Oposição vai pressionar Cunha por CPI do BNDES
Líderes
farão nova investida após Ministério Público abrir investigação para
apurar se Lula praticou tráfico de influência em operações do banco
(Foto: BNDES)
Após o Ministério Público Federal abrir
investigação para apurar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
praticou tráfico de influência em operações do BNDES, a oposição espera
contar com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
para tentar emplacar a criação de uma CPI do banco na Casa.
Para os oposicionistas, o requerimento para investigar os contratos do BNDES, protocolado no último dia 16 pelo líder do PPS, Rubens Bueno (PR), ganhou força após a veiculação da reportagem da revista Época.
A Procuradoria da República em Brasília instaurou há cerca de uma semana uma investigação formal para apurar se Lula praticou tráfico de influência internacional e no Brasil entre os anos de 2011 e 2014 para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES.
Na Câmara, o pedido para investigar os contratos do banco é o sétimo requerimento na lista de espera para formar as comissões. Apenas cinco CPIs podem funcionar simultaneamente conforme o regimento da Casa e, atualmente, quatro já estão instaladas.
Nesse sentido, parlamentares apostam na relação mais próxima com o peemedebista e no seu discurso de independência em relação ao Palácio do Planalto para que ele não renove três das quatro comissões em andamento. Cunha decide sobre o objeto e a viabilidade da criação de cada CPI. Assim, se o presidente entender que o pedido de investigação das demais é genérico, pode passar na frente o caso dos contratos do BNDES.
"Se ele entender que não existe fato determinado para as demais, ele instala a do BNDES e pronto", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). O tucano deve conversar com Cunha amanhã para reforçar a intenção de discutir os trâmites da instalação do grupo. "Todos os líderes da oposição querem essa CPI. Como existe ainda uma vaga, lutaremos por ela", afirmou Sampaio.
Fila. O presidente da Câmara, porém, não tem dado sinais de que está disposto a atropelar o trâmite. Ontem ele disse que a fila das CPIs deve ser cumprida. "Eles (líderes da oposição) sabem que é preciso esperar a vez dela", afirmou Cunha, que não acredita na possibilidade de a oposição aprovar um projeto para permitir a instalação de mais de cinco CPIs simultaneamente.
Parlamentares chegaram a discutir nos últimos dias a possibilidade de aprovar um projeto de resolução em caráter de urgência para que a Câmara autorizasse o funcionamento de seis CPIs simultaneamente. A intenção era assegurar a instalação da comissão para investigar os contratos do BNDES. Para aprovar a medida é necessário contar com 257 votos na Câmara. (AE)
Para os oposicionistas, o requerimento para investigar os contratos do BNDES, protocolado no último dia 16 pelo líder do PPS, Rubens Bueno (PR), ganhou força após a veiculação da reportagem da revista Época.
A Procuradoria da República em Brasília instaurou há cerca de uma semana uma investigação formal para apurar se Lula praticou tráfico de influência internacional e no Brasil entre os anos de 2011 e 2014 para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES.
Na Câmara, o pedido para investigar os contratos do banco é o sétimo requerimento na lista de espera para formar as comissões. Apenas cinco CPIs podem funcionar simultaneamente conforme o regimento da Casa e, atualmente, quatro já estão instaladas.
Nesse sentido, parlamentares apostam na relação mais próxima com o peemedebista e no seu discurso de independência em relação ao Palácio do Planalto para que ele não renove três das quatro comissões em andamento. Cunha decide sobre o objeto e a viabilidade da criação de cada CPI. Assim, se o presidente entender que o pedido de investigação das demais é genérico, pode passar na frente o caso dos contratos do BNDES.
"Se ele entender que não existe fato determinado para as demais, ele instala a do BNDES e pronto", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). O tucano deve conversar com Cunha amanhã para reforçar a intenção de discutir os trâmites da instalação do grupo. "Todos os líderes da oposição querem essa CPI. Como existe ainda uma vaga, lutaremos por ela", afirmou Sampaio.
Fila. O presidente da Câmara, porém, não tem dado sinais de que está disposto a atropelar o trâmite. Ontem ele disse que a fila das CPIs deve ser cumprida. "Eles (líderes da oposição) sabem que é preciso esperar a vez dela", afirmou Cunha, que não acredita na possibilidade de a oposição aprovar um projeto para permitir a instalação de mais de cinco CPIs simultaneamente.
Parlamentares chegaram a discutir nos últimos dias a possibilidade de aprovar um projeto de resolução em caráter de urgência para que a Câmara autorizasse o funcionamento de seis CPIs simultaneamente. A intenção era assegurar a instalação da comissão para investigar os contratos do BNDES. Para aprovar a medida é necessário contar com 257 votos na Câmara. (AE)
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