quarta-feira, 7 de julho de 2010
Situação dos agentes penitenciários no Paraná
Imagine como deve ser a pressão sobre um profissional que lida diretamente com presos de alta periculosidade, muitos dos quais vinculados a facções do crime organizado. Acrescente-se a isto a superpopulação carcerária e o risco de vida decorrente de rebeliões. Adicione as precárias condições de trabalho e o ambiente insalubre do dia-a-dia de trabalho. E, ainda em nosso estado, os agentes penitenciários não possuem Porte de Arma. O Paraná é um dos únicos estados do Brasil, que tal absurdo acontece. Porte de Arma, para agentes penitenciários é instrumento de trabalho. É questão de vida ou de morte, pois além da insegurança dentro dos presídios, os agentes penitenciários, muitas vezes são perseguidos, fora do ambiente de trabalho, por membros das facções criminosas, cujos chefes estão presos. Seus familiares também acabam sendo atingidos por essa violência.
Temos aí o perfil do agente de segurança penitenciária, responsável pela vigilância interna dos estabelecimentos penais; revista pessoal em presos, familiares e demais funcionários; revista de volumes e objetos levados para dentro dos estabelecimentos; revista de celas, oficinas e outras dependências internas e pela escolta de presos. O descaso do ex- governador Roberto Requião e de seu Secretário de Segurança, Delazari, para com as reivindicações da classe atingiu patamares nunca antes vistos.
A classe luta por melhores condições de trabalho, por um turno de trabalho digno, de segurança (até para os presos), de um plano de carreira (cargos e salários), pelo Porte de Arma (dentro e fora dos presídios), para que representantes da classe possam chegar aos cargos de diretoria nos presídios, por melhorias nas instalações das prisões, onde muitas estão em estado deplorável, lutam para que o presidiário tenha, enquanto cumprir sua pena, cursos profissionalizantes e que possa trabalhar em oficinas dentro do presídio. Lutam para serem ouvidos.
Quem sabe o nosso próximo governador possa ouví-los!
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