quarta-feira, 22 de setembro de 2010

No começo do ano, Requião ameaçava retaliar se Lula estivesse com Osmar

“Se o presidente Lula vier ao Paraná pedir voto para o Osmar Dias, do PDT, fecho um acordo com Serra e passo a mostrar as maracutais do PT. O candidato de Lula no Paraná tem de ser o Orlando Pessuti”.
Isso foi o que Requião disse em março a um grupo de assessores que participava de reunião no Palácio das Araucárias para tratar do ato de transmissão do governo ao vice Orlando Pessuti. Mais uma prova das contradições que cercam o grupo de Osmar e Requião.
"Lula é o impostor que acredita na impostura", disse o governador Roberto Requião (PMDB) citando Plínio de Arruda Sampaio (*), virtual candidato do PSOL à presidência da República, em entrevista à revista Carta Capital . "Ele se comporta como líder sindicalista em negociação com patrões. Não tem o pulso firme que um estadista, um chefe da Nação deveria ter", acusa Requião.
 "Na verdade o Lula está prejudicando o Estado, porque eu deixo o governo daqui alguns dias. A dívida ficará e quem paga é o povo", lembrou o governador. "A questão do Itaú versus Paraná é um bom tema para Dilma [Rousseff] discutir no aniversário do PT do Parana, em Curitiba", provocou.
Requião fez duras críticas a Lula, que em 2007 chegou a anunciar que a questão da multa aplicada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ao Estado do Paraná, por conta de títulos podres adquiridos pelo Banestado à época de sua privatização, no governo Jaime Lerner, estaria resolvida. "Eu hospedei o Lula em minha casa, quando ele era sindicalista, mas ele virou burguês, está defendendo os interesses dos banqueiros. Se você reparar bem, ele usa uma gravata diferente todo dia, seus dentes parecem pérolas de tão bem tratados, os cabelos cortados em cabeleireiro. Aliás, não é ele quem governa, é o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles", alfinetou.

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