O
problema da mentira, como ensinavam nossos avós, é que ela tem as
pernas curtas. Quando o mentiroso é flagrado, pode reagir de maneiras
diferentes: envergonhando-se (se tiver vergonha na cara),
penitenciando-se (quando além da admissão do erro, admite que deve pagar
por ele) ou, nos casos de pessoas de caráter flexível ou ausente, fazer
de tudo para desmoralizar quem apontou a mentira e o mentiroso. E como
numa sociedade democrática cabe à imprensa o papel de desvendar fatos,
de mostrar a sujeira debaixo dos tapetes, apontando mentiras e
mentirosos, torna-se ela alvo preferido dos que têm atos de impossível
explicação revelados à opinião pública.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está numa dessas complicadas situações. Tendo sido revelada e existência da operação de um tríplex no Guarujá (SP) por canais pouco ortodoxos, de início desmentiu o fato. Seu advogado veio a público dando explicações que só fizeram aumentar as suspeitas de mal feito. Todos, de sua família, do PT, dos aliados no governo, refutaram que Lula tivesse qualquer coisa a ver com o imóvel. Mas diante dos indícios colhidos em depoimentos - e da convocação para depor feita pela Polícia Federal -, o mais santo de todos os brasileiros decidiu que seria melhor começar a mudar a história.
Assim, nesse fim de semana, Lula, começou a admitir que o luxuoso apartamento construído pela OAS não lhe era tão desconhecido. Admitiu que, de fato, acompanhado de familiares, visitou o tríplex em questão. Mas fez questão de manifestar sua inconformidade com a acusação de que estaria praticando ocultação de patrimônio. O noticiário virou, evidentemente, uma “armação”, e o conteúdo das denúncias, “invencionices”.
Aliás, foi dessa mesma maneira que o governo, o partido e aliados se referiram às primeiras denúncias da existência do mensalão e do gigantesco esquema de corrupção na Petrobras.
A diferença é que antes os brasileiros, em sua tão cantada boa fé, acreditava em tudo, se embasbacava com o palavrório populista do grande líder. Agora, já acabou. E as urnas, em outubro, vão reduzir a expressão do PT nos municípios brasileiros.
Diário do Poder
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está numa dessas complicadas situações. Tendo sido revelada e existência da operação de um tríplex no Guarujá (SP) por canais pouco ortodoxos, de início desmentiu o fato. Seu advogado veio a público dando explicações que só fizeram aumentar as suspeitas de mal feito. Todos, de sua família, do PT, dos aliados no governo, refutaram que Lula tivesse qualquer coisa a ver com o imóvel. Mas diante dos indícios colhidos em depoimentos - e da convocação para depor feita pela Polícia Federal -, o mais santo de todos os brasileiros decidiu que seria melhor começar a mudar a história.
Assim, nesse fim de semana, Lula, começou a admitir que o luxuoso apartamento construído pela OAS não lhe era tão desconhecido. Admitiu que, de fato, acompanhado de familiares, visitou o tríplex em questão. Mas fez questão de manifestar sua inconformidade com a acusação de que estaria praticando ocultação de patrimônio. O noticiário virou, evidentemente, uma “armação”, e o conteúdo das denúncias, “invencionices”.
Aliás, foi dessa mesma maneira que o governo, o partido e aliados se referiram às primeiras denúncias da existência do mensalão e do gigantesco esquema de corrupção na Petrobras.
A diferença é que antes os brasileiros, em sua tão cantada boa fé, acreditava em tudo, se embasbacava com o palavrório populista do grande líder. Agora, já acabou. E as urnas, em outubro, vão reduzir a expressão do PT nos municípios brasileiros.
Diário do Poder
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