quarta-feira, 20 de maio de 2015

Richa desautoriza Mauro Ricardo e nega venda da Sanepar e Copel


O governador Beto Richa desautorizou, qualquer iniciativa ou plano para comercializar ações de propriedade do Estado do Paraná nas estatais Copel e Sanepar. “Não autorizei e não discuti esse assunto com ninguém”, afirmou. “Respeito a opinião pessoal do secretário da Fazenda, mas discordo dele e nunca tratei disso com ele. Não é o que eu penso. Há outras alternativas para ter recursos para novos investimentos no Paraná”, disse Richa.
“Continua intacto o meu compromisso de manter o Estado no controle acionário da Copel e da Sanepar, empresas que vêm ampliando ano após ano os seus investimentos no desenvolvimento do Paraná”, acrescentou o governador.
Nos últimos dois anos o governo manteve inalterada a sua participação na composição acionária da Copel, com 58% das ações ordinárias com direito a voto. Já na Sanepar, o governo ampliou a sua participação de 60% para 74% das ações ordinárias.

Caiu a medida judicial que impedia fiscalização direta do TCU na Itaipu Binaciona

Do Livre.jor

A medida judicial tentada pela Eletrobras (Centrais Elétricas do Brasil S.A.) para questionar investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) na Usina Itaipu Binacional foi rejeitada, na semana passada, dia 29 de abril, pelo ministro Raimundo Carreiro. Agora volta a correr o prazo de 90 dias para que membros do TCU vistoriem “in loco” as contas de Itaipu.
Essa primeira “visita” do Tribunal de Contas da União aos escritórios da usina binacional deveria ter ocorrido no mês passado, com caráter preliminar, a fim de embasar fiscalização sistemática da empresa pelo órgão de controle. Só que a Eletrobras recorreu da determinação, por julgar “obscuros”  os argumentos usados pelo TCU.
A queda de braço envolve uma mudança de postura no Tribunal de Contas da União, até então receoso em buscar informações sobre  Itaipu. Só de 2011 para cá os ministros que compõem o órgão passaram a cobrar da Eletrobras – a “controladora brasileira” de Itaipu – que ela apresentasse “informações precisas e circunstanciadas sobre o aumento das rubricas de despesas de exploração, nos últimos cinco anos, especialmente quanto aos itens Pessoal, Outras despesas e Serviços de terceiros”.
O TCU chegou a ordenar que, nos relatórios anuais de gestão da Eletrobras, na parte sobre a usina, fosse anexado “o demonstrativo analítico detalhado dos itens que compõem as Despesas de Exploração da Itaipu Binacional, incluindo os esclarecimentos pertinentes sobre a evolução dessas despesas nos últimos cinco anos”.
Óbvio que uma inédita devassa nas contas da usina gerou mídia nacional. A reportagem mais completa foi publicada pela Folha de S. Paulo, intitulada “TCU decide fazer uma fiscalização ‘efetiva e direta’ nas contas da Itaipu”.
DISPUTA LEGAL
O cerne da disputa legal entre o TCU e a Eletrobras reside no fato de a empresa ser a “controladora brasileira” de Itaipu – assim como a Ande (Administración Nacional de Eletricidad) responde pela metade paraguaia da usina. O TCU entende que a controladora brasileira deveria fiscalizar Itaipu, e faz questão que os dados decorrentes disso constem no balanço dela. A Eletrobras discorda.
No embargo de declaração protocolado, a Eletrobras diz que não pode ser considerada a “controladora brasileira”. E que é “obscuro” falar em fiscalizar a “conta nacional” de Itaipu, pois ela não existiria de fato – uma vez que o Brasil divide a movimentação com o Paraguai. Também se queixa de pouco embasamento, por parte do TCU, para o órgão de controle passar a vistoriar as contas da usina.
“O fato de a empresa Eletrobras não possuir ingerência unilateral sobre Itaipu não significa que ela não possa exercer seu direito societário (na acepção larga do termo) de exigir-lhe informações importantes à governança do empreendimento, em face de suas atribuições de controladora paritária da binacional, em conjunto com a Ande”, afirma o ministro do TCU, Raimundo Carreiro, no despacho em que rejeita o embargo de declaração.
É dele a referência ao artigo 71 da Constituição Federal, que atribui ao Congresso Nacional “fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo”. E se o TCU é órgão de apoio ao Congresso, poderia usar dessa prerrogativa, afirma Carreiro.
Só que para não se contradizer, o ministro redefiniu a ideia de “conta nacional” questionada pela Eletrobras. Diz ele que “a eventual impossibilidade de identificar nas demonstrações contábeis de Itaipu Binacional registros específicos que possam ser classificados como ‘contas nacionais’ em nada impede que o controle externo aplique, in casu, o conceito de ‘contas nacionais’ como o conjunto de informações relevantes à boa governança da empresa no que tange aos interesses da Sociedade e do Estado brasileiros, à luz dos princípios insertos nos arts. 70 e 37 da Constituição Federal (legalidade, legitimidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência). Tal é o conceito de ‘contas nacionais’ aplicável à Itaipu Binacional”.
O documento todo é muito interessante para entender os meandros da questão, e pode ser encontrado a partir desta página, Do Livre   Depois de acessar a dita cuja, clique na expressão em azul escuro “acórdão 1014/2015 …”. Você será redirecionado à análise do embargo de declaração, que possui links para todos os outros documentos relacionados ao caso – inclusive alguns da década de 1990. De resto, ficamos de olho por aqui até que a vistoria de fato aconteça.

REPÚBLICA DAS MONTADORAS


Provocou comoção no governo a demissão anunciada de 500 pessoas na Mercedes Benz. Em Brasília, com a economia paralisada, o setor de construção civil demitiu 5 mil, entre janeiro e abril, e ninguém protestou.

CASO BNDES TEM CINCO JUÍZES FEDERAIS ATUANDO


Diário do Poder

O Ministério Público Federal (MPF) adotou uma estratégia diferente, nas investigações que realiza há meses nos negócios do BNDES. Em vez de concentrar todas as iniciativas em um único magistrado, como na Operação Lava Jato (coordenada pelo juiz Sérgio Moro, titular da Vara Federal de Curitiba), desta vez o MPF diluiu os seus mais de 60 pedidos de prisão, no caso do BNDES, entre cinco juízes federais.
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Os negócios do BNDES passaram por pente fino: o MPF examinou cada contrato, os detalhes e a procedência de dezenas de denúncias.
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O Tribunal de Contas da União não consegue examinar os contratos do BNDES. Alegam “sigilo bancário” para mantê-los secretos.
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Ainda não é investigada a denúncia de que Lula teria obtido obras para a Odebrecht no exterior oferecendo financiamento barato do BNDES.
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A oposição já tentou este ano abrir a “caixa preta” do BNDES propondo CPI no Senado, mas a maioria governista inviabilizou a investigação.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Investimentos em transportes caem 37%, e o próprio ministro diz que “várias obras no País vão parar”


Investimentos em transportes caem 37%, e o próprio ministro diz que “várias obras no País vão parar”

Contas Abertas

Estudo do site Contas Abertas revela que o Ministério dos Transportes foi um dos mais afetados pela demora na aprovação do orçamento e pelo ajuste fiscal promovido pelo governo federal. De acordo com o site, a pasta aplicou 37% a menos no primeiro quadrimestre de 2015 em comparação com igual período do ano passado. Do começo do ano até o dia 28 de abril, R$ 2,4 bilhões foram investidos pelo Ministério dos Transportes. Em período praticamente igual (de janeiro a abril) do ano passado, o valor destinado às obras e compras de equipamentos foi de R$ 3,8 bilhões. Isto é, de um ano para o outro empreendimentos em rodovias e ferrovias do país perderam cerca de R$ 1,4 bilhão. O próprio ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, chegou a afirmar que “várias obras no país vão parar” por falta de recursos neste ano.

Percentualmente, a Valec, responsável pela engenharia e construção de ferrovias, teve a queda mais significativa entre as unidades orçamentárias da Pasta. Os investimentos da unidade caíram quase 45% em um ano. Passaram de R$ 587,3 milhões em 2014 para R$ 327,2 neste ano. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não ficou atrás. As aplicações da unidade ficaram 35% menores em 2015, passando de R$ 3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 para R$ 2 bilhões. O especialista em infraestrutura do Ipea, Carlos Campos, ressalta que o ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma recairá predominantemente sob os investimentos em transportes. “É onde o corte se mostra mais fácil, porém o setor sofre bastante.”. Para o especialista a queda já era esperada. “Está claro que obras novas não serão iniciadas e que o governo irá priorizar os escassos recursos para tentar completar o que já está sendo tocado”, conclui.

Na “pátria educadora”, 178 mil ficam de fora do financiamento estudantil

Alvaro Dias

Na “pátria educadora”, 178 mil ficam de fora do financiamento estudantil

Um total de 178 mil estudantes que iniciaram neste ano a solicitação de crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, não tiveram o processo consolidado. Com isso, ficaram de fora do programa, considerado uma das vitrines, na área educacional, do segundo mandato de Dilma. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o número foi apresentado pelo Ministério da Educação à Justiça Federal, que derrubou liminares que prorrogavam o prazo de inscrições no programa federal, inicialmente previsto para 30 de abril.

De acordo com a matéria, na semana passada, o ministro da Educação, Renato Janine, já havia informado que a pasta chegou ao limite orçamentário disponível (R$ 2,5 bilhões) e, por isso, prorrogar a data teria efeito “inócuo”. O governo afirma que aceitar as inscrições desse grupo de 178 mil estudantes poderia gerar impacto orçamentário e financeiro da ordem de R$ 7,2 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão somente em 2015, se considerados o valor médio das semestralidades financiadas. No ano passado, entretanto, nenhum pedido de crédito do Fies deixou de ser atendido. Este ano, em que não há eleição, o governo negou acesso ao financiamento estudantil, embora jamais tenha dito, na campanha eleitoral de 2014, que restringiria as vagas aos estudantes que desejassem ingressar no Fies.

Acusados na Lava-Jato usaram membros da família para receber e ocultar propina

Blog do Tupan

As novas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal à Justiça na quinta-feira, 14, contra os ex-deputados André Vargas (ex-PT/PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) atingiram o seio de suas famílias. Além dos políticos, foram denunciados também os irmãos de André Vargas e dois filhos e a nora de Pedro Corrêa. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

“O envolvimento de família em esquema de lavagem de dinheiro não é um fenômeno recente, é algo que reconhecido como uma tipologia internacional de lavagem de dinheiro há muito tempo. Familiares são escolhidos para fazer este tipo de tarefa, porque são pessoas de estreita confiança dos criminosos, e eles podem acreditar e confiar que aquelas pessoas não vão narrar estes crimes para frente, não vão confessar e reconhecer contra sua vontade”, explica o procurador Deltan Dallagnol, que integra a força tarefa da Lava-Jato.
Os ex-parlamentares são acusados de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato. André Vargas é acusado também de organização criminosa. Ele tem 51 anos e é o mais velho dos três irmãos denunciados – Milton tem 49 anos e Leon, 47.
Segundo o Ministério Público Federal, entre 26 de outubro de 2010 e 2 de abril de 2014, após a deflagração da Operação Lava-Jato, os três irmãos, o publicitário Ricardo Hoffmann e outras pessoas não identificadas, “de modo consciente, voluntário, estável e em comunhão de vontades, promoveram, constituíram e integraram, pessoalmente, uma organização criminosa que tinha por finalidade a prática de crimes de corrupção ativa e passiva em face da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde e a lavagem dos recursos financeiros auferidos desses crimes”.
A Procuradoria aponta que, entre os meses de junho e dezembro de 2011, André Vargas foi pessoalmente por quatro vezes ao escritório do doleiro Alberto Youssef. Entre abril de 2013 e fevereiro de 2014, Leon Vargas visitou o local por 18 vezes. Milton Vargas esteve 6 vezes no escritório de Youssef, entre maio de 2013 e novembro de 2013.
Personagem central da Lava-Jato, Alberto Youssef operava propina para o PP no esquema de corrupção instalado na Petrobrás e desbaratado pela força-tarefa de procuradores da República e delegados da Polícia Federal. O PP, o PT e o PMDB são suspeitos de lotear diretorias da Petrobrás para arrecadar entre 1% e 3% de propina em grandes contratos, mediante fraudes em licitações e conluio de agentes públicos com empreiteiras organizadas em cartel.
Pedro Corrêa, de 67 anos, e a filha Aline Corrêa, de 42, teriam sido beneficiários do esquema. Foram denunciados com eles outro filho de Pedro Corrêa, Fábio Corrêa de Oliveira Andrade Neto, de 43 anos, e Márcia Danzi Russo Corrêa de Oliveira, 40, nora do ex-deputado.
“Por isso, inclusive, nós vemos que das diversas pessoas que reconheceram a prática dos crimes, mesmo pessoas envolvidas, como por exemplo o assessor parlamentar que trabalhava no gabinete, num esquema comum com outras pessoas familiares”, afirma Deltan Dallagnol.
“Esse ex-assessor reconheceu a prática dos crimes, enquanto os familiares não reconheceram. Essa é uma prática que vem de longa data, muito comum.”
O investigado a quem o procurador se refere é o ex-assessor parlamentar de Pedro Corrêa, Ivan Vernon, de 61 anos, também denunciado. Ele chegou a ser preso temporariamente em abril, na mesma data que foi pedida a prisão do ex-deputado.
Na época das prisões, a comerciante Vera Lúcia Leite Sousa Shiba, dona de uma banca de jornal em Brasília, disse à Polícia Federal que a partir de 2006 trabalhou no gabinete de Pedro Corrêa. Em troca do emprego, ela afirmou que teve de fechar acordo com Ivan Vernon: repassava ao assessor de Pedro Corrêa metade de seus vencimentos.
“Além do recebimento de vantagens indevidas pessoalmente, Pedro Corrêa recebia a propina, no período compreendido entre 14 de maio de 2004 e 17 de março de 2014, por meio do comparecimento de emissários ao escritórios de Alberto Youssef na cidade de São Paulo, entre eles Fábio Corrêa e Márcia Danzi, em valores que giravam em torno de R$ 50 mil e R$ 200 mil por recebimento”, diz a denúncia do Ministério Público Federal.
“Os registros de entrada no escritório de Alberto Youssef apontam que Fábio Corrêa realmente compareceu no local por pelo menos 33 vezes nas datas acima especificadas, para receber vantagens indevidas em nome de seu genitor”, aponta a Procuradoria.
A denúncia da Procuradoria revela que em 28 de setembro de 2012 Pedro Corrêa, por meio de Fábio Corrêa, recebeu a quantia de R$ 35 mil no escritório de Youssef. Em 2 de outubro de 2012, o filho do ex-deputado teria recebido R$ 55 mil, e em 3 de outubro de 2012, R$ 35 mil.
“Em depoimento prestado em sede policial, Rafael Ângulo (entregador de dinheiro de Youssef e novo delator da Lava Jato) declarou que Fábio Corrêa foi várias vezes ao escritório de Alberto Youssef receber valores em espécie de Pedro Corrêa. Relatou, em acréscimo, que Fábio Corrêa apresentava contas para pagamentos e listas de pessoas físicas e jurídicas para que fossem creditados valores, ai incluída a conta corrente do escritório do próprio Fábio Corrêa e da empresa do cunhado Laudo Dalla Costa, a Dalla Costa Consultoria LTDA”, afirma trecho da denúncia.
Ouvido na Polícia Federal, Fábio Corrêa alegou que não se recordava de ter comparecido ao escritório de Alberto Youssef em São Paulo, apesar de conhecer o doleiro. Márcia Danzi afirmou que não conhecia o doleiro.

União quer devolver 1.000 km de estradas federais ao Paraná

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Estados que atravessam crise financeira estão prestes a receber do governo federal mais uma fonte bilionária de gastos. A União pretende devolver a governadores milhares de quilômetros de rodovias federais que tinham sido incluídas em um antigo acordo que está perto de expirar. São 14,5 mil quilômetros de trechos pelo país, o equivalente a 19% da rede rodoviária federal. As informações são d’O Paraná
Desde a década passada, o Ministério dos Transportes assumiu a responsabilidade sobre a conservação desses trechos. O acordo inclui trabalhos de recapeamento e pavimentação.
A articulação pela devolução já começou. Os estados mais afetados são alguns dos que possuem os maiores problemas de caixa: Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Só em Minas, que já tem a maior malha rodoviária do país, serão 6.000 quilômetros a mais para o Estado administrar.
O governo do Paraná estima que os quase 1.000 km de rodovias que a União quer devolver representarão um gasto para o cofre estadual de ao menos R$ 200 milhões ao ano. Também afirma que o Dnit ficará responsável pela conservação de apenas 700 km no Estado. Os demais são explorados por concessionárias.

Rosemary Noronha, a do Lula, denunciada por improbidade


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A ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, amiga do ex-presidente Lula, foi denunciada pelo MPF por improbidade administrativa como desdobramento de irregularidades levantadas na Operação Porto Seguro, deflagrada em novembro de 2012. Rose já é alvo de uma ação criminal por corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica. As informações são d’O Globo.
Na denúncia apresentada no dia 30 de abril, são listados os favores recebidos pela ex-chefe do escritório da Presidência para fazer indicações de nomeações e marcar reuniões para o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Vieira. Rose também é acusada de indicar o irmão de Paulo, Rubens Vieira, para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os irmãos Viera comandariam uma quadrilha de venda de pareces em órgãos federais. Eles também foram denunciados por improbidade administrativa na nova ação proposta pelo MPF.
Ao analisar a denúncia de improbidade administrativa, o juiz José Henrique Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal, disse que entre Rose e os irmãos Vieira “havia uma identidade de propósito consistente em se beneficiarem reciprocamente através das diversas condutas ímprobas que lhes são imputadas”. O juiz cita o favorecimento da empresa Tecondi, que explora terminais no Porto de Santos (SP), em processos no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e ingerência da ex-chefe do escritório da Presidência da República no Ministério da Educação.
A Operação Porto Seguro revelou que Rose obteve para o seu ex-marido José Cláudio Noronha um diploma universitário falso para que ele pudesse ser nomeado para o conselho de administração da BrasilPrev, seguradora do Banco do Brasil. José Cláudio também foi denunciado por improbidade administrativa, assim como José Batista de Oliveira Vasconcelos, outro ex-marido de Rose. A empresa de Vasconcelos conseguiu um contrato com a Cobra, braço tecnológico do Banco do Brasil.
Durante as investigações, foi descoberto ainda que Rose e Paulo Vieira planejavam abrir uma escola de inglês. A unidade, da rede Red Ballon, registrada em nome de Meline e Mirelle, as duas filhas de Rose, e de seu ex-marido Noronha, começou a funcionar no início do ano passado, em São José dos Campos (SP).
Ao analisar a denúncia de improbidade administrativa, o juiz Prescendo declinou da competência para conduzir a ação e determinou a remessa do processo para Brasília porque outras ações civis relacionadas à Operação Porto Seguro já correm na capital federal. O juiz determinou ainda o sigilo sobre o processo por causa da existência de documentos decorrentes da quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário dos réus. O Ministério Público Federal recorreu para que o processo seja mantido em São Paulo.

Ajuste fiscal trava concessão de bolsas para pós-graduação


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O programa de bolsas de estudo para doutorado no exterior está suspenso desde abril
Veja
Sem definição orçamentária por causa do ajuste fiscal do governo federal, a concessão de bolsas para o Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) está suspensa temporariamente desde abril. O programa permite ao aluno de pós-graduação fazer parte da pesquisa em uma universidade estrangeira.
Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pela concessão das bolsas, a análise dos pedidos voltará a ser feita após a definição do orçamento, o que deve ocorrer na próxima semana. O órgão orientou os alunos a aguardar.
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) estima que ao menos 50 alunos já tenham perdido prazos por causa da suspensão. A concessão das bolsas só é autorizada depois que o aluno apresenta, entre outros documentos, a aprovação formal de sua admissão na instituição de destino.

Lei e ética rasgadas


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Correntes jurídicas defendem de forma clara e objetiva a necessidade de sigilo da investigação criminal para não prejudicar a própria apuração dos possíveis crimes denunciados. A precipitação na divulgação de dados implica, ainda, em dar brechas para que o denunciado se antecipe e crie barreiras para se proteger e dificultar o trabalho dos investigadores. Sob este ponto de vista, como explicar a decisão do promotor de justiça Jorge Barreto da Costa, representante do Ministério Público do Paraná (MPE-PR), de conceder entrevista confirmando dados informados em depoimento pelo auditor fiscal da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza, preso e acusado de corrupção e exploração sexual de menores?
Acolhido pelo instituto da colaboração premiada, que concede benefícios aos réus envolvidos em processos criminais que, de certa forma, fornecem informações e provas que contribuam com as investigações de delitos, Souza contou ao MPE-PR que atendeu pedido de Marcio de Albuquerque Lima e lhe repassou dinheiro – fruto de seus atos de corrupção – que supostamente serviriam a campanha de reeleição do governador paranaense Beto Richa (PSDB). Então inspetor-geral da Receita Estadual, Marcio de Albuquerque Lima também foi preso e é apontado pelo Ministério Público como líder do esquema de corrupção que cobrava propina para relaxar autuações a empresas devedoras de impostos ao Estado.
Ao quebrar o sigilo do processo criminal, mesmo só tendo em mãos a declaração oral de Luiz Antônio de Souza, o promotor Jorge Barreto da Costa quebra a regra de que, para revelar detalhes do depoimento, é preciso oferecer ação penal contra os acusados. Isso não aconteceu. Não há ação penal movida contra Richa ou qualquer um dos membros do comitê financeiro de sua campanha. Aliás, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) aprovou as contas do PSDB referentes ao pleito de 2014. E mais: acabou o prazo para a impugnação da eleição. Nem o inciso LV, do artigo 5.º da Constituição Federal, que assegura o contraditório e a ampla defesa aos acusados, foi observado. Um atropelo à Carta Magna.
O ataque às leis, às doutrinas, ao sentido de responsabilidade e à ética se aprofundou com as declarações do advogado Eduardo Duarte Ferreira, titular na defesa de Luiz Antônio de Souza. Ele apontou que seu cliente jamais citou nominalmente Richa em seu depoimento e que nunca estabeleceu contato com o governador. Piorou quando o promotor Jorge Barreto da Costa disse que tudo o que foi dito – e só dito – será apurado através de investigações e diligências. Então, onde estão os fatos concretos que deveriam nortear a divulgação do teor das declarações do auditor fiscal preso? Ao que consta, os benefícios da colaboração premiada homologada judicialmente são, de fato, concedidos a quem fala e prova.
O advogado Eduardo Duarte Ferreira revelou o que talvez seja o mais grave: o esquema de corrupção na Receita Estadual começou há 30 anos. Isso extrapola, e muito, os quatro anos e cinco meses das gestões de Richa. Como todas as outras denúncias feitas dentro do processo criminal em tela, isso também merece ser apurado com rigor. Porém, sua divulgação vai parar no fundo de páginas de jornais, nos rodapés de sites e blogs. O que vale, no momento, é desgastar ao máximo a imagem pública do governador tucano na tentativa de “equilibrar” o noticiário pesado do “petróleo” petista. Ou será uma forma de agradar o principal cliente? As verbas de publicidade do governo federal são polpudas e tem um poder indescritível de ditar linhas editoriais.
Nessa onda do denuncismo barato, sobram perguntas:
– Se o esquema de corrupção na delegacia da Receita Estadual em Londrina funciona há três 30 anos, qual é o motivo para tentar envolver somente o atual governo do Paraná?;
– Segundo o advogado do delator (Luiz Antônio de Souza) preso por corrupção e exploração sexual de menores, Eduardo Duarte Ferreira, ele não teve qualquer contato com o atual governador. Então, como confiar num suposto pedido de recurso feito pelo também investigado Márcio de Albuquerque Lima?;
– E, por que expor o governador Beto Richa se o próprio promotor de Justiça Jorge Barreto da Costa confirma que há diligências e investigações em curso para que as denúncias feitas pelo delator sejam comprovadas?

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ideli, Carvalho e Planalto tinham conhecimento de esquema de corrupção, diz Youssef

De São Paulo

  • Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
    O doleiro Alberto Youssef presta depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Justiça Federal em Curitiba, no Paraná O doleiro Alberto Youssef presta depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Justiça Federal em Curitiba, no Paraná
O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta segunda-feira, 11, que havia anuência do Palácio do Planalto com o esquema que operava para o PP dentro da Petrobras. Em depoimento a integrantes da CPI que investiga o escândalo na estatal, que foi a Curitiba para ouvi-lo, Youssef relatou que "em determinado momento, houve um racha no Partido Progressista". "Essa situação foi parar no Palácio (do Planalto). Paulo (Roberto Costa, ex-diretor da estatal) deixou claro para Nelson Meurer (PP-PR) que o Palácio tinha que indicar um interlocutor", disse o doleiro à CPI.
Perguntado, Youssef disse que os pontos de contato com o Planalto eram os ministros Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. "Em 2012 ou 2011 houve um racha no Partido Progressista e foi motivo de discussão entre líderes governistas, onde houve queda do Nelson Meurer. O Arthur de Lira assumiu a liderança do partido. Isso foi discutido tanto pelo líder Nelson Meurer como pelo Arthur de Lira e Ciro Nogueira, como foi discutido com Gilberto Carvalho e Ideli. Paulo Roberto Costa deixou claro que esse assunto teria que chegar através do Palácio a quem ele iria se reportar", respondeu Youssef ao ser questionado pelo deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP).
Youssef disse que, em sua opinião, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff também sabiam do esquema, mas o doleiro afirmou que não teria como confirmar a informação.

Vaccari

Youssef repetiu partes de seus depoimentos que contrariam a defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ele afirmou que encontrou pessoalmente com Vaccari em restaurantes e disse que, em 2014, o então tesoureiro foi pessoalmente a seu escritório, mas em um momento em que não estava presente para recebê-lo.
O doleiro reafirmou também ter entregado pessoalmente remessa de R$ 400 mil para a cunhada de Vaccari, Marice Lima, e ter feito outra entrega em dinheiro no diretório do PT.

Lei do desarmamento põe na ilegalidade milhões de brasileiros honestos


Salesio Nuhs

Salesio Nuhs

Especial para o UOL 

A recente instalação de uma comissão especial no Congresso Nacional que avaliará um projeto de lei sobre a aquisição e controle de armas e munições no país reacendeu o debate sobre o assunto.
Institutos e ONGs contrárias à proposta fomentam na mídia acusações, dados e argumentos falaciosos, principalmente no que se referem a financiamentos da indústria de armas e munições a campanhas eleitorais de parlamentares que compõem esse grupo.
De acordo com critérios estabelecidos pela Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições, dos 27 membros titulares da Comissão Especial apernas 2 deputados receberam repasses da indústria de armas e munições. E, dos 13 membros suplentes, 3 obtiveram doações.
Ou seja, no total de 40 parlamentares, 5 (12,5%) receberam doações da indústria. Com números tão baixos de parlamentares apoiados, é nítido que as doações não garantem capilaridade ou força para beneficiar interesses próprios.
Outro argumento falacioso utilizado por institutos e ONGs desarmamentistas é o de que apesar da população ter rejeitado o desarmamento no referendo realizado em 2005, a venda de armas e munições vem sendo amplamente respeitada desde então. Fato é que o Estatuto do Desarmamento estabelece uma burocrática política para a aquisição, registro e controle de armas por cidadãos de bem no país e que, em 12 anos, não funcionou no combate à ilegalidade.
A autorização para posse ou porte de arma de fogo é discricionária. Assim, não basta a apresentação dos documentos previstos em lei e da aprovação em testes técnicos e psicológicos. A decisão fica exclusivamente por conta do órgão regulador. E, sabemos, a atual política adotada pelo governo é a do desarmamento dos cidadãos.
Além disso, em virtude da exigência de renovação dos registros de armas de fogo a cada três anos, do excesso de burocracia e da inexistência de estrutura do órgão responsável pelos registros, atualmente a lei do desarmamento está colocando na irregularidade quase nove milhões de brasileiros honestos.
Segundo o Ministério da Justiça, mais da metade das cerca de 16 milhões de armas de fogo que estão nas mãos dos cidadãos sequer está registrada no Sistema Nacional de Armas (SINARM), e encontra-se em situação irregular. Em 2010, havia 8.974.456 de armas de fogo com registro ativo. Já em 2014, o número passou para cerca de 270 mil.
Essa situação alimenta o comércio ilegal, pois munições legais – vendidas em lojas especializadas, cadastradas, controladas e fiscalizadas pelo Exército Brasileiro e Polícia Federal – só podem ser adquiridas se a arma tiver registro ativo. Como milhões não o têm, seus proprietários buscam outras formas para adquirir o produto.
Evidentemente, a indústria de armas e munições defende um mercado legal, controlado e onde o direito do cidadão à legitima defesa não é violado – diferentemente de ONGs que defendem uma situação na qual aproximadamente nove milhões de brasileiros estão na irregularidade, alimentando o mercado ilegal.
Em um país em que mais de 56 mil pessoas são mortas por ano e no qual apenas 8% dos homicídios são esclarecidos, não é honesto afirmar que a posse de arma de fogo por cidadãos de bem é responsável pela letalidade dos conflitos, muito menos que o Estatuto do Desarmamento evitou milhares de mortes após dez anos de vigência. Em 2012, ano mais recente contabilizado pelo Mapa da Violência, houve o maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980.
Tráfico de armas
Quem defende o desarmamento afirma ainda que a maioria das armas utilizadas para o cometimento de crimes no Brasil tem origem nacional, que entraram legalmente no mercado e, em algum momento, foram desviadas para a mão de criminosos. Ora, como é possível afirmar com precisão as causas dos homicídios registrados no país ou de onde vêm as armas utilizadas pelos criminosos se o índice de elucidação criminal no Brasil é de apenas 8%, geralmente crimes de menor complexidade? E os outros 92%?
Recentemente, a polícia do Rio de Janeiro descobriu uma nova rota do tráfico internacional de armas. Fuzis automáticos têm sido apreendidos em número recorde e, segundo a polícia, grande parte deles vem da Venezuela. Apenas em 2014, foram 126 armas desse tipo apreendidas com criminosos no Estado. Muitos dos fuzis apreendidos foram fabricados recentemente e estavam em uso havia pouco mais de três anos. Esta é uma prova de que o tráfico de armas continua em alta.
É imperioso considerar, ademais, que parte das dificuldades brasileiras está na escassez de bases de informações confiáveis no tema, dado o caráter ilegal de boa parte do comércio de armas. Muitas das armas de fogo em situação ilegal sequer chegam a ser apreendidas pela polícia e continuam nas mãos de criminosos, o que compromete os dados analisados em pesquisas.
Com isso, ao contrário do que algumas ONGs desarmamentistas informam, não é possível afirmar que as armas legais dos cidadãos é que abastecem o crime organizado. O que caracteriza apenas uma tentativa de transferir para o cidadão de bem e à indústria de armas e munições a responsabilidade e ônus do cenário crítico.
Estamos diante de interesses claros. As empresas de armas e munições são nomeadas em decreto pelo ministério da Defesa como Estratégicas de Defesa, e que estão capacitadas tecnologicamente para fornecer para a segurança pública e às Forças Armadas produtos no estado da arte, com tecnologia própria e sem dependência econômica do governo federal.
O interesse da indústria de armas e munições é no mercado legal, que emprega, gera impostos e divisas nas exportações e que respeita o direito dos cidadãos a legítima defesa.
A sociedade brasileira também já se posicionou sobre o assunto em referendo realizado no país contra a proibição do comércio de armas e munições. Inclusive, continua se posicionando igualmente em recentes enquetes presentes na mídia e mais uma vez terão a oportunidade de se expressar nas audiências que serão promovidas pela comissão especial em todas as regiões do país.

Rastreador via GPS poderá ser exigido no transporte escolar


Em Curitiba, os proprietários de veículos que executam o serviço de transporte escolar podem ser obrigados a instalar rastreadores por satélite. Esta é a proposta de Chico do Uberaba (PMN), lida na sessão plenária desta terça-feira (5). De acordo com o texto (005.00102.2015), o objetivo é “contribuir com a segurança e integridade das crianças transportadas e do motorista, servindo de ferramenta eficaz para o combate ao crime”.

A proposta condiciona a instalação do rastreador como requisito obrigatório para a emissão de alvará e sua renovação. O custo da instalação e manutenção do equipamento ocorrerá por conta do proprietário do veículo. E o prazo para adequação à norma – caso seja aprovada pelo Legislativo e sancionada – é de 120 dias a partir de sua publicação no Diário Oficial do Município (DOM).

Segundo a justificativa do projeto, os atrasos ocasionados pelos congestionamentos nas ruas de Curitiba geram muita preocupação aos pais e responsáveis pelos alunos transportados. O parlamentar acredita que a situação poderia ser amenizada com a instalação do um rastreador, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global), por exemplo.

“Outra justificativa para a implantação do projeto em questão é o fator segurança, considerando que na eventualidade de qualquer desvio de rota por qualquer motivo, seja ele motivado pelo motorista ou até mesmo por eventual sequestro ou outros motivos de força maior. A tecnologia de rastreamento está muito avançada e os custos dos equipamentos estão bem acessíveis”, defende Chico do Uberaba.

Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei entra em vigor na data de sua publicação. O Poder Executivo terá 120 dias para regulamentar a norma, a partir da sanção.

Redução de funcionários em escolas é comum em janeiro, diz SME


O vereador Professor Galdino (PSDB) questionou, no dia 4 de março, o motivo da aparente redução no número de funcionários de limpeza nas escolas municipais (062.00083.2015). Três semanas depois a Secretaria Municipal de Educação (SME) respondeu dizendo que isso ocorre normalmente no começo do ano, uma vez que é feita a adequação “de postos de serviço de limpeza e conservação ao número de alunos matriculados”.

“Nos meses de janeiro há uma redução do número de postos de serviços que atendem as demandas do Programa Comunidade Escola, Pró Jovem e Faróis do Saber. No mês de fevereiro atuamos com o quadro completo de postos de serviços de limpeza nas unidades escolares”, garantiu a SME. A resposta consta no ofício 128-EM/GTL, no qual a secretaria também listou a quantidade de trabalhadores, por contrato, em fevereiro de 2013 e de 2015.

Dois anos atrás, somando os contratos 19.297, 19.298, 19.299 e 19.300, trabalhavam na limpeza das escolas municipais 1.221 serventes e 184 encarregadas. Em fevereiro de 2015, observando os mesmos contratos, diz a SME, estiveram em atividade 1.019 serventes e 166 encarregadas. Sobre esses números, o Executivo justificou que a “rotina diária do serviço a ser executado foi reorganizada objetivando a melhoria da produtividade e a diminuição do período de ociosidade”.

Clima de barata voa



Publicado no Estadão
ELIANE CANTANHÊDE
O clima no poder é de barata voa, cada um tentando se “descolar” do outro e se esfalfando para salvar a própria pele. Aliás, esse é o verbo da moda em Brasília: todo mundo tenta se “descolar” de todo mundo.
O PT se “descola” da presidente Dilma Rousseff e se agarra ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de fugir de um pronunciamento pela TV no Primeiro de Maio, Dia do Trabalho, a presidente foi empurrada para fora da propaganda do seu próprio partido, terça-feira à noite. E a grande estrela foi, ou era para ser, Lula. O que é muito estranho.
Afinal, Dilma já bateu no fundo do poço, com seus míseros 13% de aprovação, e nem fazendo muito esforço para errar será capaz de cair mais ainda. Já Lula está em pleno processo de queda. Já perdeu 21 pontos, segundo as últimas pesquisas, e muito possivelmente continua deslizando ladeira abaixo junto com o governo que patrocinou e o partido que criou.
O PT, portanto, parece viver aquela clássica situação: se ficar, o bicho Dilma come; se correr, o bicho Lula pega. Ponha Dilma ou ponha Lula na TV, a sangria e os panelaços continuam.
Se o PT tenta se “descolar” de Dilma, a recíproca é verdadeira. Foi o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, – do PT, frise-se – quem declarou a repórteres que é “um erro” misturar cotidianamente o governo ao partido e que não cabe ao governo, mas ao partido, responder sobre o último panelaço (o de terça, durante o programa petista).
Entre a presidente e o PT, Lula fica com uma terceira entidade: ele mesmo. Tenta se “descolar” das lambanças do PT e dos erros abundantes da sucessora, mas precisa do PT, tanto quanto o PT precisa dele, e não pode bater de frente com Dilma nem com um governo que ele critica há tempos, de manhã, à tarde e à noite. Afinal, o partido é ele, e Dilma só virou o que virou por sua culpa, sua máxima culpa.
O resultado de tanto cola-descola é que o programa de TV do PT ficou sem pé nem cabeça, Lula decidiu satanizar a terceirização da mão de obra e Dilma saiu da tela para virar espectadora, enquanto o PMDB chamou o PT às falas, cobrando que suas bancadas assumissem as restrições trabalhistas e previdenciárias determinadas pela presidente. Ou seja: o PMDB obrigou o partido do governo a se comportar como partido do governo.
E, afinal, contra quem e contra o quê foram os panelaços? Será que o 8 de Março foi só contra Dilma? Será que o da terça-feira, durante o programa do PT, foi só contra o PT? E será que nenhum dos dois foi contra Lula? Ou será que os panelaços passados, presentes e futuros foram, são e serão contra Dilma, Lula e o PT?
Por mais que Lula tente se “descolar” de Dilma, Dilma tente se “descolar” do PT e o PT tente se “descolar” de Dilma, eles estão todos colados, senão para sempre, seguramente hoje, nestes tempos de crise. E não há remédio para esse trio de siameses, a não ser uma cirurgia radical, como a que Marta Suplicy fez e outros estão na fila para fazer.
É nesse clima que o velho PT de guerra passa por situações nunca antes imaginadas, como manifestações históricas, panelaços, buzinaços e o circo no plenário na votação do ajuste fiscal, com a oposição batendo panela e as galerias jogando dólares falsos com as caras de Lula, Dilma e Vaccari. O petista Weliton Prado, que votou contra, corre o risco de virar herói.
Se Lula acha que radicalizar contra a terceirização será suficiente para reverter o clima e reaproximar o PT das bases, dos sindicatos, das massas e da opinião pública em geral, pode estar tremendamente enganado. Pois, se algo realmente se descolou de algo, foi o PT que se descolou da maioria do eleitorado brasileiro.
Fachin. É inacreditável que Dilma tenha levado nove meses para indicar o novo ministro do Supremo e tenha escolhido um procurador que atuava simultaneamente como advogado. É inconstitucional e o STF é justamente o garantidor da Constituição.

Conta amarga


aécio neves222
Aécio Neves:
A conta do populismo e da irresponsabilidade da gestão petista começa a chegar ao bolso dos brasileiros. E ela será bem alta, especialmente para os que menos têm.
Na contramão da economia global, que crescerá 3,5% este ano, o Brasil está no pequeno grupo de 16 entre 189 países que caminham para a recessão, segundo o FMI.
O PIB encolheu, o salário real teve a sua maior queda desde 2004, segundo o IBGE, e o desemprego encosta nos 8%, pelos dados da PNAD. A inflação acelerou, superando 8% em doze meses e em apenas quatro meses deste ano já superou 4,5%, a meta oficial para o ano.
Diante de tamanha deterioração, o governo promove uma das mais chocantes mutações já registradas em nossa história contemporânea, adotando uma política de arrocho que contraria tudo o que sempre pregou e havia prometido em campanha. A receita é rudimentar e injusta: aumento de tributos, elevação das tarifas públicas e corte de benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial.
Ao se recusar a fazer as reformas que o país demanda, ao inventar uma nova matriz econômica que desorganizou as contas públicas e ao impor uma política de crescimento baseada quase que estritamente no consumo, o governo colocou em risco inúmeras conquistas brasileiras. E, agora, chama a sociedade para pagar a conta de suas escolhas erradas.
Encorajado a consumir e se endividar, o cidadão caiu em uma cilada. Nada menos que 55,6 milhões de brasileiros estão sem condições de arcar com suas dívidas e os juros continuam subindo. Em conjunto, esta dívida chega a R$ 235 bilhões. O brasileiro está mais pobre, mais pessimista e se sentindo mais desprotegido.
A tendência é que este quadro se agrave, com a alta do desemprego. As famílias fazem o que podem –cortam despesas, criam alternativas como as compras em grupo no atacado e começam a sacar sua poupança.
Na contramão da população, o governo é incapaz de fazer qualquer gesto de alguma responsabilidade, como, por exemplo, reduzir a paquidérmica estrutura de Estado –ministérios em profusão e milhares de cargos que servem exclusivamente à garantia de apoio da sua base congressual, como assistimos agora nas votações do chamado ajuste fiscal.
O que ainda esperar do petismo? O pacote de maldades parece que está só no começo. Os investimentos sociais já desabaram e mesmo na área onde brilha o slogan “Pátria Educadora” o dinheiro secou, como é o caso do Fies.
E a emoldurar tudo isso temos uma presidente que não consegue se manifestar sequer em cadeias de rádio e TV e que demonstra receio em participar de eventos públicos, como agora, quando cancelou a agenda no Rio para comemorar os 70 anos da vitória dos aliados.
E são apenas cinco meses de governo.
Aécio Neves é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB –

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mãe Curitibana I


Julieta Reis (DEM) criticou a mudança no programa “Mãe Curitibana”, cuja unidade do bairro São Francisco deixou de ser uma clínica de referência no atendimento às gestantes, para assistir pacientes em outras especialidades. “Isto é um retrocesso para o município”, disse a vereadora, que citou reportagem do Jornal Gazeta do Povo de 1º de maio (versão online publicada no dia 30 de abril), que explica que o local foi transformado em unidade de saúde da família. (Foto 4)

Mãe Curitibana II
“A gestante sempre foi atendida em todas as unidades de saúde, mas quando havia algum problema que exigia um especialista, ela era encaminhada à unidade do Mãe Curitiba. A unidade especializada trazia uma tranquilidade grande para a mulher. E agora perdemos esta unidade de referência. A mãe curitibana agora terá de ser tratada por uma equipe de saúde da família, que nem sempre possui um obstetra. A mudança no atendimento da unidade foi uma perda para a mulher”, disse Julieta.

“Carros abandonados competem à polícia”, diz prefeitura


Em resposta a de pedido de informações encaminhado à prefeitura, pelo vereador Tico Kuzma (PROS), o Executivo afirmou que providências em relação aos veículos abandonados são competência das autoridades policiais (062.00095.2015).

Em 18 de março, a Secretaria de Trânsito (SETRAN) informou que remove veículos somente em virtude de infrações cometidas pelos condutores. Na hipótese de abandono e, mediante o risco de furto ou roubo, os cidadãos devem entrar em contato com a polícia.

O requerimento de Kuzma questionava a aplicação da lei municipal nº 13.805/11, que dispõe sobre a remoção de veículos abandonados em logradouros públicos. O vereador conta que foi informado sobre a situação específica de um veículo, abandonado desde setembro de 2014, nas esquinas das ruas Santana do Itararé e Cidade de Ouro. Segundo ele, mesmo após contato com o serviço 156, nenhuma providência foi tomada.

Mundo animal


Conhecido por sua defesa aos animais, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) conseguiu aprovar na Câmara projeto de lei que prevê cadeia para quem maltratar bichos. Tripoli está sorrindo à toa.

Petrobras premiou esquema da gráfica Atitude

Diário do Poder


Aparelhada pelo PT, a Petrobras conferiu seu prêmio de Jornalismo de 2013 à TVT, emissora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligada à Gráfica Atitude e à CUT, todos controlados pelo partido. Usada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para “lavar” dinheiro afanado da Petrobras, a Editora Gráfica Atitude integra a rede de comunicação dos sindicatos dos Bancários de São Paulo e dos Metalúrgicos do ABC.
Os sindicatos são donos da “Revista do Brasil”, da gráfica Atitude, da Rádio Brasil Atual, da agência de notícias RBA e de mais dois jornais.
Em 2013, a TVT, a “TV do Lula”, ganhou licença da Anatel e aval do governo para transferir suas antenas São Caetano para a Av. Paulista.
Por ordem de Lula, o então ministro Paulo Bernardo (Comunicações), investigado na Lava, deu aval à transferência das antenas da TVT.
A TVT, um presente de Lula, está em nome de Fundação Sociedade Comunicação dos sindicatos dos bancários e dos metalúrgicos do ABC.

Possibilidade de tráfico de influência de Lula motiva oposição


Oposição vai pressionar Cunha por CPI do BNDES

 
Diário do Poder
Líderes farão nova investida após Ministério Público abrir investigação para apurar se Lula praticou tráfico de influência em operações do banco (Foto: BNDES)
Após o Ministério Público Federal abrir investigação para apurar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticou tráfico de influência em operações do BNDES, a oposição espera contar com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tentar emplacar a criação de uma CPI do banco na Casa.
Para os oposicionistas, o requerimento para investigar os contratos do BNDES, protocolado no último dia 16 pelo líder do PPS, Rubens Bueno (PR), ganhou força após a veiculação da reportagem da revista Época.
A Procuradoria da República em Brasília instaurou há cerca de uma semana uma investigação formal para apurar se Lula praticou tráfico de influência internacional e no Brasil entre os anos de 2011 e 2014 para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES.
Na Câmara, o pedido para investigar os contratos do banco é o sétimo requerimento na lista de espera para formar as comissões. Apenas cinco CPIs podem funcionar simultaneamente conforme o regimento da Casa e, atualmente, quatro já estão instaladas.
Nesse sentido, parlamentares apostam na relação mais próxima com o peemedebista e no seu discurso de independência em relação ao Palácio do Planalto para que ele não renove três das quatro comissões em andamento. Cunha decide sobre o objeto e a viabilidade da criação de cada CPI. Assim, se o presidente entender que o pedido de investigação das demais é genérico, pode passar na frente o caso dos contratos do BNDES.
"Se ele entender que não existe fato determinado para as demais, ele instala a do BNDES e pronto", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). O tucano deve conversar com Cunha amanhã para reforçar a intenção de discutir os trâmites da instalação do grupo. "Todos os líderes da oposição querem essa CPI. Como existe ainda uma vaga, lutaremos por ela", afirmou Sampaio.
Fila. O presidente da Câmara, porém, não tem dado sinais de que está disposto a atropelar o trâmite. Ontem ele disse que a fila das CPIs deve ser cumprida. "Eles (líderes da oposição) sabem que é preciso esperar a vez dela", afirmou Cunha, que não acredita na possibilidade de a oposição aprovar um projeto para permitir a instalação de mais de cinco CPIs simultaneamente.
Parlamentares chegaram a discutir nos últimos dias a possibilidade de aprovar um projeto de resolução em caráter de urgência para que a Câmara autorizasse o funcionamento de seis CPIs simultaneamente. A intenção era assegurar a instalação da comissão para investigar os contratos do BNDES. Para aprovar a medida é necessário contar com 257 votos na Câmara. (AE)

PT sai em defesa de marqueteiro


A direção do PT saiu em defesa de seu marqueteiro, João Santana, alvo de inquérito da Polícia Federal. A PF apura suspeita de que duas empresas de Santana trouxeram em 2012 de Angola para o Brasil US$ 16 milhões – pagos ao marqueteiro por empreiteiras brasileiras que atuam no país africano – em uma triangulação que teria sido feita para saldar dívidas de campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.
Em nota, o PT afirma que repudia “com veemência” as acusações “infundadas e sem provas” e diz que elas foram respondidas de maneira “satisfatória” pela empresa de Santana, a Pólis Propaganda e Marketing. As informações do jornal Estado de São Paulo.

Oposição usa as armas do PT contra os petistas



Josias de Souza

O ajuste fiscal de Dilma Rousseff promoveu no Congresso uma inusitada inversão de papeis. A oposição, tratada pela CUT como algoz dos trabalhadores por ter ajudado a aprovar na Câmara o projeto da terceirização de mão de obra, decidiu dar o troco ao PT na mesma moeda. Mandou confeccionar cartazes iguais aos que a central sindical petista usou para atacar os rivais. No alto, o vocábulo “Procurado”. No meio, as fotos de congressistas do PT. No rodapé, o crime cometido contra o trabalhador e a recompensa pela captura: “Um país melhor.”
O pacote fiscal de Dilma chega ao plenário da Câmara nesta semana. Deve começar a ser desembrulhado na sessão de terça-feira (5). Inclui regras que reduzem o valor de benefícios trabalhistas e previdenciários —pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial, seguro-desemprego e seguro-defeso. A exemplo do que faz com a terceirização, a CUT critica essas providências. Mas o PT, sob pressão do Planalto, terá de votar a favor, tornando-se alvo da vingança dos seus rivais.
Além da confecção dos cartazes, os antagonistas do PT se equipam para extrair das sessões de votação do ajuste de Dilma o maior proveito político que a ocasião puder proporcionar. Líder do DEM, o deputado pernambucano Mendonça Filho decidiu, por exemplo, requerer a votação em separado de todos os artigos que mexem em direitos do trabalhador.
Previsto no regimento interno da Câmara, esse tipo de procedimento produz dois efeitos. Num, abre brecha para a realização de várias votações nominais —uma para cada trecho destacado. Em cada votação, os “procurados” petistas deixarão suas digitais no painel eletrônico. Noutro efeito, a tática do DEM obrigará o governo a mobilizar sua infantaria, sob pena de permitir que a sessão caia por falta de quórum numa das várias votações que devem ocorrer.
Também alvejados pela CUT, parlamentares do PMDB hesitam em aprovar os ajustes enviados por Dilma ao Congresso. A hesitação aumentou depois que a presidente e seu padrinho, Lula, engrossaram o coro da CUT contra a terceirização. Para votar o pacote do governo, um pedaço do PMDB exige que central sindical vinculada ao petismo avalize em público o pacote de Dilma, atestando que ele não prejudica o trabalhador.
De resto, o presidente peemedebista da Câmara, Eduardo Cunha, decidiu abrir as galerias da Casa para que a CUT acompanhe a votação do ajuste fiscal. Na apreciação da proposta de terceirização Cunha fizera o oposto, vetando o ingresso da claque da CUT. Agora, com ironia escorrendo pelos cantos da boca, Cunha diz ter refletido melhor. Concluiu que o acompanhamento da CUT é essencial.