terça-feira, 6 de junho de 2017

Dúvidas sobre Benedita da Silva


Seria uma força de expressão de Benedita da Silva a fala sobre “derramamento de sangue” no congresso da UnB na semana passada? Sim? Não?
Vamos pensar nas duas hipóteses.
Se foi apenas um amontoado de palavras estúpidas sem sentido literal, por que que o pessoal do politicamente correto, que gosta de falar presidenta, que vive por aí a cercar com censura fora de hora qualquer fala alheia, não se manifestou sobre isso?
E se, ao contrário, foi para valer, foi, de fato, a convocação para enfrentamentos violentos, destruição, mortes, por que Benedita não é chamada às falas, porque a Justiça não reclama explicações?
Se um opositor do PT, ainda que em conversa informal, o que não foi o caso de Benedita, falasse nos mesmos termos, calcule a reação.
Se de um lado temos a polícia enlouquecida em protestos e de outro, líderes de manifestantes se pronunciando desta maneira, parece que de agora em diante, o termo “manifestações pacíficas” perderá o sentido no país.

Benedita da Silva tem vasto currículo político: vereadora, deputada, senadora, secretária de Estado, ministra.
Foi vice-governadora na chapa de Anthony Garotinho no Rio de Janeiro, teve contas reprovadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal em 2002 (ano em que assumiu o governo do Rio); foi secretária, com status de ministra, da Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social, no governo Lula, e quando saiu, girava em torno dela uma polêmica, após usar recursos públicos em um evento religioso na Argentina. Devolveu o valor das diárias e das passagens após o caso ser divulgado pela imprensa. Ela foi também secretária de Assistência Social e Direitos Humanos no governo de Sergio Cabral. E em 2015 a justiça a condenou ao ressarcimento de R$ 32.094.569,03 referentes a dano causado ao patrimônio público, quando era gestora da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por fraudes em convênios entre a Fundação Darcy Ribeiro (FUNDAR) e ONGs com o Ministério da Justiça

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