“Não se justifica mais o uso dos animais em transporte de cargas que podem exceder o peso que suportam. São inúmeros os casos de cavalos que morrem em vias públicas”, afirmou Gustavo Fruet, na justificativa do projeto. “Muitos deles são usados de forma ininterrupta, sendo alugados pelo 'dono' para mais de um terceiro, levando os animais, em alguns casos, a trabalharem praticamente 24 horas por dia”, denunciou o prefeito.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Comissão de Meio Ambiente discutiu o fim das carroças em 2015 - Nos bairros mais afastados vemos carroças todos os dias.
“Não se justifica mais o uso dos animais em transporte de cargas que podem exceder o peso que suportam. São inúmeros os casos de cavalos que morrem em vias públicas”, afirmou Gustavo Fruet, na justificativa do projeto. “Muitos deles são usados de forma ininterrupta, sendo alugados pelo 'dono' para mais de um terceiro, levando os animais, em alguns casos, a trabalharem praticamente 24 horas por dia”, denunciou o prefeito.
MAIOR ABANDONADO
Pesa contra a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o ex-líder do governo Dilma que está no xilindró, a certeza de ter o mandato cassado. Como delator ele teria que confessar os crimes cometidos.
LULA, O ESCAPISTA
PAULO CASTELO BRANCO
Nos idos de 1950, no governo de Getúlio Vargas, foram construídas milhares de residências para funcionários dos institutos de previdência da União: IAPC, IAPTEC, IAPB, e tantos outros.
Meu pai era funcionário do IAPC e recebeu, para morar com a família, um apartamento no conjunto do Irajá, subúrbio carioca, naqueles tempos, lá nos cafundós do Judas. Os conjuntos eram separados pela então Avenida das Bandeiras que é, hoje, a Avenida Brasil.
A periferia das residências, por distante de tudo, acabou se transformando em reduto de marginais que buscavam refúgio em bairros pouco policiados. A polícia, como acontece até hoje, raramente está presente nas áreas que mais precisam dela.
Foi lá que conheci um dos príncipes da malandragem e da astúcia em provocar confusões e escapar sem ser detido. Era o “Chico Quiabo”; mulato esguio, cheio de trejeitos no andar, ágil nas brigas de rua e sempre armado com uma navalha. Quiabo, escorregadio, livrava-se dos inimigos com a ameaça da navalha, que só empunhava quando precisava encarar mais de dois homens até a entrada de mais gente contra ele; o malandro usava a capoeira para atingir e derrubar os que chegavam muito perto dele.
A confusão, quase sempre provocada por “Chico Quiabo” para não pagar a despesa do bar, só acabava com a chegada da rádio-patrulha que, com seus “chapéus-vermelhos” descia enfiando porretadas em qualquer um que ficasse no caminho. O personagem, ao perceber a chegada dos policiais, corria para a viatura e se sentava calmamente até o final da contenda. Os meganhas, que já sabiam da habilidade do espontâneo detido, riam da atitude, o levavam e liberavam nas proximidades do cemitério. Naqueles tempos, raramente a polícia prendia alguém envolvido em brigas de rua, só o faziam quando havia mortos ou feridos com gravidade.
Outro personagem interessante foi o ilusionista Harry Houdini que fez muito sucesso na década de 1920. Houdini, que começou a vida como trapezista em circo, se dedicou à arte da dissimulação criando equipamentos para oferecer à platéia a sensação de realidade em suas apresentações deixando o público extasiado com o resultado. Houdini ao longo da vida enganou imperadores, reis, presidentes entre outras pessoas de notável conhecimento, inclusive Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes e especialista em espiritismo. Doyle se aproximou de Houdini tentando convertê-lo, sem sucesso. Depois de famoso, Houdini, que também se exibia recebendo socos no abdômen, decidiu se especializar em se desvencilhar de amarras e passou a ser conhecido como “escapista”.
Estes relatos servem apenas para chegar ao ex-presidente Lula que, nos últimos tempos, quando percebe a aproximação da Lei e da Justiça faz como “Chico Quiabo” e corre para prestar depoimentos espontâneos nos órgãos de investigação das muitas operações do Ministério Público e da Polícia Federal, e sai declarando não haver viva alma mais honesta do que ele; o homem deve ter confundido as almas, pois, segundo a mídia ele possui uma adega recheada de vinhos especiais, dentre eles, talvez, o “Alma Viva”
Lula, não sendo pessoa investigada em nenhum dos inquéritos em apuração, segundo os investigadores, é, com certeza, um dos inocentes que mais depoimentos prestou; sem, no entanto, se livrar da desconfiança que as autoridades e o povo têm em relação ao seu envolvimento nos muitos malfeitos desvendados nos últimos 13 anos.
A cada semana surge uma nova denúncia e lá vai o escapista e ilusionista depor informalmente para dizer que não sabe de nada, que nunca conviveu com nenhum dos acusados, que não tem imóveis presenteados por empreiteiros, que a sua fortuna tem origem em palestras proferidas ao redor do mundo, que o seu filho é empresário de sucesso por seus próprios méritos, que nunca neste país existiu alguém mais honesto do que ele, que as insinuações contra ele são promovidas pela imprensa desonesta, que o “mensalão” não existiu, que o Zé agiu por conta própria e, por isto, merece estar em cana, e, como nos depoimentos que se presta às autoridades policiais, nada mais lhe foi perguntado, e aos costumes disse nada!
Sobre “Chico Quiabo”, dizem que morreu dentro de um caldeirão de galinhada; Houdini, não escapou de uns socos, desprevenido, foi espancado por um universitário e morreu de peritonite, e, Lula, continua escorregando e escapando das malhas da Justiça; até quando, não se sabe. Parece até alma do outro mundo!
Projeto de Alvaro Dias determina que inspeção de bebidas passe a ser feita pelo setor privado
A inspeção da produção e do comércio de bebidas, sejam alcoólicas ou não alcoólicas, pode deixar de ser feita pelo Ministério da Agricultura e passar a ser responsabilidade do próprio produtor ou do comerciante. É o que prevê projeto de autoria do senador Alvaro Dias, que está pronto para ser votado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), assim que forem iniciados os trabalhados legislativos do Congresso Nacional no ano de 2016, a partir do dia 02 de fevereiro.
De acordo com o texto do projeto de Alvaro Dias (PLS 637/2015), que modifica a Lei 8.918/1994, a inspeção poderá passar a ser feita por funcionário indicado pelo estabelecimento que produz ou comercializa a bebida ou por empresa credenciada pelo Ministério da Agricultura. Ao ministério caberá fiscalizar o trabalho da instituição credenciada ou do funcionário que responde pela inspeção, de acordo com regulamento a ser adotado.
Ainda conforme o PLS 637/2015, o ministério continuará responsável pelo registro, padronização e classificação de bebidas em geral, podendo dividir a tarefa com órgão estadual credenciado. O projeto, no entanto, flexibiliza essa regra quando se tratar de sucos vendidos apenas dentro do estado produtor. Nesses casos, os produtos serão registrados e fiscalizados por órgãos estaduais e, quando o fabricante do suco quiser ampliar a venda para todo o território nacional, deverá habilitar o cadastro junto ao Ministério da Agricultura.
Cadastro eletrônico
O projeto do senador Alvaro Dias também agiliza o processo de cadastramento de bebidas, que poderá passar a ser feito pelo produtor, por meio eletrônico. As informações fornecidas no cadastro serão conferidas pelo Ministério da Agricultura antes de o órgão registrar o produto. O registro deverá ser concluído em até 45 dias após o pedido e bebidas importadas não precisam ser registradas. Na defesa da proposta, Alvaro Dias afirma que o modelo em vigor está ultrapassado por não incorporar tecnologias de comunicação hoje disponíveis. De acordo com o autor, excesso da burocracia e insegurança jurídica também dificultam o avanço do setor.
“O poder público deve fiscalizar e impor as sanções devidas àquele que negligenciar a manutenção da qualidade exigida e o cumprimento das normas vigentes”, opina o senador Alvaro Dias, ao argumentar que a inspeção deve ser tarefa “de alguém integrado organicamente à atividade inspecionada”.
O projeto determina que a produção de néctar de laranja, uva, manga e pêssego deverá conter pelo menos 50% da respectiva fruta. O relator da proposta na Comissão de Agricultura, senador Flexa Ribeiro, acrescentou à lista cupuaçu, açaí e abacaxi. O Ministério da Agricultura deverá estabelecer metodologia para identificar a quantidade de fruta no néctar e no refresco. Os fabricantes desses produtos serão obrigados a especificar, na tabela nutricional contida no rótulo, o teor de açúcar do produto.
A proposição também modifica a Lei 9.782/1999 para explicitar que a fiscalização a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre bebidas se limite a aspectos nutricionais e sanitários.
(com informações da Agência Senado)
Greca aposentado
Zé Beto
Ao saber que Rafael Greca se aposentou como funcionário do IPPUC neste ano em que concorre mais uma vez à prefeitura de Curitiba, uma sábio venenoso do Centro Cívico cravou a estaca: “Que bom! Agora ele vai poder se dedicar inteiramente à política!”
Perseguição
Da coluna do jornalista Claudio Humberto
Herói do Brasil, o diplomata Eduardo Saboia continua perseguido no Itamaraty. Ele foi caroneado e ficou de fora do quadro de acesso, passo essencial à promoção. Saboia salvou o senador Roberto Molina, que ficou quase 500 dias asilado na embaixada do Brasil em La Paz.
Para identificar “black blocs”
Zé Beto
Os “black blocs” voltaram a se infiltrar nas manifestações, destruindo patrimônio alheio e infernizando a vida do povo para dar prejuízo aos capitalistas sangrentos. São filmados quebrando tudo e levados presos, mas rapidamente soltos por seus advogados sob o argumento de que não é possível identificá-los sob as máscaras. Sugestão: identificá-los pela cor do capuz, modelo da jaqueta, características dos adereços de mão –porretes, martelos, tesouras, estiletes– e estilo de ataque às vitrines. O estilo é o homem. (Ruy Castro)
Ao MP, zelador e porteira dizem ter visto Lula durante reforma de triplex
Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, dois funcionários do edifício Solaris, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), afirmaram no ano passado aos promotores de Justiça que viram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitando a reforma do apartamento tríplex número 164A.
Segundo o jornal “O Globo”, o triplex estaria sendo reformado para a família de Lula pela construtora OAS, acusada de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Ainda de acordo com o jornal, o MP paulistainvestiga se o ex-presidente da República e sua mulher ocultaram de seu patrimônio declarado o apartamento de três andares na praia de Astúrias.
Os promotores de Justiça apuram a transferência de prédios inacabados da Bancoop – a cooperativa do sindicato dos bancários que se tornou insolvente – para a OAS.
Apesar de também investigar imóveis do edifício Solaris, a apuração do MP-SP é independente da nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira (27) pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). A nova etapa da operação foi batizada de Triplo X.
Para Planalto, cerco a Lula se fecha ainda mais com fase da Lava Jato
Folha de São Paulo
Auxiliares da presidente Dilma Rousseff avaliam que a nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira (27), tem o objetivo de “desgastar” a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no momento em que o governo está “fragilizado” e “tenta encontrar saídas” para a crise política e econômica do país.
Segundo a Folha apurou, auxiliares de Dilma acreditam que “o cerco a Lula se fechou ainda mais” e isso é “preocupante” visto que o ex-presidente ainda é tido como o principal fiador do governo.
Apesar disso, a avaliação de ministros do núcleo mais próximo à presidente é que uma eventual prisão de Lula “não deve acontecer”.
Segundo eles, o ex-presidente ainda tem respaldo da militância do PT e de diversos movimentos sociais, que iriam às ruas para defendê-lo caso isso acontecesse. Alguns, porém, não descartam que, caso o ex-presidente fique “totalmente desmoralizado”, o cenário fique mais fácil para que ele seja preso.
Como mostrou a Folha, o ex-presidente Lula reforçou no início do ano sua equipe de defesa com a contratação do criminalista Nilo Batista. Nas palavras de aliados, a contratação do advogado se deu porque Lula “tomou consciência de que algo mais grave poderia acontecer”.
Os donos do Friboi
Do Carlos Brickmann
O Ministério Público Federal de São Paulo acaba de denunciar sócios e executivos do grupo JBS (controlador do Friboi) e do Banco Rural, por crime contra o sistema financeiro. Nove pessoas fazem parte da lista, entre elas Joesley Batista, sócio do JBS, e a banqueira Kátia Rabelo, do grupo Rural (que cumpre pena, condenada no processo do Mensalão). De acordo com a denúncia, houve operações ilegais de empréstimo conhecidas no mercado como “troca de chumbo”, envolvendo R$ 80 milhões. A denúncia foi aceita pela Justiça Federal.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Fechamento da “Rua das Motos” estimulará comércio, diz vereador
Ponto de encontro para os amantes do motociclismo, as duas quadras da rua João Negrão, entre a Brasílio Itiberê e a Baltazar Carrasco dos Reis, podem ser fechadas ao trânsito de veículos aos sábados, das 9h às 14 h. A proposta é do vereador Zé Maria (SD), que apresentou projeto de lei na Câmara Municipal, para “garantir a segurança das pessoas e motoqueiros que passam e se encontram na 'Rua das Motos', muito conhecida por todos” (005.00238.2015).
Segundo o vereador, essas quadras concentram muitas lojas que comercializam motos e equipamentos para motociclistas. “Esse local é conhecido pelo meio motociclístico como a 'Rua das Motos'. Atualmente estão se tornando pontos turísticos de Curitiba, com visita de pessoas do interior do Paraná e de outros estados”, esclareceu Zé Maria.
Ele garante que consultou os lojistas que atuam na rua João Negrão. “Elas são unânimes. Isso viabilizaria investirem na decoração de suas lojas, ofertas de café da manhã, contratação de música ao vivo, entre outras ações. Também será possível, se autorizado, a colocação de um 'portal' inflável no início da quadra de maneira a identificar e fazer o apelo turístico”, sugere Zé Maria.
Para não causar transtorno aos usuários do transporte coletivo que precisam passar por estas duas quadras da rua João Negrão, o projeto prevê a possibilidade de alteração da rota dos ônibus sem acréscimos significativos aos trajetos.
10 coisas que valem mais do que uma ação da Petrobras lulopetista, cotada abaixo de R$ 5,00 nesta segunda-feira de cinzas
Augusto Nunes
1 – CHÁ-MATE COM LIMÃO NAS PRAIAS NO RIO (R$ 5,00)
2 – PORÇÃO DE 3 ESFIHAS DE CARNE DO HABIB’S (R$ 1,88 CADA)
3 – SABÃO EM PÓ, PACOTE DE 1KG (R$ 5,69)
4 – FEIJÃO CARIOCA, PACOTE DE 1 KG (R$ 5,79)
5 – HAMBÚRGUER DO MCDONALD’S (R$ 6,00)
6 – PACOTE DE PAPEL HIGIÊNICO COM 4 UNIDADES (R$ 6,38)
7 – 500g DE ACÉM (R$ 10,06)
8 – REPELENTE LÍQUIDO, 100 ML (R$ 10,99)
9 – POMADA PARA ASSADURAS (R$ 11,29)
10 – UM PAR DE SANDÁLIAS HAVAIANAS (R$ 20,90)
O PT deu bastante trabalho
SILVIO NAVARRO
No fim da manhã de 24 de junho de 2006, enquanto milhões de brasileiros se preparavam para passar a noite celebrando outra noite de São João, 4.000 fiéis de uma seita debilitada festejavam desde cedo, no auditório do Minas Brasília Tênis Clube, na capital federal. Eram todos participantes da Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores. A animação chegou ao clímax à 12h22, quando um suado Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco para anunciar que seria candidato à Presidência da República pela quinta vez. Naquele momento, o Mensalão já completara um ano e a oposição se dera conta de que, assolada por brigas fratricidas, havia perdido o bonde da história.
Lula empunhou o microfone por mais de 90 minutos, recheados de autoelogios. Cercado por um punhado de gente que hoje preferiria não estar naquela foto, vangloriou-se de ter gerado mais empregos formais no Brasil “do que eles”. Eram tempos alvissareiros os que antecederam a desastrada “nova matriz econômica”. A casa parecia arrumada economicamente, embora já fosse assombrada pelo fantasma da corrupção.
Segue um trecho do discurso, sempre sublinhado pelo obsessivo “nós contra eles”.
“Nos oito anos de governo deles, a taxa de desemprego aberto aumentou 41%. Nos nossos três anos e meio, a taxa de desemprego aberto diminuiu 13,7%. E o mais importante: enquanto eles criaram, em média, 8.300 empregos por mês, nós estamos criando uma média de 102.000 empregos mensais. Por isso, já criamos mais de quatro milhões de empregos com carteira assinada, um montante superior ao que eles criaram nos seus oito longos anos de inércia. Se somarmos as vagas abertas no mercado informal e no setor público, o número de empregos criados por nós é de 5 milhões e 600 mil. Para não cansá-los com outros números, resumo o restante numa frase: fizemos em 42 meses mais que eles em 8 anos.”
No fim da manhã de 20 de janeiro de 2016, o governo Dilma Rousseff admitiu que ampliara a coleção de recordes negativos: nos últimos doze meses, 1,5 milhão de brasileiros perderam o emprego, marca só comparada às registradas em 1992, nas trevas da gestão de Fernando Collor de Melo . Lula não fez comentários sobre a árvore que plantou e voltou a regar em 2014.
Nem a mais otimista das cartomantes se arriscaria a antecipar um prazo para que o Brasil saia da UTI. De qualquer forma, em 2018 — se Dilma durar até lá — pela primeira vez a carteira de trabalho azul não será exibida durante a campanha presidencial, seja quem for o candidato a herdeiro do malogro petista. O tema será o desemprego.
Em 2006, deslumbrado com os números da economia, Lula aproveitou para condecorar-se com a medalha que atestava a competência técnica da Petrobras. Em tempo: na época, a estatal era comandada por gente da estirpe de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, sob a regência de um cartel de empreiteiros bandidos e as bênçãos do companheiro Delcídio Amaral, que hoje fazem parte da população carcerária.
Voltemos ao discurso do candidato à reeleição em 2006:
“Depois da experiência pioneira, nas décadas passadas, com o etanol, chegamos agora a era revolucionária do biodiesel e do Hbio, este último uma maravilhosa invenção brasileira, fruto da competência técnica da Petrobras. Parte disso só foi possível porque nos últimos três anos e meio, a Petrobras deu um salto sem precedentes.”
Faltam seis meses para que a anunciação do Brasil potência imaginado por Lula complete uma década. Até junho – ou até antes — , é provável que uma ação da Petrobras valha menos do que uma nota de um dólar.
O PT deu bastante trabalho.
DIPLOMATAS BRASILEIROS ABASTECERAM ADEGA DE LULA
Na reta final do governo, as visitas de Lula ao exterior foram marcadas por ligações do Planalto às embaixadas do Brasil informando que o então presidente “esperava receber de presente” algumas caixas de vinhos especiais, cuja lista era em seguida enviada. Foram usados 11 caminhões da Granero na volta de Lula a São Bernardo (SP), no início de 2011. Um deles, climatizado, levou um espantoso acervo de vinhos.
A oposição planeja, este ano, esmiuçar a formação da adega de Lula, considerada hoje como uma das mais valiosas
de todo o País.
Diário do Poder
PARA PF, MENSAGENS MOSTRAM INFLUÊNCIA DE DIRCEU NO INSTITUTO LULA
PF DESTACA PODER DE ARTICULAÇÃO POLÍTICA E INFLUÊNCIA DE DIRCEU
Diário do Poder
PARA PF, MENSAGENS MOSTRAM 'INFLUÊNCIA' DE DIRCEU NO CENÁRIO POLÍTICO BRASILEIRO (FOTO: DANIEL TEIXEIRA/AE)
PUBLICIDADE
O interlocutor de Dirceu era o jornalista Breno Altman, amigo do ex-ministro e um dos principais operadores de mídia do PT. Seu nome foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como um dos nomes envolvidos na suposta operação de repasse de R$ 6 milhões, em 2004, para um empresário de Santo André (SP), para que quadros importantes da cúpula do PT - entre eles o próprio Dirceu - não fossem envolvidos publicamente no assassinato do prefeito da cidade Celso Daniel (PT), crime ocorrido em janeiro de 2002.
Quatro dias depois da troca de mensagens, em 3 de agosto de 2015 Dirceu foi preso preventivamente pela Polícia Federal, como alvo central da Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato. O ex-ministro está detido até hoje, réu em ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente desviado de contratos da Petrobras entre 2004 e 2014.
Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato em primeira instância, José Dirceu teve seu aparelho celular confiscado e as mensagens nele contidas recuperadas pelos peritos da PF. Foi a partir dessa análise que os federais remontaram as trocas de mensagens do dia seguinte do ataque ao Instituto Lula, sediado no bairro Ipiranga, em São Paulo. Os investigadores descobriram, então, a tática de comunicação empreendida pelo ex-ministro.
A primeira mensagem de Dirceu para Altman é das 15h37. Via Whats’App, ele questiona o amigo: "Soube do ataque ao IL (Instituto Lula) ontem?". "É um fato gravíssimo. Jogaram um explosivo contra o portão. Ficou um buraco e uns estilhaços."
Reproduzindo informações que acabara de receber de seu assessor de imprensa, Dirceu detalha o ataque: "E tinha uns caras com pinta de black blocs na redondeza. Havia o boato de fazer uma manifestação contra o presidente". Dirceu pergunta a Altman: "Qual sua avaliação?". E o interlocutor pede que o ex-ministro ligue para ele.
Politizar
No mesmo período - entre 15h e 17h do dia 31 - em que Dirceu conversa com Altman, ele troca mensagens com seu assessor de imprensa Ednilson Machado, conhecido com Edi. O assunto também foi o ataque a Instituto Lula.
No mesmo período - entre 15h e 17h do dia 31 - em que Dirceu conversa com Altman, ele troca mensagens com seu assessor de imprensa Ednilson Machado, conhecido com Edi. O assunto também foi o ataque a Instituto Lula.
Depois de copiar e encaminhar ao interlocutor a resposta de Altman sobre a "conversa com Rui" e a tática de "tocar o rebu", Dirceu determina: "Fale lá tem que ir para cima".
Edi responde às 16h51. "Já mandei mensagem para o (Paulo) Okamotto (presidente do Instituto Lula). Lamentável perfil baixo a essa altura."
Passados quatro minutos, o assessor do ex-ministro acrescenta: "Era hora de politizar e creditar à inflamação pública que o PSDB passou a fazer para o dia 16", em alusão a um protesto marcado contra o governo Dilma Rousseff, no dia 16 de agosto de 2015.
O atentado não deixou feridos. Artefato explosivo foi atirado contra a sede do instituto do ex-presidente; episódio foi flagrado pelas câmeras de segurança. As imagens revelam como foi o ataque à sede da instituição ocorrido na noite de 30 de julho, uma quinta-feira. A bomba foi atirada de um carro em movimento.
Na ocasião, o Instituto Lula divulgou nota por meio da qual destacou que "esperava que os responsáveis sejam identificados e punidos". Ninguém foi preso.
Relatório de análise da PF diz que a mensagem revela "tática questionável". "Os interlocutores tratam da explosão da bomba no Instituto Lula ocorrida no dia 31 de julho de 2015. Nesta conversa, Ednilson revela certa tática questionável, ao afirmar que tal acontecimento deveria ser utilizado para a vitimização e era de politizar e creditar à inflamação política que o PSDB passou a fazer para as manifestações marcadas para o dia 16 de agosto de 2015".
Artigos
No dia 1º de agosto, dois dias antes de ser preso pela Lava Jato Dirceu e interlocutores trocam novas mensagens e textos sobre a explosão no Instituto Lula. Um desses textos do próprio jornalista Breno Altman.
No dia 1º de agosto, dois dias antes de ser preso pela Lava Jato Dirceu e interlocutores trocam novas mensagens e textos sobre a explosão no Instituto Lula. Um desses textos do próprio jornalista Breno Altman.
No mesmo dia, Dirceu orienta uma jornalista que foi do setor de comunicação do PT a publicar artigos no blog mantido pelo ex-ministro. "Percebe-se que Dirceu ainda possui grande poder de articulação política e de influência, inclusive através dos meios de comunicação de massa", registra relatório da PF.
Poder
A Lava Jato atribui a Dirceu o papel de um dos cabeças do núcleo político no esquema que fatiava obras na Petrobras, em conluio com um cartel de empreiteiras. O esquema, que teria sido sistematizado a partir do governo Lula, tinha como objetivo garantir a governabilidade e a permanência no poder, sustenta a força-tarefa da Lava Jato. Bilhões em propina teriam sido arrecadados, bancando os cofres de campanhas e de partidos da base e da oposição.
A Lava Jato atribui a Dirceu o papel de um dos cabeças do núcleo político no esquema que fatiava obras na Petrobras, em conluio com um cartel de empreiteiras. O esquema, que teria sido sistematizado a partir do governo Lula, tinha como objetivo garantir a governabilidade e a permanência no poder, sustenta a força-tarefa da Lava Jato. Bilhões em propina teriam sido arrecadados, bancando os cofres de campanhas e de partidos da base e da oposição.
O Ministério Público Federal reúne elementos para apontar que o ex-ministro, mesmo depois de preso e condenado no mensalão, passou a usar "recursos ilícitos" para custear uma operação de propaganda política para levantar sua imagem.
A análise de mensagens, reunida no Relatório de Informação 491/2015, da PF, reforça essa frente. "Tais trechos (de mensagens) corroboram com a tese de que Dirceu ainda exerce forte influência no cenário político brasileiro, inclusive, através do controle midiático", informa o relatório.
Dirceu tem negado, veementemente, envolvimento em qualquer tipo de irregularidade. O ex-assessor de Dirceu diz não ter nada a declarar.
O jornalista Breno Altman afirmou que "trata-se de uma conversar trivial entre dois amigos com longa história de militância política comum". "Somos dois amigos e companheiros que se conhecem há muitos anos, conversando sobre um fato político relevante.
Organização Mundial da Saúde afirma que zika se espalhará pelas Américas
O Globo
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em comunicado emitido nesta segunda-feira, alertou que o vírus zika vai se espalhar por todo o continente americano. Segundo a organização, Canadá e Chile são as únicas duas exceções. De maio até agora, 21 países do continente haviam registrado ocorrências do vírus.
A OMS considera que a falta de imunidade natural no continente seria um dos fatores para que o vírus se espalhe tão rapidamente. “O vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados”, afirma a Organização.
A favor da impunidade?
Claudio Slaviero
A “Carta aberta em repúdio ao regime de supressão episódica de direitos e garantias verificado na Operação Lava Jato”, ou “Carta Aberta dos Advogados”, como ficou conhecida, assinada por 105 profissionais da comunidade jurídica, tem recebido o repúdio da comunidade brasileira. Mais do que justificável.
Como brasileiro, fiquei muito preocupado, pois pela primeira vez em minha vida – e acredito que nunca antes na história deste país – vi o meio jurídico, ou pelo menos uma parcela diminuta dele, se manifestar a favor de pessoas “nada honestas”.
Incrível, porque, anteriormente, nunca causídicos nem sequer levantaram a voz ou esboçaram um manifesto coletivo, mobilizando-se a favor dos 600 mil presos (a quarta população carcerária do planeta, segundo o Ministério da Justiça) que padecem no destroçado sistema prisional brasileiro. Os brasileiros, às vezes na prisão sem culpa ou sufocados por impostos que são uma verdadeira condenação, ou por leis que aniquilam empresas e empregos, ou ainda vivendo sob a praga do crime organizado, nunca tiveram o respaldo de uma carta coletiva dos advogados como essa.
O rol de membros da comunidade jurídica alinhou um rosário de adjetivos contra o juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato. Escreveram, entre outras coisas, que os condenados “foram estampados de forma vil e espetacular”, em “atuação arbitrária” etc. Duvido que o juiz Moro e os integrantes do Ministério Público Federal sejam tão loucos ou irresponsáveis a ponto de colocar em risco suas biografias e suas carreiras, penalizando os suspeitos por simples capricho, agindo contra as leis e a Constituição, ou sendo contrários às normas jurídicas, julgando e prendendo equivocadamente “ilustres brasileiros”.
Como cidadão, considero uma afronta à inteligência da população a defesa de réus confessos, meliantes contumazes, que roubaram, saquearam, dilapidaram o patrimônio do Estado e ficaram impunes, muitos acobertados pelo poder, frequentadores dos mais altos escalões da República, especialmente na última década. Pelo menos até a ação firme e determinada do Ministério Público Federal.
Agora, quando se tem a opção de punir bandidos e de lavar a alma dos brasileiros pelo menos uma vez na vida (e difundir às crianças e à juventude que o crime não compensa), vêm ditos juristas defender os participantes do maior esquema de corrupção em toda a história deste país? É de se perguntar: e a lesão causada por esses criminosos aos direitos dos cidadãos brasileiros?
Acredito que os subscritores deste manifesto – graças a Deus, só 105 no universo de milhões de juristas brasileiros – estejam apenas defendendo interesses de seus clientes. Podem ter se indignado porque estavam sempre acostumados com a velha (e velhaca) impunidade que caracteriza nossa história. Este manifesto, que tem recebido o repúdio merecido, é uma agressão à lei e ao bom senso. Deveria, cada vez mais, ser repudiado pela sociedade brasileira.
Não tenho qualquer dúvida de que a maioria dos brasileiros é favorável ao desempenho da equipe da Lava Jato. Um Projeto de Lei Popular de Combate à Corrupção, de autoria do Ministério Público Federal, já conseguiu 1,2 milhão de assinaturas em todo o país (mais de 200 mil delas no Paraná); para que seja discutido no Congresso Nacional, faltam 300 mil assinaturas. Este contingente saberá dar a devida resposta àqueles que tentarem “melar” o trabalho elogiável do Ministério Público.
Claudio Slaviero, empresário, é ex-presidente da Associação Comercial do Paraná e autor de A vergonha nossa de cada dia
Imóvel de Lula abre guerra entre PT e oposição
O Globo
As declarações do promotor Cassio Conserino, do Ministério Público de São Paulo — de que já tem provas para denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira-dama Marisa Letícia por crime de ocultação de patrimônio, na investigação sobre um apartamento tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP) — abriu a nova guerra entre oposição e o PT. Enquanto os petistas acusam o promotor de abuso de poder e de ter descumprido as regras do Ministério Público, os partidos de oposição acreditam que a posição do promotor reforça as investigações sobre os esquemas do mensalão e do pagamento de propinas na Petrobras. A empreiteira OAS, que assumiu a construção do empreendimento e entregou as chaves do imóvel, é um dos principais alvos da Operação Lava-Jato.
A defesa do ex-presidente Lula já estuda entrar com uma reclamação disciplinar contra o promotor Conserino junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão que fiscaliza desvios de comportamento de funcionários. Segundo a defesa de Lula, o conselho já puniu integrantes do Ministério Público por condutas da mesma natureza; por ter antecipado juízos de valor antes de concluir o procedimento investigatório.
Em nota, o promotor reagiu ao Instituto Lula, que no sábado o acusou de ter violado o estado democrático de direito. “Informar a sociedade sobre uma investigação de evidente interesse público, por meio de uma imprensa livre, não me parece violar a lei, especialmente porque o sigilo da investigação foi baixado”, destacou.
Assinar:
Postagens (Atom)