sábado, 11 de agosto de 2012

O bairro da CAXIMBA



Paulo Pimentel, o ex-vereador João Derosso e Luiz Cavichiolo, na festa para angariar fundos para ampliação da Igreja.


Memórias de João Derosso


Conheci os atuais bairros CaXimba e Campo Santana, desde os 6 anos de idade, quando minha família visitava os primos Pedro e Rosinha Derosso Pelanda. Posteriormente, já jovem e quando meu pai comprou uma caminhonete em 1948, eu e meus irmãos íamos as festas de São João e Santa Ana, isto quando não chovia, pois a velha estrada era de leito natural. Esta estrada que muitos chamavam de Tietê, que ligava Curitiba, com os atuais municípios de Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Quitandinha, Contenda, Piên, Agudos do Sul e municípios catarinenses, começando por São Bento. Com a abertura da BR116, esta estrada perdeu o movimento e foi esquecida pelas autoridades públicas. O nome Caximba, segundo antigos moradores, seria em referência a um olho de água existente numa baixada, antes da igreja, local este em que os viajantes paravam com suas grandes carroças, puxadas por três a quatro parelhas e ali descansavam e saciavam a sede e a fome dos animais.
Em 1963, como assessor do Departamento Rodoviário Municipal, pela primeira vez foi tentado o ensaibramento da estrada, usando uma jazida de pedregulho existente na propriedade do Sr. Pedro Raksa e que não foi possível pela escassez de material. Porém com muita dificuldade as obras continuaram através de uma saibreira em São José dos Pinhais. Naquela época eram poucas as famílias residentes na região que em temporada de muita chuva, tinham dificuldades para comercializar os produtos de seu trabalho. Quando em 1968, iniciei meu trabalho para a extensão da rede elétrica, lembro ainda das famílias que ali residiam e muitas possuíam pequenas olarias tocadas a cavalo ou pequenos motores a diesel. Lembro da fabrica da farinha de milho do Sr. Pedro Cavichiolo e que muitas vezes saboreei um gostoso “biju”.Lembro do bar e mercearia da família Ochiliski, da lanchonete Mama Maria de propriedade do casal Ubaldo e Vilma Paolini. Vilma a grande guerreira que sempre reivindicou benefícios para a região, com sua persistência conseguiu a nova escola,creche e posto de saúde. Saudade dos bons vinhos que degustei na chácara da família Gai. Lembro com saudades da Cachimba e Campo Santana, em que todos se conheciam e se cumprimentavam. Nesta nostalgia em lembranças, recordo que, uma das maiores granjas avícolas do Paraná que tinha como proprietário o meu grande amigo Chico Pereira. Nestas oito décadas e meia em que estou aqui gozando de muito saúde, lembro como se fosse ontem das famílias: Batista Ribeiro, Rodrigues, Pilato, Nichelle, Pereira, Raksa, Paolini,Tortato, Gai, Cavichiolo, Pelanda, Jory, Ochiliski, Pelozi, Almeida, Zanoncini, Zanom.
Através de proposição que encaminhai a Fundepar, consegui a construção da Escola Estadual Guilherme Pereira Neto. Apresentei na Câmara Municipal, projetos de lei denominando de Delegado Bruno de Almeida, a velha estrada (sr. Bruno foi o primeiro delegado do Tatuquara), denominando ainda de Dino Paolini a pracinha próxima a Igreja, de Francisca Beraldi Paolini a rua que liga ao município de Araucária, de Pedro Cavichiolo a rua que passa pela propriedade da família, onde reside o amigo Luiz Cavichiolo e outros familiares e ainda homenageando a família Pereira, denominei de Júlio Pereira Sobrinho a principal rua da vila João Bosco.

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