Ze Beto
Do Goela de Ouro:
A propaganda de Ratinho Júnior (PSC) passou a comparar o candidato a três prefeitos de Curitiba que assumiram jovens. Ney Braga, aos 37, Ivo Arzua, 37 e Jaime Lerner, 34. A ideia, óbvio, é demonstrar que a juventude não é um impedimento para uma boa administração. Os três citados eram jovens e fizeram grandes administrações. Nada impede que Ratinho Júnior, 31, também faça.
Há um problema nesse raciocínio. Além da juventude não há nada que ligue os três personagens citados a Ratinho Júnior. Ney Braga, quando se elegeu prefeito de Curitiba já havia desenvolvido uma carreira militar, havia sido secretário de Segurança do Paraná (na época chefe de polícia) e nessa posição enfrentou a guerra dos posseiros do Sudoeste do Estado se tornando conhecido em todo o Paraná.
Ivo Arzua, que faleceu neste domingo, é outra comparação inadequada. Engenheiro atuante, foi encarregado em 1953, com 28 anos, de tocar como engenheiro responsável as obras de construção do Palácio Iguaçu, além de ter desenvolvido uma carreira notável que o qualificou para se eleger prefeito de Curitiba.
Jaime Lerner é outra comparação que não faz sentido. Arquiteto e urbanista importante, já em 1965, com 28 anos, Lerner participou da criação do Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), responsável pelo Plano Diretor da cidade.
Contra esses currículos notáveis, todos em funções executivas, o que fez Ratinho? O candidato alega ter trabalhado, desde criança, nas empresas da família. Elegeu-se (graças à fama do pai, o apresentador Ratinho, segundo admitiu em entrevista a Sandro Dalpícolo a TV Globo) deputado estadual com 21 anos. Depois se elegeu e reelegeu deputado federal ainda surfando a fama do pai-apresentador.
Ser jovem não impede que alguém se torne um grande administrador. Mas os exemplos invocados por Ratinho Júnior podem ser um tiro no pé. Só serve para evidenciar, pela comparação, o quanto seu currículo é questionável para reivindicar um cargo com a importância e a complexidade da prefeitura de Curitiba.
A propaganda de Ratinho Júnior (PSC) passou a comparar o candidato a três prefeitos de Curitiba que assumiram jovens. Ney Braga, aos 37, Ivo Arzua, 37 e Jaime Lerner, 34. A ideia, óbvio, é demonstrar que a juventude não é um impedimento para uma boa administração. Os três citados eram jovens e fizeram grandes administrações. Nada impede que Ratinho Júnior, 31, também faça.
Há um problema nesse raciocínio. Além da juventude não há nada que ligue os três personagens citados a Ratinho Júnior. Ney Braga, quando se elegeu prefeito de Curitiba já havia desenvolvido uma carreira militar, havia sido secretário de Segurança do Paraná (na época chefe de polícia) e nessa posição enfrentou a guerra dos posseiros do Sudoeste do Estado se tornando conhecido em todo o Paraná.
Ivo Arzua, que faleceu neste domingo, é outra comparação inadequada. Engenheiro atuante, foi encarregado em 1953, com 28 anos, de tocar como engenheiro responsável as obras de construção do Palácio Iguaçu, além de ter desenvolvido uma carreira notável que o qualificou para se eleger prefeito de Curitiba.
Jaime Lerner é outra comparação que não faz sentido. Arquiteto e urbanista importante, já em 1965, com 28 anos, Lerner participou da criação do Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), responsável pelo Plano Diretor da cidade.
Contra esses currículos notáveis, todos em funções executivas, o que fez Ratinho? O candidato alega ter trabalhado, desde criança, nas empresas da família. Elegeu-se (graças à fama do pai, o apresentador Ratinho, segundo admitiu em entrevista a Sandro Dalpícolo a TV Globo) deputado estadual com 21 anos. Depois se elegeu e reelegeu deputado federal ainda surfando a fama do pai-apresentador.
Ser jovem não impede que alguém se torne um grande administrador. Mas os exemplos invocados por Ratinho Júnior podem ser um tiro no pé. Só serve para evidenciar, pela comparação, o quanto seu currículo é questionável para reivindicar um cargo com a importância e a complexidade da prefeitura de Curitiba.
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