O ex-governador Tarso Genro, rejeitado pelos gaúchos na reeleição, manifestou a intenção de escrever uma “Carta aos Brasileiros” para posicionar sua facção dentro do PT em relação aos escândalos que contaminam o Palácio do Planalto, os principais ministro do governo, a presidente Dilma, o Lula e toda quadrilha envolvida no roubou da Petrobrás, segundo as últimas delações premiadas do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, publicadas pela Veja.
Se o ex-governador dos pampas me permite, faço aqui uma sugestão de carta (na verdade, um rascunho) para que ele se dirija aos brasileiros, hoje profundamente decepcionados com o seu partido diante da descoberta de tanta roubalheira nas empresas públicas e do caos político e econômico em que se encontra o Brasil.
Vamos lá:
Brasileiros e brasileiras:
A nossa facção, entre as dezenas que existem dentro do PT, dirigisse a todos vocês, minhas senhoras e meus senhores, para dissipar algumas dúvidas quanto a honestidade da nossa agremiação e de seus honrados dirigentes que tão bem vêm servindo o nosso país nesses últimos doze anos.
Estamos sendo injustiçado por essa imprensa venal e submissa ao capitalismo selvagem. O nosso “Grande Líder”, que tanto defendeu os mais carentes, é vítima dessa elite atrasada e golpista que não gosta de pobre.
pobre.
O desvio de quase 6 bilhões da Petrobrás para as campanhas políticas do PT não é um privilégio apenas dos nosso partido. Antes, tudo isso ocorria, mas só no governo petista é que a Polícia Federal atua com mais liberdade para prender os meliantes que agora amargam os dias na cadeia, a exemplo do senhor João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do nosso partido.
O Juiz Sergio Moro e a sua equipe estão vazando informações “seletivas” para prejudicar os ministros da nossa líder Dilma Roussef. O próprio Edinho Silva, ex-tesoureiro da campanha, nosso mestre em Comunicação Social, já confessou que embolsou mais de 7 milhões de reais da UTC, mas tudo dentro da legalidade. Ele nega com veemência que era dinheiro roubado da Petrobrás.
As viagens do nosso “Grande Líder” para o exterior eram financiadas pelas empreiteiras, mas ele sempre disse que estava se sacrificando para que essas empresas pudessem se fortalecer lá fora com os empréstimos do BNDES. O nosso partido não enxerga nisso nenhuma ilegalidade. Afinal de contas, estávamos ajudando os nossos irmãos africanos, mesmo que em alguns países o povo estivesse submetido a regimes ditatoriais e sanguinários.
A presidente Dilma quando aprovou a compra de Pasadena, que deu um prejuízo de mais de 1 bilhão de reais a Petrobrás, estava bem intencionada. Ela queria que a nossa empresa fosse competitiva também no exterior. Como estadista, a nossa líder sempre pensou em um Brasil mais forte que não se subjugasse aos interesses estrangeiros.
O nosso “Grande Líder” sempre alertou que a elite não deixaria que nosso partido transformasse o Brasil em um país igualitário, com justiça social. O resultado é o que estamos assistindo diariamente: perseguição da Polícia Federal aos nossos companheiros, uma Justiça que condena antes do julgamento e ameaça de prender o nosso “Grande Líder”.
Por todo isso que foi exposto, gostaria de pedir a compreensão dos brasileiros e brasileiras para que não exagerem nas manifestações de rua contra a nossa líder, não se deixem levar por essa oposição irresponsável e inconsequente. Deem um voto de confiança à presidente Dilma que ela, com certeza, vai tirar o Brasil desse atoleiro econômico nos próximos quatro anos. Acreditem: a inflação alta, o arrocho salarial, o ajuste fiscal, o sacrifício que ora impomos aos aposentados e a corrupção são coisas passageiras.
O nosso partido, que salvou o pais da maldição da fome com o Bolsa Família, um dia ainda vai dar muito alegria a todos nós brasileiros e brasileiras. Por isso, queremos a sua compreensão e um voto de confiança na nossa presidente, que lidera o país com lucidez, seriedade e honestidade.
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