ser tolerantes com a prepotência e com a corrupção. E a penalização dos responsáveis, certamente, passará pelo impeachment da presidente da República”, finalizou o senador.

domingo, 24 de abril de 2016

Vereadores criticaram em plenário uma cartilha da Prefeitura de Curitiba

Vereadores criticaram em plenário uma cartilha da Prefeitura de Curitiba distribuída na sessão de ontem (19). Intitulado “Curitiba faz bem pra você”, o material diz trazer as “principais realizações da cidade que é nosso orgulho”, de 2013 a 2015. Para Jorge Bernardi (Rede) e Chicarelli (PSDC), a publicação é “uma propaganda enganosa”. Na avaliação de Chico do Uberaba (PMN), uma “cortesia com o chapéu alheio”. Paulo Salamuni (PV), Jonny Stica e Pedro Paulo, ambos do PDT – líder, vice-líder e ex-líder do prefeito Gustavo Fruet na Câmara Municipal –, saíram em defesa da gestão. 

Edson do Parolin (PSDB) foi quem abriu as críticas à cartilha. “Fiquei feliz em ver minha comunidade em uma cartilha que recebi da prefeitura. Vi um morador [do Parolin] ali, o Mário, mas não é verdade. Por que não botam a  verdade? Que está faltando a rua [asfalto], a janela das casas? Não condiz com a verdade”, questionou. “Minha comunidade faz três anos que está abandonada.”

Zé Maria (SD) alertou que o Rotary Club irá se manifestar contra uma das informações da cartilha, porque seria o responsável pela implantação de três brinquedos adaptados para crianças com deficiência no Passeio Público, divulgados na publicação como obra da administração municipal. “Eu tenho a gravação do prefeito Gustavo Fruet agradecendo [o Rotary]. Temos que retirar urgente esta cartilha da cidade. Não podemos concordar com mentiras”, afirmou.

Uberaba defendeu que o Executivo faz “cortesia com o chapéu alheio”. Ele disse que obras anunciadas na cartilha, como o parque Mané Garrincha, são de gestões anteriores. “É difícil justificar o injustificável. Ele não tem obras. Este é o livrinho da enganação, da incompetência deste cidadão”, avaliou o parlamentar.

Saúde pública
Chicarelli e o Professor Galdino (PSDB) direcionaram as críticas à gestão para a saúde pública municipal. O primeiro vereador alegou que em suas visitas a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tem presenciado problemas recorrentes, como falta de medicamentos e de médicos, problemas na infraestrutura e demora no atendimento. “Tem que mudar esse planejamento, senão teremos um caos”, indicou.  

“Nisso temos que concordar. Eu e minha equipe fomos chamados na UPA da CIC e estava o caos. Vamos pedir providências”, registrou Rogério Campos (PSC). Galdino lamentou mudanças no programa Mãe Curitiba, “que já foi referência da capital”. O vereador disse receber “denúncias constantes” sobre o atendimento na Maternidade do Bairro Novo. “Sabemos que a gestão está gastando os tubos com propaganda, e enquanto isso as gestantes curitibanas pegam infecção hospitalar. Prefeito, eu suplico: dê mais atenção à saúde e gaste menos com publicidade”, finalizou. 

João Arruda conta as traições do PT

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O deputado João Arruda (PMDB-PR), que votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, resolveu contar as inúmeras traições do PT ao PMDB do Paraná. Sobrou para o ex-presidente Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), o seu marido e ex-ministro Paulo Bernardo (PT) e até para o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Arruda insinua que os petistas têm “memória curta”. “A história e os fatos estão aí: a gente não apaga. Não guardo mágoas ou ressentimentos. Isso não teve peso no meu voto de domingo passado, portanto, não venham cobrar reciprocidade”, diz o deputado do PMDB no facebook.

“Não guardo rancor, mas não me venham cobrar reciprocidade.
Para quem tem memória curta: apoiamos o Lula no Paraná em todas as eleições que ele disputou para presidente da república, mesmo contra a decisão da direção nacional do PMDB. Fui, inclusive, o primeiro a lançar o comitê suprapartidário Lula-Requião em 2006.
Ajudei a coordenar a campanha de Vanhoni em 2004, quando derrotamos Fruet na convenção do PMDB. Magoado, Fruet, apoiou Beto Richa, saiu do PMDB, foi para o PSDB, depois para o PDT, e, em 2012, foi apoiado pelo PT que derrotou o candidato do PMDB em Curitiba.
Em 2010, o PT do Paraná fez uma aliança com o Pessuti, que assumiu o governo do Paraná e rompeu com o Requião. Pessuti indicou Sérgio Souza na suplência de Gleisi e montaram um comitê suprapartidário a favor de Gleise e Gustavo (G2) para o Senado contra a candidatura de Requião.
Não vou nem entrar em detalhes sobre a aliança que Paulo Bernardo, marido de Gleisi, articulou com Ricardo Barros em Maringa. Mesmo assim, mais uma vez, a nossa candidata para presidente da república foi Dilma Rousseff, do PT.
No final de 2012, o PT depositava todas as fichas no Pessuti e em Sérgio Souza, suplente da Gleisi, para nos derrotar no PMDB e construir uma aliança, que não deu certo porque foram traídos pelos mesmos, com a candidata do PT no Paraná.
Em 2014, procurei o Lula e me coloquei a disposição para ir até o seu instituto e conversar sobre uma aliança no Paraná. Nunca tive retorno. Depois disso, só ouvi falar de Lula dois anos depois, no dia da votação do impeachment, quando ele queria falar comigo e eu não aceitei.
Sem contar que ele veio no Paraná em 2014, fazer campanha para a Gleisi, e dizer que se arrependeu de ter apoiado o Requiao em 2006. Mesmo assim, em 2014, fui o único deputado federal fora da coligação do PT no PR que apoiou a candidata Dilma Rousseff, junto com Requiao, Michel Temer e muitos companheiros do PMDB.
A história e os fatos estão aí: a gente não apaga. Não guardo mágoas ou ressentimentos. Isso não teve peso no meu voto de domingo passado, portanto, não venham cobrar reciprocidade.”

A democracia exige respeito


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Mary Zaidan
Alívio. Nas Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff poupou o Brasil do vexame da denúncia de um golpe que não é golpe que ela insiste em dizer que é golpe. Foi prudente, comedida e elogiada. Não pelo que falou, mas pelo que não disse. Poucas horas depois, pôs tudo abaixo. Na entrevista à imprensa internacional despejou lamentações contra a “injustiça”, proclamou-se vítima, rogou ao Mercosul e à Unasul punições ao Brasil caso ela seja deposta — como se os dois organismos fossem de importância crucial para o país – e voltou a decretar a ilegitimidade de seu vice, Michel Temer.
Não parou por aí. Jogou lama nas instituições brasileiras, criticando ministros da Suprema Corte que rechaçam a tese de golpismo, engendrada e propagada pela presidente e pelo PT, e a Câmara dos Deputados, que, por maioria mais do que absoluta, aprovou a admissibilidade do impedimento constitucional contra ela.
Talvez por ter lutado contra uma ditadura para tentar impor outra, Dilma tenha dificuldades para entender o conceito de democracia na sua amplitude. Fala sempre de seus 54 milhões de votos como se eles fossem garantia perene. Na sua tacanhice de visão, democracia se restringe ao ato de votar. Para ela, a vitória no sufrágio condena o eleitor a engolir o escolhido, mesmo que o eleito não seja digno da representação recebida.
Finge desconhecer que a Constituição confere a ela e a seu vice a mesma legitimidade. Goste-se ou não do vice. E que a Carta tem instrumentos – ainda que rígidos – para proteger o eleitor quando o eleito fere os seus preceitos.
Não há dúvidas de que pedaladas e empréstimos não autorizados pelo Parlamento aconteceram. O próprio governo admitiu isso ao pagar os débitos pedalados no ano fiscal seguinte ao crime. Tanto que calca sua defesa na afirmação de que todos os governos anteriores cometeram delitos idênticos. Ainda que fosse verdade, se mantida a premissa de um crime justificar outro, não só a proliferação delituosa seria endêmica como se tornaria impossível qualquer punição em qualquer época.
Mas é fato que as pedaladas não são as responsáveis pelo repúdio popular a Dilma e ao PT. Ainda que sejam definidas como crime de responsabilidade previsto na Constituição, elas estão longe de ser compreendidas pela maioria. Mas, assim como a sonegação fiscal, um crime dito menor, acabou com o lendário Al Capone, elas têm a capacidade de banir Dilma, o PT, Lula e todo rastro de imoralidades que eles patrocinaram.
O brado contra o golpe fictício e a vitimização acabaram se tornando os únicos e derradeiros tiros. Só que além dos públicos cativos eles não atingiram outros alvos. Na mídia internacional, onde Dilma imaginou ter fôlego para a sua pregação contra o “golpe”, pouco conseguiu arregimentar fora do eixo bolivariano.
No máximo, Dilma colheu a defesa de eleições gerais na The Economist. Não por se renderem à sedução da presidente vítima, mas por entenderem que nem Dilma nem ninguém na linha de sucessão direta – Temer, Eduardo Cunha (que a revista inglesa desconhece estar legalmente impedido de assumir a Presidência da República por ser réu no STF), Renan Calheiros e outras dezenas de parlamentares – teriam ficha limpa para assumir o poder.
A prestigiada revista semanal inglesa acerta na sintonia com a demanda popular, mas erra na viabilidade, inclusive constitucional, da execução de um pleito extra.
O fora tudo é agradável e simpático de ser defendido. Parece ser a solução para todas as coisas. Mas não é. Muito menos está no escopo político de quem defende eleições já. No projeto protocolado na semana passada no Senado, a proposta de novo pleito se restringe a presidente e vice para um mandato tampão de dois anos. Não inclui os demais – nem deputados nem senadores, que não emprestariam dois terços de maioria para votar contra si.
Ou seja, cada defensor da ideia malandra de diretas já, da dona da Rede, Marina Silva, ao PT, Lula e Dilma, sabe da impossibilidade da tese.
Eleições extraordinárias têm ritos a serem seguidos. O esforço de animar a galera com elas quando se sabem improváveis é tão danoso quanto o engodo da pregação do golpe. Ambos os discursos tentam ludibriar o público. Pior: o fazem em nome da democracia, enxovalhando-a.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sete dias em quinze

Pergunto: será que uma grande parte de nosso professores, acabam sendo usados para manipulação política, por parte da diretoria do sindicato?

Na sexta-feira (29) da próxima semana os professores da rede pública estadual param mais uma vez para manifestação reivindicatória. Como nesta hoje é o último dia de aulas, juntando lé com cré eles, sob o comando do sindicato, trabalharão sete dias em metade deste mês. Antes da folhinha do calendário, o salário estará depositado sagradamente nas respectivas contas. Enquanto isso, alunos e pais acreditam que o futuro será melhor.
Blog Zé Beto

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Fruet esconde carta de apoio a Dilma


O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), apagou das redes sociais qualquer menção ao manifesto que assinou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Além de Fruet, a carta tem assinatura de Fernando Haddad (PT-SP). O texto diz que há um risco da “banalização” do uso do procedimento de impeachment. “As dificuldades pelas quais passa o Brasil não serão superadas a partir do desrespeito à ordem constitucional. Pelo contrário, um processo com essas características fere e desestabiliza o País“, diz o manifesto assinado por Fruet em 14 de dezembro.

Fábio Campana

Os derrotados no Paraná


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A trajetória dos políticos que apoiaram Dilma não será fácil. Todas as pesquisas de opinião mostram que a maioria absoluta que apoiou a deposição da presidente Dilma, mais de 82%, não pretende votar nos que ficaram contra o impeachment.
No Paraná, os grandes derrotados são os senadores Requião, do PMDB, e Gleisi Hoffmann, do PT. O prefeito Gustavo Fruet, do PDT, que fez declaração a favor de Dilma. Mais o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, do PSB; o deputado Maurício Requião, do PMDB, e os três próceres do PT nativo, Tadeu Veneri, Enio Verri e Professor Lemos. Todos em decadência político-eleitoral.

No domingo da votação, APP vai às ruas contra impeachment


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Do blog Boca Maldita
A APP Sindicato colocou o bloco na rua neste domingo (17) para protestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em várias cidades do Paraná foram flagradas faixas com a marca do sindicato e a frase “Com Dilma e PT contra o Golpe”.
A direção do sindicato dos professores é majoritariamente filiada ao PT e vem promovendo manifestações a favor do PT, de Lula e Dilma e contra a Operação Lava Jato. A postura tem desagradado diversos professores e funcionários da edução que já ensaiam um movimento de desfiliação em massa.

sábado, 16 de abril de 2016

Dos males que o PT faz ao Brasil


lula e dilma

O Brasil mal administrado pelo PT de Lula e Dilma naufraga. O PIB acumulava, em fevereiro deste ano, queda de 4,1% em um período de 12 meses. É a 14ª taxa negativa. As informações são do Monitor do PIB, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a economia em queda, temos uma das piores crises sociais da história. O desemprego beira os 12 milhões de trabalhadores sem ocupação.
Para cobrir os rombos financeiros de sua administração, Dilma Rousseff deu pedaladas fiscais de R$ 106 bilhões foram remanejadas da Caixa Econômica e do FGTS, no período de 2010 a 2014. Em 2015, mandato atual, foram mais R$ 2,5 bilhões. Dilma abriu créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional. Isso é ilegal. É crime e a principal justificativa do pedido de impeachment.

Não vai ter golpe, querida!


Não vai ter golpe. Dilma apenas será impedida de continuar no cargo, tudo dentro da lei e das normas constitucionais. Será apeada do poder devido à incompetência de governar, às mentiras, por ter recebido dinheiro ilegal em sua campanha e por ter cometido crimes de responsabilidade. Pior ainda: por ter dado um tapa na cara dos brasileiros ao convidar para ser seu ministro um sujeito às voltas com a Justiça. Simples assim!
Cansamos de ser passivos e resolvemos assumir o importante papel de protagonistas da cena nacional. Depois do dia 13 de março, quando mais de 6 milhões de brasileiros foram às ruas em centenas de cidades em todos os estados, estamos reivindicando o fim da aventura petista e o fortalecimento do Poder Judiciário. Quer legitimidade maior? As manifestações ordeiras e pacíficas mostraram o verdadeiro espírito dos brasileiros. Demos o recado cristalino a Dilma, a Lula, a seus seguidores e a todos os corruptos: “basta!”
Da mesma forma, a maioria absoluta dos ministros do STF não só percebeu a reação das ruas como reagiu com firmeza às declarações chulas e desrespeitosas do mito do PT. Os magistrados, em número que continua crescendo, declararam seu apoio, sem qualquer direcionamento partidário, ao juiz Sergio Moro e a suas atitudes na “República de Curitiba”, como caracterizou Lula, o messias do pau oco.
O Palácio do Planalto transformou-se em um circo. Dilma fala apenas à sua claque escolhida a dedo, artistas e intelectuais, funcionários encravados na máquina pública federal, bandos ligados ou travestidos de MST, estudantes sustentados na UNE, todos dependentes da “mortadela” oficial e que bradam “em defesa da democracia”. Que democracia? A bolivariana? A cubana? A que eles defendem como sinônimo de incompetência e corrupção?
O país está dividido, prestes a uma convulsão social. Se Dilma tivesse grandeza, espírito cívico e humildade, renunciaria. Pouparia os brasileiros do desgaste emocional e psicológico, e de um embate que pode transformar-se sangrento. O Brasil parou! Não se governa mais. O que resta é um balcão sujo de compra e venda de parlamentares para votar contra o impeachment. Mas, felizmente, estamos todos de olho neles.
E, enquanto o impeachment não vem, Dilma, Lula e seus convivas insistem no seu “pacote anticrise” e “antigolpe”: ameaças à Policia Federal proclamadas pelo (agora suspenso) ministro da Justiça, Eugênio Aragão; ameaças dos movimentos sociais de que o país será incendiado com greves gerais; tentativas de lançar suspeição sobre as atitudes do juiz Sergio Moro e afirmações de que a Lava Jato é a causadora da ruína econômica do país; além da insistência na ladainha de que a “estabilidade democrática e a justiça” estão seriamente ameaçadas.
Somente agora, que a água está batendo na saia, que partidos políticos deixam a base do governo e a possibilidade de impeachment é real e imediata, a presidente vem falar em acordo nacional com base em um programa de recuperação da economia e da união de esforços. A mesma coisa dita pelo seu vice, Michel Temer, em seu discurso vazado, caso venha a assumir a Presidência.
Enquanto isso, a imagem do Brasil no exterior cai por terra. A economia brasileira está puxando para baixo o crescimento mundial. A ONU classificou o país como preocupante, e em sérias dificuldades. As publicações britânicas The Economist e The Guardian sugerem em seus editoriais a renúncia de Dilma. O americano The New York Times destacou a indicação de Lula como “uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça” e defendeu que Dilma deveria renunciar agora. É o que pensa a maioria absoluta dos cidadãos brasileiros. Tchau, querida!
Cláudio Slaviero, empresário, é ex-presidente da Associação Comercial do Paraná e autor de A vergonha nossa de cada dia

sexta-feira, 15 de abril de 2016

“Sistema político-partidário está apodrecido”.


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G1

O sistema político-partidário no país está apodrecido pelo abuso do poder econômico”, afirmou o procurador Carlos Fernando de Lima nesta terça-feira (12), ao detalhar a 28ª fase da Operação Lava Jato. O procurador disse ainda que “a corrupção no Brasil não é partidária”. Nesta etapa, foi preso o ex-senador Gim Argello (PTB-DF), suspeito de cobrar propina para evitar convocação de empresários a comissões parlamentares de inquérito em 2014 e 2015.
“O uso do poder é que gera corrupção. O exercício do poder, seja por qual partido for, tem gerado corrupção. E essa corrupção tem como finalidade suprir o caixa de campanhas políticas”, disse Lima. “Tanto é verdade que esses valores, boa parte, foram encaminhados para partidos da base de apoio desse senador, Gim Argello, entre eles, partidos inclusive da oposição.”

Ministério Público Federal (MPF) diz que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empreiteiras são investigadas na Lava Jato.

Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de travestir propinas em forma de doações aparentemente legais “já existe e há muito tempo”.
Os investigadores dizem que não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos. As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação “União e Força”, pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo
No despacho, Moro autorizou, a pedido do MPF, a quebra do sigilo de dados telefônicos de Gim Argello e de Paulo Roxo.

PM INTERCEPTA EM GOIÁS ÔNIBUS DO GOVERNO LOTADO DE BOLIVIANOS

GOVERNO E PT IMPORTAM MANIFESTANTES 'MORTADELAS' DE PAÍSES VIZINHOS


ALÉM DOS ÔNIBUS BOLIVIANOS, PAGOS PELO GOVERNO DE EVO MORALES, HÁ OUTROS DO PERU, PARAGUAI...

terça-feira, 12 de abril de 2016

CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO PODE INDICIAR CERCA DE 200 PESSOAS

Diário do Poder



RELATOR DO DEPUTADO SÉRGIO SOUZA LISTA FRAUDES DE R$ 3 BILHÕES

Pesos e medidas


Do enviado especial
Zé Beto
O deputado Tadeu Veneri (PT) acaba de discursar na tribuna da Assembleia Legislativa. Reclamou da truculência daqueles que se opõe aos ideais petistas e torcem pela queda da presidente Dilma Rousseff. Ao defender a posição do deputado federal Aliel Machado, um dos paranaenses que rejeitaram o relatório da comissão do impeachment, disse que não é possível aceitar as ameaças – inclusive físicas – que estão fazendo ao parlamentar. Dois deputados que ouviam a fala comentaram que Veneri também podia repudiar, mesmo que tardiamente, a guerrilha instalada pela APP-Sindicato no ano passado quando foram votados os projetos do ajuste fiscal. Eles foram perseguidos pelos representantes dos professores, inclusive com manifestações intimidatórias na frente das suas respectivas residências.

PM de Brasília prende militante do MST com 55 mil em dinheiro


mstbr
Vera Magalhães, na Veja
A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu na noite desta segunda-feira um militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) com 55 mil reais em notas numa mochila.
José Carlos dos Santos foi preso ao chegar ao acampamento do MST próximo ao Teatro Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Ele não soube explicar a origem do dinheiro.
Os sem-terra tentaram impedir a prisão, mas Santos foi levado para a 5ª delegacia, onde prestou depoimento

Stephanes diz que vai representar Veneri por agressão à mulher que se manifestou na Alep

O deputado Stephanes Júnior (PSB) disse nesta terça-feira, 12, que vai representar o deputado Tadeu Veneri (PT) na corregedoria do legislativo por agressão à uma mulher que se manifestava contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT) na sexta-feira, 8, na Assembleia Legislativa.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O estilo



Da coluna Diário do Poder, do jornalista Claudio Humberto
Tratando mal quem a cerca, Dilma firmou má reputação por casos como o da ex-ajudante de ordens que abandonou o serviço no meio do dia, cansada de grosserias, e do médico da Presidência que virou paciente por estresse. Ou quando, brandindo um cabide, investiu contra uma pobre camareira, que deve estar correndo até hoje. Fazem também a delícia do serpentário do Itamaraty histórias de sua curiosa mania de considerar seus objetos de hotéis de luxo que a hospedam.
Diplomatas passaram vergonha, certa vez em Buenos Aires, ao serem cobrados de algo que faltava, após Dilma deixar o hotel Four Seasons.
O Four Seasons enfeitara a mesa de jantar da suíte de Dilma com uma belíssima (e cara) toalha. Ela gostou tanto que a levou para casa.
Ao deixar o hotel Westin Excelsior, em Roma (diária de R$8 mil), outro dia, Dilma não se fez de rogada e levou dois travesseiros, que adorou.
O apego de Dilma por itens de hotéis se compara à preferência de Lula por vinhos caros, que ele fazia os embaixadores o presentearem.

Petrobras insiste em mau negócio na Argentina

Diário do PoderCentro do escândalo do petrolão, a Petrobras insiste em outro negócio prejudicial à empresa, estendendo por 30 dias a “negociação exclusiva” com a empresa argentina Pampa Energia para vender ativos a preço de banana: 30 blocos de exploração, refinaria, quase 300 postos e participações em térmica, hidrelétrica e petroquímica. O controlador da Pampa é Marcelo Mindlin, ligado à ex-presidente Cristina Kirchner.
O valor de US$1,2 bilhão pelo qual a Petrobras Argentina será vendida é o exato valor (superfaturado) só da refinaria de Pasadena, nos EUA.
Este será o segundo mau negócio da Petrobras na Argentina: em 2010, vendeu por apenas US$110 milhões, uma refinaria e 360 postos.
A refinaria e 360 postos foram vendidos a Cristóbal Lopes, o “Carlinhos Cachoeira da Argentina”, que virou empresário na era Kirchner

Nenhuma outra tentativa de impeachment foi chamada de 'golpe'


Nas guerras, nas grandes contendas ou, até mesmo, nas simples discussões a dois sobre questões menores, há inúmeras vítimas, mas a maior delas (e a que mais incomoda) é sempre a verdade.

Lembro-me dessa lição porque (alguns) “luminares”, tanto do direito como da política, ou da intelectualidade, em meio à grave crise por que passa o país, põem a boca no mundo – por escrito ou verbalmente, nos jornais, nas emissoras de rádio e televisão, mas, sobretudo, nas redes sociais – para esbofetearem ainda mais a verdade.

A presidente Dilma, ao tentar esconder a verdade do que ocorreu no governo do ex-presidente Lula e está ocorrendo no seu próprio governo, do ponto de vista tanto legal ou constitucional como ético, ressuscitou, no “Palácio dos Comícios” (novo nome do Palácio do Planalto), a palavra “nazismo”. Ao usar e estimular, exaustiva e repetidamente, o uso do slogan “Não vai ter golpe”, como técnica de combate contra um processo legítimo e constitucional, a presidente se traiu e simplesmente adotou, inconscientemente ou não, os mesmos métodos de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Ou seja: a mentira, repetida mil vezes, acaba se tornando verdade.

O recurso, previsto na Constituição, e há pouco regulamentado pelo Supremo Tribunal Federal, não é mais novidade. O próprio Lula e, antes dele, Fernando Henrique e José Sarney enfrentaram inúmeras tentativas de pedido de impeachment, e nenhuma delas foi chamada de “golpe”.

Desnecessário lembrar, por outro lado, de que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, no qual o PT teve papel de destaque, nunca foi considerado golpe por quem quer que fosse.

Mesmo assim, em resposta ao utópico editorial “Nem Dilma, nem Temer”, da “Folha de S.Paulo”, a presidente, antes de reafirmar que não renunciará, aproveitou-se da chance, em sua página do Facebook, para dizer o seguinte, referindo-se ao jornal: “Antes apoiador do impeachment, agora pede a (sua) renúncia, evitando, assim, o constrangimento de respaldar uma ação indevida, ilegal e criminosa”.

Depois dessa resposta, ficou mais do que evidente que a presidente confunde o seu destino com o destino do país. É muita pretensão, leitor! Ou, então, se trata de grave e preocupante caso de compulsão e, como toda compulsão, difícil de ser tratada. A que acomete a presidente – a pior delas, a compulsão pelo poder, qualquer que seja sua forma –, acomete, igualmente, as pessoas do ex-presidente Lula, do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do presidente do Senado, Renan Calheiros. Juntos, submetem a grave constrangimento a grande maioria do povo brasileiro. Os quatro, juntinhos, fariam um bem imenso ao Brasil se renunciassem não apenas aos cargos, mas à vida publica. À qual, aliás, não souberam servir com honra e dignidade.

O editorial da “Folha de S.Paulo”, quando propõe a renúncia da presidente e de seu vice e, em seguida, o afastamento, pela Câmara ou pelo STF, “da nefasta figura de Eduardo Cunha”, esquecendo-se, porém, de Renan Calheiros, outra figura nefasta, talvez esteja com a razão, mas como tese. Tem total razão, todavia, quando afirma que “a presidente Dilma perdeu as condições de governar o país”.

Sobra-nos, leitor, o impeachment, para estancar a hemorragia que ameaça afogar o país. Para isso, há que se respeitar a Constituição e a vontade, já expressa, da maior parte do povo brasileiro.
E, enfim, que aceitemos o que ficar decidido.

Artigo publicado originalmente no jornal O Tempo.
Ator desabafa contra Dilma na TV: 'Quem deu golpe foi a senhora'
Homenageado va TV, ator Ary Fontoura desabafa contra Dilma

Diário do Poder

Contra impeachment, Dilma negocia cargos com poder sobre R$ 38 bilhões


índice
As mudanças no segundo escalão do governo, em busca de votos para brecar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, envolveram a negociação de cargos que podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, dos quais R$ 6,2 bilhões são investimentos. Chamado de “repactuação” da base pelo governo e de “balcão de negócios” pela oposição, o processo se acelerou após rompimento oficial do PMDB com Dilma e às vésperas da votação do afastamento da petista pelo plenário da Câmara. As informações são de Ricardo Victor Martins no Estadão.

Andrade doou R$ 35 mi ao PT e R$ 26 mi ao PSDB em 2014, aponta TSE


Folha de São Paulo

Dados do TSE mostram que, juntas, as contas da direção nacional do PT e da candidatura de Dilma nacampanha de 2014 receberam R$ 34,6 milhões da Andrade Gutierrez, ante R$ 25,9 milhões dos recursos recebidos pelo comando do PSDB e da campanha de Aécio Neves.
Desses R$ 34,6 milhões, R$ 20 milhões foram repassados pela empreiteira diretamente para a campanha à reeleição da presidente. Além disso, a direção nacional ainda transferiu R$ 1 milhão que recebeu da Andrade, somando, no total R$ 21 milhões da empreiteira na conta da campanha da candidatura de Dilma.
Não houve repasse, segundo registros do TSE, especificamente pela empreiteira à campanha de Aécio. Dos R$ 25,9 milhões entregues ao Diretório Nacional tucano, R$ 19 milhões foram para o comitê da campanha presidencial, que então passou R$ 10,2 milhões para a conta criada só para a candidatura e destinou o resto a outras campanhas da legenda.
A candidatura de Aécio recebeu, além dos R$ 10,2 milhões, ainda R$ 2,5 milhões da direção do partido referentes à doação da Andrade, somando R$ 12,7 milhões recebidos da empreiteira.

Curitiba tem uma dívida que chega a R$ 1 bilhão


Tupan
Professor Galdino
Professor Galdino
A recessão econômica atingiu a saúde financeira da Prefeitura de Curitiba. Na semana passada, o vereador Professor Galdino e líder do PSDB na Câmara de Curitiba subiu a tribuna para reclamar que na gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT) as dívidas cresceram R$ 500 milhões e já batem em R$ 1 bilhão. Os dados vêm sendo sistematicamente escondidos até mesmo nos questionamentos dos parlamentares municipais. Uma espiada no portal da transparência mostra uma realidade que deverá incomodar muitos administradores e dificultará o poder de investimentos no futuro. Galdino acredita que no futuro os impostos poderão subir ainda mais para a recuperação financeira da capital paranaense e para efetivação de obras.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Conivência com os incendiários

Editorial Gazeta do Povo


“A forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles ainda lá nas bases, lá no campo. E é a Contag, são os movimentos sociais do campo que vão fazer isso. Ontem dizíamos na passeata: vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles. Porque se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, nós vamos incomodar também as casas, as fazendas e as propriedades deles.” Foi com essas palavras nada ambíguas que Aristides Santos, secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), anunciou seu modo de resistir ao impeachment da presidente Dilma Rousseff no dia 1.º. E pregou esse recurso à violência diante da própria Dilma.
Nada diferente daquilo que o presidente da CUT, Vágner Freitas, afirmou, também em evento no Planalto, com a presença de Dilma, em agosto de 2015: “Somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta”. Disse ainda que “nós seremos um exército” se houver “qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula”.
O recurso à violência foi trivializado pelo petismo
O que isso quer dizer? Que Dilma Rousseff não se contenta com promover a negociação do desespero no Congresso Nacional, entregando ministérios importantes para pessoas desqualificadas em troca dos votos para se livrar do impeachment. A conivência da presidente diante de promessas inequívocas de recurso à violência significa que Dilma também quer poder contar com as ameaças dos “movimentos sociais” contra a população que deseja apenas ver a lei ser cumprida. É por essas e outras que não se viu reprimenda quando Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, afirmou, no fim de março, que “não haverá um dia de paz do Brasil. Podem querer derrubar o governo, podem prender arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de movimento popular neste país (...) Este país vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso não vai haver um dia de paz no Brasil”.
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O que está em jogo aqui não é a capacidade real destes movimentos de cumprir as promessas que fazem – ainda que se trate de bravata, as meras ameaças já são graves o suficiente e merecem a devida contestação legal. Mas o maior escândalo nisso tudo é ver que Dilma e o petismo não mexem um dedo para conter os ânimos paramilitares dos tais “movimentos sociais”. Manter esse tipo de dúvida sobre a população e os parlamentares – “Haverá conflitos nas ruas?” “Minha propriedade corre risco?” – é apenas uma estratégia a mais para Dilma se manter agarrada à cadeira presidencial, assim como comprar votos entregando cargos, assim como repetir infinitamente que há um “golpe” em curso no país. O recurso à violência foi trivializado pelo petismo.
O discurso de Dilma logo após a fala incendiária de Aristides Santos parece uma tentativa de esfriar os ânimos. Mas só parece. “Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade porque pensa assim ou assado. Não defendemos a violência, eles exercem a violência, nós não.” “Eles”, no caso, são a oposição, apesar de ainda estar para aparecer um equivalente oposicionista de Boulos, Santos ou Freitas, alguém prometendo colocar fogo no país como fazem os três líderes defensores de Dilma. E anos e anos de petismo no poder já deixaram claro que, para o petismo, invasões de terra ou de prédios não são mesmo violência, não são atentado à lei: são apenas “justiça social”.