Claudio HUmberto
Obras bancadas pelo BNDES no exterior não
são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público
Federal ou qualquer órgão de controle. É o caso do financiamento de US$
684 milhões do Porto Muriel, em Cuba. A condição do BNDES sempre é a
mesma, em países latino-americanos ou africanos: entregar a obra a
empreiteira brasileira, cuja escolha não tem licitação, nem auditorias.
Dilma ontem anunciou mais US$ 360 milhões para bancar o aeroporto de
Havana.
“Não há nem projeto”, diz o BNDES,
surpreso com os US$ 360 milhões para Cuba. Mas já há empreiteira, que
soprou o valor no ouvido certo.
Só em 2012, US$ 2,17 bilhões do BNDES
foram pagos a empreiteiras brasileiras no exterior. Em 2013, até
setembro, foram US$ 1,37 bilhão.
Os contratos do BNDES no exterior são
“secretos”: o teor dos contratos do porto de Mariel, por exemplo,
somente será conhecido em 2027.
A fórmula “engenhosa”, de tirar montanhas
de dinheiro do Tesouro sem licitação, sem controle e sem fiscalização,
foi criada no governo Lula.
Obs: o melhor, maior e mais equipado porto brasileiro, foi construído em Cuba, com o nosso dinheiro, enquanto aqui, nossas estradas, ferrovias e portos estão sucateados. Até quanto, amigo eleitor?
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