Mais de duas mil pessoas ligadas à luta em defesa dos direitos da pessoa com deficiência participaram, na manhã desta sexta-feira (3), de uma caminhada pela Rua XV de Novembro, em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Entre os participantes, alunos de 40 escolas municipais e estaduais de educação especial, familiares, professores, representantes de várias instituições ligadas ao setor.
Foi a quinta edição da caminhada em Curitiba, que teve como tema “A Pessoa com Deficiência tem Direitos – Respeite-os”, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o tema. O evento foi organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, com apoio da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, Fundação da Ação Social (FAS), e secretarias municipais do Trabalho e do Emprego, Saúde e Esporte e Lazer.
"Movimentações como esta servem para reforçar novas posturas em relação à vida do deficiente. São pessoas que, dentro de suas condições, buscam o respeito de toda a sociedade”, disse Denise Moraes, representante da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Mauro Nardini, vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, diz que o deficiente deste século acumula entre suas principais conquistas e existência de uma consciência própria de que a pessoa com deficiência não precisa de privilégios nem de compaixão.
“Somos pessoas cidadãs, temos na Constituição Federal a garantia de direitos fundamentais e estamos lutando para que a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência seja transformada em emenda constitucional”, afirmou Nardini.
O secretário municipal do Trabalho e Emprego, Paulo Bracarense, que também participou da caminhada, disse que Curitiba sempre esteve à frente em relação à acessibilidade. “O que precisamos é dar mais visibilidade às nossas propostas e exigir cada vez mais do poder público posturas mais cidadãs, como a criação de condições dignas de trabalho, com boa remuneração, liberdade, igualdade e segurança”, afirmou.
Bracarense disse também que a política de Curitiba é conscientizar as empresas para que se preparem para receber o trabalhador com deficiência, seja ela de qualquer natureza. A 2ª Feira do Emprego e Capacitação para a Pessoa com Deficiência fez mais de 4 mil atendimentos nesta quarta-feira (1), no Memorial de Curitiba. Mais de 700 candidatos foram encaminhados para emprego.
A especialista em atendimento a crianças com síndrome de Down, Luciana Katerberg, que trabalha numa escola estadual de educação especial, participou da caminhada pela Rua XV, acompanhada de um de seus alunos. Segundo ela, os pais, quando recebem a notícia de que o filho tem a síndrome, primeiramente levam um susto, em seguida passam por uma fase emblemática. "É como se fosse um luto pela criança que não veio como eles esperavam. Por isso, é necessário, primeiramente, trabalhar a família e depois a sociedade para que todos tenham uma convivência plena com essa criança e consequentemente com o adulto “Down”, disse Luciana
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